20 setembro, 2014




Anatomia da Paixão.
(Tão, tudo, toda, tanto)

Vida, tanto intensa, sôfrega sinto,
Tão densa de sentidos...
Atropelo respiros,
Derrubo vírgulas, pontos, ponto e vírgula,
Pontos finais sem começo, meio, sem fim...
Ai de mim! Que ouso apaixonado,
suspiros, pausas pra eternidade,
bem querer exercitado, tudo
do quase nada pra essência,
toda, tanta querência de tanto
que mesmo saudoso, permito
a lágrima, o riso, ser feito de insights,
sonhos, carne, suor e sangue, siso,
abstrações vivas, sins e nãos à deriva
derramam poéticas cores vivas
vidas compridas, tantas dores...
Do amor, o total lampejo,
Pleno, imerso, fertilizado vejo,
no impulso querer, desejo e controle...
pra tão, tudo, toda, tanto poder ser...
O Belo, possibilidades infinitas
na doce, ARTE DE VIVER...

Gaiô. 


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