30 novembro, 2009

A Arte do Encontro, por Marise Ribeiro








A Arte do Encontro
Marise Ribeiro

Com os tons da aquarela,
você traduzia na tela
toda a pureza que havia
na minha vasta poesia.

Já sua arte era tão imensa
que me levava à procura
da perfeição mais intensa:
eu poetava a pintura.

As letras falando de amores
não rimavam sem as cores;
a palheta com seus tons diversos
não era nada sem os versos.

As imagens que você retratava
falavam através da palavra;
a primavera escrita em papéis
não florescia sem os pincéis.

As musas da sua pintura
combinavam com a criatura
que eu pintava nos poemas,
embelezando os meus temas.

O que seria do pintor,
sem poder falar do amor?
O que seria da poetisa,
sem rimar usando a cor?

Essa união durou muito,
foi profícuo o nosso encontro:
para rimar ou pintar
um precisava do outro.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!
Como você já percebeu, esse blog pede tempo, atenção e reflexão.
Deixe aqui seu comentário, sugestão, opinião, elogio e/ou critica.
Fiz a opção de moderação dos comentários porque havia... span. Sorry por isso.
No mais... volte sempre, sim?