Canção da sabedoria
E eu permaneço acordada com os olhos para dentro... Assisto à partida dos barcos que navegam na tormenta e entram na madrugada sob canções de acalento... E eu permaneço calada, com as mãos cheias de unguento...
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- Vejo as canções
- delicadas
provocarem revoadas em meus tantos - sentimentos...
Passam os dias - e noites,
passam as dores - de açoites,
passa a poeira - do tempo,
e eu, que vejo muito - e quase nada,
contemplo - as curvas da estrada
com os olhos - para dentro.
Cio Nascimento
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