Hoje compartilho das insônias que me tomam alegre nessas vias escuras
obscurecidas de luzes. Compartilho das insônicas como quem encontra as
agonias de uma felicidade incontida no peito de quem se vê no amor dos
prados. A dor daqui é tanta que dos olhos as fechaduras se esfarrapam
em outonos desfolhados, verões de uma noite abrasada; e, sozinho, nesse
canto noturno, qual ave despetalada, junto meus cacos: luzes,
candelabros, querelas, calos, prantos, lírios, lava, vício, sorriso,
asa... faço de tudo isso um vaso de mastros, elevo-me, vasto... e,
triste ou indizível, sei comigo: sou feliz.
Carlos Tenreiro
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