30 dezembro, 2009

As coisas da vida e a vida das coisas... discernimentos possíveis e desejáveis



Olhar e Ver
As Coisas da Vida e a Vida das Coisas





Tanto para aprender...


Somos Todos Um
Somos igualmente diferentes...
Somos diferentemente iguais...





Exercitemos o nosso olhar
o nosso pensar
o nosso sentir
o nosso agir
o nosso afetar
- e a nossa capacidade de sermos afetados -

buscando lucidêz e discernimento!

Feliz e auspicioso 2010


Os pandas e nós: risco de extinção, cativeiro e cotidiano




Os humanos que destroem a natureza são os mesmos que a preservam.
Nessa dualidade transita nossa humanidade.

Sempre que puder escolher, escolha o positivo,
o que faz vibrar a vida em você;
o amor, a paz,
a beleza;
a ação correta e lúcida.

Exercite e aprenda, cada vez mais, o DISCERNIMENTO.

Que 2010 seja pleno de oportunidades...

e que você as aproveite com a mente e o coração
em uníssono!

Receba o meu beijo e o meu abraço sempre amigos.





Estes pandas
estão sendo criados
em cativeiro.

...

Quantos humanos estão vivendo em cativeiro?
Quantos estão criando para si ambientes artificiais para poder sobreviver?
Quantos REALMENTE vivem na, com e para a natureza?
O que/quais os afetos e pensamentos estão em risco/perigo de extinção?
Quais as formas/maneiras de pensar estão em risco?

Que nós não venhamos a precisar de cativeiros... ainda que eles já existam em grande profusão...
cativeiros mentais, paradigmáticos, técnicos, ideológicos, afetivos, paisagísticos, estéticos, etc.

Que nós possamos viver
Que nós possamos viver a nossa própria vida
Que nós possamos viver a nossa própria vida do nosso modo


29 dezembro, 2009

Festas de fim de ano: Natal e Ano Novo


As festas de fim de ano - sempre tão pré-anunciadas - estão chegando.

O belíssimo texto, abaixo, escrito pela professora Tania Galli, nos convida a pensar sobre o Natal e a Produção de Diferença, ou seja, para tentarmos instituir singularidades.

Penso que o texto nos convida também a pensar e refletir sobre o "ano novo."

Leia com atenção e experimente. Uma posibilidade se abre para... (diga-me você!)


O NATAL POR VIR

“ O fim está no começo e no entanto continua-se”.

Samuel Beckett[1]

“ O verdadeiro caminho passa por uma corda esticada não em altura, mas um pouco acima do solo. Parece destinada a fazer tropeçar, não a ser ultrapassada”.

Franz Kafka[2]



Estamos no Natal. Mas o Natal não pré-existe. é preciso traçar um círculo em torno de seu centro frágil e incerto, roer-lhe o rosto habitual e automatizado, convocá-lo como espaço que nos revitaliza e acolhe as forças germinativas de uma tarefa a ser feita. Selecionar, eliminar, extrair, não deixar submersa uma vez mais a potência da ocasião para reinventar aquilo que padece da tendência de se parecer sempre consigo mesmo, tão tradicional e compulsivo.Marcar território, traçar um círculo para uma outra fundação, sem afundamentos. Depois, entreabrir-se, chamar alguém ou sair em busca, deixá-lo entrar... abrir o território para um futuro, fissurar a linha do círculo para ir ao encontro de um Fora.


Improvisar o Natal, sair do Natal do passado e traçar linhas de errância mesmo que ainda apoiados tão somente no corrimão de uma cançãozinha recém aprendida. Situar o Natal entre o passado e o que pode vir. Colocá-lo no interstício, dar-lhe a chance de ganhar ritmo de pulsação, de ser tanto dia como noite, de ser passagem para o incomensurável que nos surpreende. Precisamos de um Natal que funcione como plano para nos fazer passar para outro meio, aterrisar, amerissar, alçar vôo.


Arremessar na cena de Natal, as marcas trágicas e paradoxais de nossa condição de humanos, marcá-lo pelo nosso combate contra o que ele tem sido e ao que nele se tem produzido: não desejamos o natal como sinal das artimanhas do capitalismo, do consumismo, do fetiche e da fantasia de felicidade. Poderíamos querer erigi-lo como signo para dele extrair e dilatar sentidos. Precisamos esgotar o Natal, mas ainda preservar as mãos abertas.


Liberá-lo do capital, da submissão ao amor como palavra de ordem, da tolerância como signo da inclusão, da mercadoria como recompensa e reconhecimento.Rasgar-lhe a velha fisionomia, inscrevê-lo em outro fluxo da história, fluxo dos tempos de homens e mulheres que se fazem à altura de sua própria condição de viventes, desamparados para sempre das certezas definitivas, inscritos em movimentos a contrapelo da história do presente.


Descobrir que se pode viver junto, pois, desde sempre, não possuímos senão distâncias e trata-se de criar um meio que torne possível a coexistência de um máximo de multiplicidades. Reagrupar as forças de nosso território existencial de modo a fazê-lo um lugar onde todas as forças se reúnam, num corpo-a-corpo de energias. Colocado como meio, o Natal pode vir a ser esse corpo-a-corpo, esse centro intenso para o qual peregrinam múltiplas forças e o transformam em pátria desconhecida, terra nova.


Dar chances ao Natal para que se marginalize do código dominante, se defase e diferencie. Esgotá-lo daquilo que nele temos impregnado. Localizá-lo ali, onde não o suportamos mais, ali onde não mais o acreditamos e desejamos. Tocar o seu insuportável, dar voz à nossa longa queixa de tristeza natalina, pois desde sempre nos sabemos fora de qualquer natal. Chegar ao fim da linha e nos forçar a buscar o desvio porque o caminho de que nos servíamos de transporte, já não nos leva mais a lugar algum; apenas nos deposita numa espécie de dissipação, de nevoeiro branco e nervoso que insiste em nublar a visão que temos de nós mesmos.


Produzir o Natal como desvio, como criação de um meio próprio para o nosso tropeço. Natal paradoxal, que desnaturaliza o equívoco do Natal em nós. O Natal não está dentro, Ele se situa Fora de nós e sempre que o buscamos dentro, corremos o risco de encontramos somente aquilo que já foi, aquilo que não se renova, aquilo que nos erige como ruína sem esperança. Não se trata de encontrar a nós mesmos.


Trata-se de sair, libertar o devir, desengatar a série monótona, inócua e previsível. Sair do Natal mecânico para produzir a maquínica do Natal que nos autoriza a renascer em nossa vontade de potência porque nos coloca no ponto de esgotamento de nossas velhas vias de existir em comum. Há, sim, um certo Natal de onde precisamos sair. Natal das origens, das promessas, da longa memória.


Fazer um Natal do presente, impregnado de um tempo que a todo o momento se bifurca em passado e futuro. Reaver os natais perdidos, encarquilhados na opaca brancura de nosso esquecimento. Produzir o Natal que ainda não foi vivido, não o último Natal do último homem, mas o Natal do além do homem e que se encontra à espera como um Natal por vir.

TANIA MARA FONSECA

Professora do Instituto de Psicologia da UFRGS



[1] Baeckett, Samuel. Fim de Partida. Sâo Paulo:Cosac e Naify, 2002, p. 128.

[2] Kafka, Franz. Aforismos. Portugal: Ed. Ulmeiro, 2001, p.07


19 dezembro, 2009

Natal chegando...





Natal chegando!
Anjos e humanos vibrando!
Aproveitemos essa energia...
Amando!
E quem sabe, cantando?





NO DIA DO NATAL MAIS DESEJADO Luiz Gilerto de Barros







NO DIA DO NATAL MAIS DESEJADO

Luiz Gilerto de Barros

No dia de Natal... meu doce amigo...
Que sofre abandonado e sem abrigo
Como Jesus sofreu... preso na cruz,
Eu quero que um anjo te visite
E que ele te ofereça um convite,
Para voar nos braços de Jesus.

Eu quero, meu irmão, que neste dia,
Jesus renasça... vivo ! ...em alegria,
Nesse teu coração fragilizado
Por tanta solidão, tanto abandono
E cuide do teu sonho e do teu sono,
No dia do Natal mais desejado...

Eu quero, meu irmão, que o nazareno
Conforte a tua dor e que, sereno,
Te faça, como ele... um menino
Que apesar de frágil e carente,
Se torne poderoso...de repente
E enfrente a força...vã do teu destino.[/blue][/b]


Eu quero que tu sintas no teu peito
Um coração batendo e satisfeito
No ritmo feliz da emoção
E que neste teu dia de Natal,
Jesus te traga o rumo ideal
Que possa abençoar teu coração.

Eu quero, meu irmão, apenas isto,
Que a imagem poderosa desse Cristo
Que alguns confundem com Papai Noel,
Te faça, mais que nunca, um vencedor
E que substituas tua dor
Por todo amor que emane lá do céu.

13 dezembro, 2009

Um filme excelente: Do Começo ao Fim



O que quer dizer "próximos demais"?
"Íntimos demais"?

Há quem diga que o filme é superficial e não aborda a temática.
Há quem diga que não há conflitos no filme e o final é feliz.
Dizem que os preconceitos não são tratados na trama...
Acho tudo isso piada.

Indico porque gostei... e gostei muito.

Uma trama (duplamente) incomum para uma argumentação igualmente incomum:
o amor entre dois irmãos e o amor entre dois homens...

Um amor feito de... olhares:
Os personagens se olham, se observam, se contemplam e se Vêem!

Um amor feito de respeito:
Aparências não são rotuladas. É preciso indagar, perguntar e esperar.

Um amor feito acolhimento e cuidados:
Não basta desejar, é preciso cuidar, acariciar, intuir o outro.

Um amor feito de sensibilidades:
O tom das vozes é suave, doce, colorido.
As expressões são mansas, sutis e afinadas.

Um amor feito de positividade:
As coisas fluem, acontecem, andam e vivem junto com as pessoas.

Um amor feito de cumplicidades:
O que é visto, sentido, percebido tem lugar no mundo e no coração.

Por essas e outras coisas...
o filme trata das
"coisas da vida" e da "vida das coisas."

Pode se sair da sessão com a vaga impressão de que "algo faltou". Parece superficial. Parece!
Estamos tão acostumados ao bombardeio de intrigas e sangue jorrando das telas e tão acostumados com os enredos novelescos que... perdemos um tanto de... condição para a sensibilidade. Não sabemos ver
O amor de que se fala nesse filme pode facilmente ser transportado para outros tantos jeitos de amar.

O poder do argumento do filme está exatamente naquilo que não aparece. Naquilo do que não se fala, porque absolutamente não se faz necessário.
Há uma maneira inventiva e suave de encarar a vida e seus acontecimentos.

Os tais preconceitos não estão excluídos, já que os próprios pais se depararam com eles. O que está excluído são os apegos ao olhar que os preconceitos querem ver, impor. Os personagens conseguem passar através deles e olhar o que eles, os preconceitos, tentam impedir de ter visibilidade, nesse caso, o amor e a pureza.

Um amor incondicional não esotérico-espírita-abstrato-religioso-etc, mas um amor feito de convivência, companheirismo e tempo. Feito também de intensidades afetivas que encontraram acolhimento no grupo e criaram corpo para existir e se manifestar de forma concreta.

Nenhum senão?
Sim.
Eu dispensaria a cena da troca de alianças... mas... ninguém é perfeito por muito tempo e, afinal, todos temos nossos pezinhos fincados nos rituais instituidos e nem sequer sabemos como viver completamente longe deles... ok.

Que ninguém se iluda: há uma montanha argumentativa que está envolvida na trama, mas, para vê-la... é preciso abrir bem os olhos e esperar... ela vem como uma bruma que vai se desvanecendo ao raiar do dia... quando o sol vem e ...

Na minha opinião, o filme não aborda (somente) o homosexualismo. Ele aborda o AMOR.
Amor entre pais e filhos, entre irmãos, na família... o amor à vida... com respeito, delicadeza e sutileza.

Veja e confira no trailler abaixo... e no cinema.

"Do Começo Ao Fim" é produzido por Marco Nanini e dirigido por Aluizio Abranches.
Meus parabéns a ambos.

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Retirado do you tube, donde foi incorporado o vídeo para essa postagem...

O filme conta a história da médica Julieta, vivida por Júlia Lemmertz , que tem dois filhos: Francisco, interpretado na infância por Lucas Cotrim e mais tarde por João Gabriel Vasconcelos, e Thomás, papel dividido pelos atores Gabriel Kaufman e Rafael Cardoso. O primeiro é do ex-marido, o empresário Pedro, interpretado por Jean-Pierre Noher (Estômago), enquanto o segundo é fruto do casamento com o arquiteto Alexandre, o atual marido, vivido por Fábio Assunção. Os dois garotos acabam desenvolvendo uma relação mais íntima que o normal.

Segundo o diretor, seu objetivo sempre foi contar uma história de amor, acima do incesto ou do homossexualismo. -----Outro fator importante era "que não tivesse um julgamento nem levantasse bandeiras".

É uma família amorosa, libertária, os pais se dão bem. Os irmãos não vivem num lugar ermo, em que não tivessem oportunidade de conhecer outras pessoas. Quis falar do assunto de forma feliz, que não fosse um bode. Por que toda vez que se fala de incesto é de forma trágica?", disse Abranches.-----Apesar de tudo ser contado de maneira bem suave e carinhosa no drama, o diretor revela que teve muita dificuldade em encontrar patrocinadores. Alguns chegaram a sugerir que os protagonistas fossem trocados por duas irmãs, ou dois primos.---- Acabou conseguindo o patrocínio de dois empresários, que impuseram uma condição:---'ficar no anonimato'.


11 dezembro, 2009

Ato Médico: Voto (Vote você também!) CONTRA... O ato médico ATA-NOS



Um novo muro de aço está sendo construído.

Contra todas as formas de dominação.
Contra o monopólio do saber.
Contra o monopólio nas práticas em saúde.
Contra a ênfase na doença...
Se aprovado... será um perigo para a população...

Portanto...
A favor das conquistas profissionais de todos os trabalhadores da saúde
(e daquelas a serem conquistadas!)
A favor das práticas multi-profissionais, interdisciplinares e transdiciplinares
A favor do saber plural, coletivo e descentralizado.


Diga NÃO! ... link abaixo:

Ato médico: vote ... CONTRA!


VOTE AQUI: http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0




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Está no site do Conselho Federal de Psicologia:

http://www.psicologia-online.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_091111_001.html

Ato médico: envie o questionamento ao PL para senadores e presidência da República

Prezados Psicólogos, estudantes, profissionais da saúde

Clique aqui e envie mensagens aos senadores e à presidência da República questionando o PL do Ato Médico!

Avisem seus colegas, alunos, amigos.

O texto do projeto, aprovado pela Câmara e que agora segue para votação no Senado, ainda mantém um vício de origem: fere os princípios do SUS, a autonomia das profissões e limita o exercício dos profissionais de saúde.

Queremos uma saúde multiprofissional e interdisciplinar, como garante a Constituição Federal para o SUS.

Veja aqui a mensagem que será enviada aos senadores, à presidência da República e ao ministério da Saúde:

Aos excelentíssimos senhores e senhoras,

Presidente da República

Senadores e Senadoras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou de maneira precisa sua preocupação com o PL do Ato Médico durante discurso proferido na IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, maior evento na área de saúde pública do País, realizado no início de novembro em Recife (PE). “Não existe nenhuma moeda no mundo com um único lado. Temos que construir os dois lados. Cada função tem sua importância. Estou me interessando por esse tema do Ato Médico. Não quero fazer injustiça, mas quero compreender o que está em jogo. Quando você vira presidente da Republica e tem que lidar com muitos lados, começa a perceber que é preciso tomar muito cuidado com transformar corporações em coisas muito poderosas”, disse o presidente, no contexto de discurso que defendeu de maneira profunda o Sistema Único de Saúde.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) reafirma sua posição sobre o PL do Ato Médico (n°. 7703/06), questionando-o por manter, no texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de outubro, seu vício de origem, que é colocar em risco o cuidado integral à saúde preconizado pela Constituição Federal para o SUS, uma das grandes conquistas do povo brasileiro após a redemocratização do país.

A atenção à saúde deve continuar sendo realizada pelo conjunto de profissões da saúde, garantindo ao usuário do SUS a atenção multiprofissional e interdisciplinar e o direito a uma atenção à saúde que leve em conta as diversas determinantes dos processos de saúde e doença.

O Conselho Federal de Psicologia apóia a iniciativa de regulamentação profissional da medicina. Contudo, não se pode ferir a autonomia de outras profissões.

Em 2004, o CFP participou ativamente das mobilizações que reuniram 10 mil pessoas em manifestação realizada em Brasília, além de outros eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santos e outras cidades. Naquele momento, profissionais e estudantes de 13 categorias da área de saúde conseguiram explicar à população e ao poder legislativo os enormes prejuízos que o PL causaria à sociedade brasileira caso fosse aprovado.

Assim, neste momento em que o Projeto de Lei 7703/06, conhecido como PL do Ato Médico, retorna ao Senado Federal para que seja reavaliado pelos senhores após as alterações realizadas pela Câmara dos Deputados, nós psicólogos solicitamos que o Senado Federal e a Presidência da República empenhem-se em não perder de vista seu papel essencial na garantia das conquistas do SUS, dos direitos dos usuários do sistema de saúde à atenção integral e a garantia da autonomia de todas as profissões da área.

O PL do Ato Médico engessa o trabalho multiprofissional e interdisciplinar na saúde.

Quem sai ferido é o usuário.

Conselho Federal de Psicologia


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Está no site do Conselho Regional de Psicologia
(Infelizmente não foi possível copiar.
Siga o link abaixo para poder ler melhor no próprio site do CRP/RS):

OU

Clique na imagem para abri-la, como se fosse salvar,,, ela abre em tamanho grande e você poderá ler melhor.




http://blog.crprs.org.br/wp-content/uploads/2009/11/carta_atomedico.jpg