30 dezembro, 2009

As coisas da vida e a vida das coisas... discernimentos possíveis e desejáveis



Olhar e Ver
As Coisas da Vida e a Vida das Coisas





Tanto para aprender...


Somos Todos Um
Somos igualmente diferentes...
Somos diferentemente iguais...





Exercitemos o nosso olhar
o nosso pensar
o nosso sentir
o nosso agir
o nosso afetar
- e a nossa capacidade de sermos afetados -

buscando lucidêz e discernimento!

Feliz e auspicioso 2010


Os pandas e nós: risco de extinção, cativeiro e cotidiano




Os humanos que destroem a natureza são os mesmos que a preservam.
Nessa dualidade transita nossa humanidade.

Sempre que puder escolher, escolha o positivo,
o que faz vibrar a vida em você;
o amor, a paz,
a beleza;
a ação correta e lúcida.

Exercite e aprenda, cada vez mais, o DISCERNIMENTO.

Que 2010 seja pleno de oportunidades...

e que você as aproveite com a mente e o coração
em uníssono!

Receba o meu beijo e o meu abraço sempre amigos.





Estes pandas
estão sendo criados
em cativeiro.

...

Quantos humanos estão vivendo em cativeiro?
Quantos estão criando para si ambientes artificiais para poder sobreviver?
Quantos REALMENTE vivem na, com e para a natureza?
O que/quais os afetos e pensamentos estão em risco/perigo de extinção?
Quais as formas/maneiras de pensar estão em risco?

Que nós não venhamos a precisar de cativeiros... ainda que eles já existam em grande profusão...
cativeiros mentais, paradigmáticos, técnicos, ideológicos, afetivos, paisagísticos, estéticos, etc.

Que nós possamos viver
Que nós possamos viver a nossa própria vida
Que nós possamos viver a nossa própria vida do nosso modo


29 dezembro, 2009

Festas de fim de ano: Natal e Ano Novo


As festas de fim de ano - sempre tão pré-anunciadas - estão chegando.

O belíssimo texto, abaixo, escrito pela professora Tania Galli, nos convida a pensar sobre o Natal e a Produção de Diferença, ou seja, para tentarmos instituir singularidades.

Penso que o texto nos convida também a pensar e refletir sobre o "ano novo."

Leia com atenção e experimente. Uma posibilidade se abre para... (diga-me você!)


O NATAL POR VIR

“ O fim está no começo e no entanto continua-se”.

Samuel Beckett[1]

“ O verdadeiro caminho passa por uma corda esticada não em altura, mas um pouco acima do solo. Parece destinada a fazer tropeçar, não a ser ultrapassada”.

Franz Kafka[2]



Estamos no Natal. Mas o Natal não pré-existe. é preciso traçar um círculo em torno de seu centro frágil e incerto, roer-lhe o rosto habitual e automatizado, convocá-lo como espaço que nos revitaliza e acolhe as forças germinativas de uma tarefa a ser feita. Selecionar, eliminar, extrair, não deixar submersa uma vez mais a potência da ocasião para reinventar aquilo que padece da tendência de se parecer sempre consigo mesmo, tão tradicional e compulsivo.Marcar território, traçar um círculo para uma outra fundação, sem afundamentos. Depois, entreabrir-se, chamar alguém ou sair em busca, deixá-lo entrar... abrir o território para um futuro, fissurar a linha do círculo para ir ao encontro de um Fora.


Improvisar o Natal, sair do Natal do passado e traçar linhas de errância mesmo que ainda apoiados tão somente no corrimão de uma cançãozinha recém aprendida. Situar o Natal entre o passado e o que pode vir. Colocá-lo no interstício, dar-lhe a chance de ganhar ritmo de pulsação, de ser tanto dia como noite, de ser passagem para o incomensurável que nos surpreende. Precisamos de um Natal que funcione como plano para nos fazer passar para outro meio, aterrisar, amerissar, alçar vôo.


Arremessar na cena de Natal, as marcas trágicas e paradoxais de nossa condição de humanos, marcá-lo pelo nosso combate contra o que ele tem sido e ao que nele se tem produzido: não desejamos o natal como sinal das artimanhas do capitalismo, do consumismo, do fetiche e da fantasia de felicidade. Poderíamos querer erigi-lo como signo para dele extrair e dilatar sentidos. Precisamos esgotar o Natal, mas ainda preservar as mãos abertas.


Liberá-lo do capital, da submissão ao amor como palavra de ordem, da tolerância como signo da inclusão, da mercadoria como recompensa e reconhecimento.Rasgar-lhe a velha fisionomia, inscrevê-lo em outro fluxo da história, fluxo dos tempos de homens e mulheres que se fazem à altura de sua própria condição de viventes, desamparados para sempre das certezas definitivas, inscritos em movimentos a contrapelo da história do presente.


Descobrir que se pode viver junto, pois, desde sempre, não possuímos senão distâncias e trata-se de criar um meio que torne possível a coexistência de um máximo de multiplicidades. Reagrupar as forças de nosso território existencial de modo a fazê-lo um lugar onde todas as forças se reúnam, num corpo-a-corpo de energias. Colocado como meio, o Natal pode vir a ser esse corpo-a-corpo, esse centro intenso para o qual peregrinam múltiplas forças e o transformam em pátria desconhecida, terra nova.


Dar chances ao Natal para que se marginalize do código dominante, se defase e diferencie. Esgotá-lo daquilo que nele temos impregnado. Localizá-lo ali, onde não o suportamos mais, ali onde não mais o acreditamos e desejamos. Tocar o seu insuportável, dar voz à nossa longa queixa de tristeza natalina, pois desde sempre nos sabemos fora de qualquer natal. Chegar ao fim da linha e nos forçar a buscar o desvio porque o caminho de que nos servíamos de transporte, já não nos leva mais a lugar algum; apenas nos deposita numa espécie de dissipação, de nevoeiro branco e nervoso que insiste em nublar a visão que temos de nós mesmos.


Produzir o Natal como desvio, como criação de um meio próprio para o nosso tropeço. Natal paradoxal, que desnaturaliza o equívoco do Natal em nós. O Natal não está dentro, Ele se situa Fora de nós e sempre que o buscamos dentro, corremos o risco de encontramos somente aquilo que já foi, aquilo que não se renova, aquilo que nos erige como ruína sem esperança. Não se trata de encontrar a nós mesmos.


Trata-se de sair, libertar o devir, desengatar a série monótona, inócua e previsível. Sair do Natal mecânico para produzir a maquínica do Natal que nos autoriza a renascer em nossa vontade de potência porque nos coloca no ponto de esgotamento de nossas velhas vias de existir em comum. Há, sim, um certo Natal de onde precisamos sair. Natal das origens, das promessas, da longa memória.


Fazer um Natal do presente, impregnado de um tempo que a todo o momento se bifurca em passado e futuro. Reaver os natais perdidos, encarquilhados na opaca brancura de nosso esquecimento. Produzir o Natal que ainda não foi vivido, não o último Natal do último homem, mas o Natal do além do homem e que se encontra à espera como um Natal por vir.

TANIA MARA FONSECA

Professora do Instituto de Psicologia da UFRGS



[1] Baeckett, Samuel. Fim de Partida. Sâo Paulo:Cosac e Naify, 2002, p. 128.

[2] Kafka, Franz. Aforismos. Portugal: Ed. Ulmeiro, 2001, p.07


19 dezembro, 2009

Natal chegando...





Natal chegando!
Anjos e humanos vibrando!
Aproveitemos essa energia...
Amando!
E quem sabe, cantando?





NO DIA DO NATAL MAIS DESEJADO Luiz Gilerto de Barros







NO DIA DO NATAL MAIS DESEJADO

Luiz Gilerto de Barros

No dia de Natal... meu doce amigo...
Que sofre abandonado e sem abrigo
Como Jesus sofreu... preso na cruz,
Eu quero que um anjo te visite
E que ele te ofereça um convite,
Para voar nos braços de Jesus.

Eu quero, meu irmão, que neste dia,
Jesus renasça... vivo ! ...em alegria,
Nesse teu coração fragilizado
Por tanta solidão, tanto abandono
E cuide do teu sonho e do teu sono,
No dia do Natal mais desejado...

Eu quero, meu irmão, que o nazareno
Conforte a tua dor e que, sereno,
Te faça, como ele... um menino
Que apesar de frágil e carente,
Se torne poderoso...de repente
E enfrente a força...vã do teu destino.[/blue][/b]


Eu quero que tu sintas no teu peito
Um coração batendo e satisfeito
No ritmo feliz da emoção
E que neste teu dia de Natal,
Jesus te traga o rumo ideal
Que possa abençoar teu coração.

Eu quero, meu irmão, apenas isto,
Que a imagem poderosa desse Cristo
Que alguns confundem com Papai Noel,
Te faça, mais que nunca, um vencedor
E que substituas tua dor
Por todo amor que emane lá do céu.

13 dezembro, 2009

Um filme excelente: Do Começo ao Fim



O que quer dizer "próximos demais"?
"Íntimos demais"?

Há quem diga que o filme é superficial e não aborda a temática.
Há quem diga que não há conflitos no filme e o final é feliz.
Dizem que os preconceitos não são tratados na trama...
Acho tudo isso piada.

Indico porque gostei... e gostei muito.

Uma trama (duplamente) incomum para uma argumentação igualmente incomum:
o amor entre dois irmãos e o amor entre dois homens...

Um amor feito de... olhares:
Os personagens se olham, se observam, se contemplam e se Vêem!

Um amor feito de respeito:
Aparências não são rotuladas. É preciso indagar, perguntar e esperar.

Um amor feito acolhimento e cuidados:
Não basta desejar, é preciso cuidar, acariciar, intuir o outro.

Um amor feito de sensibilidades:
O tom das vozes é suave, doce, colorido.
As expressões são mansas, sutis e afinadas.

Um amor feito de positividade:
As coisas fluem, acontecem, andam e vivem junto com as pessoas.

Um amor feito de cumplicidades:
O que é visto, sentido, percebido tem lugar no mundo e no coração.

Por essas e outras coisas...
o filme trata das
"coisas da vida" e da "vida das coisas."

Pode se sair da sessão com a vaga impressão de que "algo faltou". Parece superficial. Parece!
Estamos tão acostumados ao bombardeio de intrigas e sangue jorrando das telas e tão acostumados com os enredos novelescos que... perdemos um tanto de... condição para a sensibilidade. Não sabemos ver
O amor de que se fala nesse filme pode facilmente ser transportado para outros tantos jeitos de amar.

O poder do argumento do filme está exatamente naquilo que não aparece. Naquilo do que não se fala, porque absolutamente não se faz necessário.
Há uma maneira inventiva e suave de encarar a vida e seus acontecimentos.

Os tais preconceitos não estão excluídos, já que os próprios pais se depararam com eles. O que está excluído são os apegos ao olhar que os preconceitos querem ver, impor. Os personagens conseguem passar através deles e olhar o que eles, os preconceitos, tentam impedir de ter visibilidade, nesse caso, o amor e a pureza.

Um amor incondicional não esotérico-espírita-abstrato-religioso-etc, mas um amor feito de convivência, companheirismo e tempo. Feito também de intensidades afetivas que encontraram acolhimento no grupo e criaram corpo para existir e se manifestar de forma concreta.

Nenhum senão?
Sim.
Eu dispensaria a cena da troca de alianças... mas... ninguém é perfeito por muito tempo e, afinal, todos temos nossos pezinhos fincados nos rituais instituidos e nem sequer sabemos como viver completamente longe deles... ok.

Que ninguém se iluda: há uma montanha argumentativa que está envolvida na trama, mas, para vê-la... é preciso abrir bem os olhos e esperar... ela vem como uma bruma que vai se desvanecendo ao raiar do dia... quando o sol vem e ...

Na minha opinião, o filme não aborda (somente) o homosexualismo. Ele aborda o AMOR.
Amor entre pais e filhos, entre irmãos, na família... o amor à vida... com respeito, delicadeza e sutileza.

Veja e confira no trailler abaixo... e no cinema.

"Do Começo Ao Fim" é produzido por Marco Nanini e dirigido por Aluizio Abranches.
Meus parabéns a ambos.

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Retirado do you tube, donde foi incorporado o vídeo para essa postagem...

O filme conta a história da médica Julieta, vivida por Júlia Lemmertz , que tem dois filhos: Francisco, interpretado na infância por Lucas Cotrim e mais tarde por João Gabriel Vasconcelos, e Thomás, papel dividido pelos atores Gabriel Kaufman e Rafael Cardoso. O primeiro é do ex-marido, o empresário Pedro, interpretado por Jean-Pierre Noher (Estômago), enquanto o segundo é fruto do casamento com o arquiteto Alexandre, o atual marido, vivido por Fábio Assunção. Os dois garotos acabam desenvolvendo uma relação mais íntima que o normal.

Segundo o diretor, seu objetivo sempre foi contar uma história de amor, acima do incesto ou do homossexualismo. -----Outro fator importante era "que não tivesse um julgamento nem levantasse bandeiras".

É uma família amorosa, libertária, os pais se dão bem. Os irmãos não vivem num lugar ermo, em que não tivessem oportunidade de conhecer outras pessoas. Quis falar do assunto de forma feliz, que não fosse um bode. Por que toda vez que se fala de incesto é de forma trágica?", disse Abranches.-----Apesar de tudo ser contado de maneira bem suave e carinhosa no drama, o diretor revela que teve muita dificuldade em encontrar patrocinadores. Alguns chegaram a sugerir que os protagonistas fossem trocados por duas irmãs, ou dois primos.---- Acabou conseguindo o patrocínio de dois empresários, que impuseram uma condição:---'ficar no anonimato'.


11 dezembro, 2009

Ato Médico: Voto (Vote você também!) CONTRA... O ato médico ATA-NOS



Um novo muro de aço está sendo construído.

Contra todas as formas de dominação.
Contra o monopólio do saber.
Contra o monopólio nas práticas em saúde.
Contra a ênfase na doença...
Se aprovado... será um perigo para a população...

Portanto...
A favor das conquistas profissionais de todos os trabalhadores da saúde
(e daquelas a serem conquistadas!)
A favor das práticas multi-profissionais, interdisciplinares e transdiciplinares
A favor do saber plural, coletivo e descentralizado.


Diga NÃO! ... link abaixo:

Ato médico: vote ... CONTRA!


VOTE AQUI: http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0




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Está no site do Conselho Federal de Psicologia:

http://www.psicologia-online.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_091111_001.html

Ato médico: envie o questionamento ao PL para senadores e presidência da República

Prezados Psicólogos, estudantes, profissionais da saúde

Clique aqui e envie mensagens aos senadores e à presidência da República questionando o PL do Ato Médico!

Avisem seus colegas, alunos, amigos.

O texto do projeto, aprovado pela Câmara e que agora segue para votação no Senado, ainda mantém um vício de origem: fere os princípios do SUS, a autonomia das profissões e limita o exercício dos profissionais de saúde.

Queremos uma saúde multiprofissional e interdisciplinar, como garante a Constituição Federal para o SUS.

Veja aqui a mensagem que será enviada aos senadores, à presidência da República e ao ministério da Saúde:

Aos excelentíssimos senhores e senhoras,

Presidente da República

Senadores e Senadoras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou de maneira precisa sua preocupação com o PL do Ato Médico durante discurso proferido na IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, maior evento na área de saúde pública do País, realizado no início de novembro em Recife (PE). “Não existe nenhuma moeda no mundo com um único lado. Temos que construir os dois lados. Cada função tem sua importância. Estou me interessando por esse tema do Ato Médico. Não quero fazer injustiça, mas quero compreender o que está em jogo. Quando você vira presidente da Republica e tem que lidar com muitos lados, começa a perceber que é preciso tomar muito cuidado com transformar corporações em coisas muito poderosas”, disse o presidente, no contexto de discurso que defendeu de maneira profunda o Sistema Único de Saúde.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) reafirma sua posição sobre o PL do Ato Médico (n°. 7703/06), questionando-o por manter, no texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de outubro, seu vício de origem, que é colocar em risco o cuidado integral à saúde preconizado pela Constituição Federal para o SUS, uma das grandes conquistas do povo brasileiro após a redemocratização do país.

A atenção à saúde deve continuar sendo realizada pelo conjunto de profissões da saúde, garantindo ao usuário do SUS a atenção multiprofissional e interdisciplinar e o direito a uma atenção à saúde que leve em conta as diversas determinantes dos processos de saúde e doença.

O Conselho Federal de Psicologia apóia a iniciativa de regulamentação profissional da medicina. Contudo, não se pode ferir a autonomia de outras profissões.

Em 2004, o CFP participou ativamente das mobilizações que reuniram 10 mil pessoas em manifestação realizada em Brasília, além de outros eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santos e outras cidades. Naquele momento, profissionais e estudantes de 13 categorias da área de saúde conseguiram explicar à população e ao poder legislativo os enormes prejuízos que o PL causaria à sociedade brasileira caso fosse aprovado.

Assim, neste momento em que o Projeto de Lei 7703/06, conhecido como PL do Ato Médico, retorna ao Senado Federal para que seja reavaliado pelos senhores após as alterações realizadas pela Câmara dos Deputados, nós psicólogos solicitamos que o Senado Federal e a Presidência da República empenhem-se em não perder de vista seu papel essencial na garantia das conquistas do SUS, dos direitos dos usuários do sistema de saúde à atenção integral e a garantia da autonomia de todas as profissões da área.

O PL do Ato Médico engessa o trabalho multiprofissional e interdisciplinar na saúde.

Quem sai ferido é o usuário.

Conselho Federal de Psicologia


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Está no site do Conselho Regional de Psicologia
(Infelizmente não foi possível copiar.
Siga o link abaixo para poder ler melhor no próprio site do CRP/RS):

OU

Clique na imagem para abri-la, como se fosse salvar,,, ela abre em tamanho grande e você poderá ler melhor.




http://blog.crprs.org.br/wp-content/uploads/2009/11/carta_atomedico.jpg


30 novembro, 2009

A Arte do Encontro, por Marise Ribeiro








A Arte do Encontro
Marise Ribeiro

Com os tons da aquarela,
você traduzia na tela
toda a pureza que havia
na minha vasta poesia.

Já sua arte era tão imensa
que me levava à procura
da perfeição mais intensa:
eu poetava a pintura.

As letras falando de amores
não rimavam sem as cores;
a palheta com seus tons diversos
não era nada sem os versos.

As imagens que você retratava
falavam através da palavra;
a primavera escrita em papéis
não florescia sem os pincéis.

As musas da sua pintura
combinavam com a criatura
que eu pintava nos poemas,
embelezando os meus temas.

O que seria do pintor,
sem poder falar do amor?
O que seria da poetisa,
sem rimar usando a cor?

Essa união durou muito,
foi profícuo o nosso encontro:
para rimar ou pintar
um precisava do outro.





27 novembro, 2009

Isto, por Fernando Pessoa




ISTO

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

Fernando Pessoa




Duna... Fragmentos... sobre as aprendizagens




Paul deu de ombros. — Então ela disse que um bom governante deve aprender a linguagem de seu mundo, que é diferente para cada mundo. E eu pensei que ela se referia ao fato de eles não falarem Galach em Arrakis, mas ela explicou que não era isso. Ela queria dizer a linguagem das rochas e das coisas que crescem, a linguagem que você não escuta com seus ouvidos. E eu disse que isso é o que o Dr. Yueh chama de Mistério da Vida.

...

Muitos têm notado a rapidez com que o Muad'Dib aprendeu as exigências de Arrakis. Bene Gesserit, é claro, conhece os fundamentos dessa rapidez. Aos outros, nós podemos dizer que o Muad'Dib aprendeu rapidamente porque seu treinamento básico era em como aprender. Sua primeira lição foi a confiança básica em sua capacidade de compreender. É chocante descobrir quantas pessoas não acreditam em sua capacidade de aprender, e quantas mais acreditam que o aprendizado seria algo difícil. Muad'Dib sabia que cada experiência carrega sua lição.

— de Humanidade do Muad'Dib, escrito pela Princesa Irulan.

...

"Autoconsciência: o defrontar-se com espelhos que passam através do universo, reunindo novas imagens no caminho - infinitamente reflexivo. O infinito visto como finito, a semelhança da consciência transportando fragmentos percebidos do infinito."
"Escolha uma lembrança do passado e compare-a com o presente: Aprenda as conseqüências." "Aqueles que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo."

...

Aquele que lança uma luz nova sobre o banal e o ordinário,pode aterrorizar. Não queremos ver nossas idéias modificadas. Ficamos ameaçados por esse tipo de exigência. "Já conheço as coisas importantes", é o que dizemos. Então vem o Transformador e joga fora nossas velhas idéias. .
- O Mestre Zensufi


...

Como é tentador levantar altas paredes e deixar de fora a mudança. Apodrecer aqui, na auto-satisfação do nosso próprio conforto. - Vou falar com suas Instrutoras para que coloquem mais ênfase nos usos sutisdo poder. Ele entendeu mal. - Eu já estou treinando com armas laser. Dizem que sou bom. - Foi o que ouvi. Mas há armas que não se podem segurar com as mãos. Apenas com a mente. Limite-se a observar, e deixará de compreender o que é essencial em sua própria vida. O objeto pode ser formulado deste modo: viva a melhor vida que puder. A vida é um jogo, cujas regras você aprende se mergulhar nele e jogá-lo completamente. Do contrário você sedesequilibra, continuamente surpreso com as mudanças nas jogadas. Os não-jogadores sempre lamentam e se queixam de que a sorte sempre os ignora. Recusam-se a ver que podem criar um pouco de sua própria sorte.

Darwi Odrade, a Reverenda Madre Superiora




26 novembro, 2009

Orkut-brincadeiras...



Meu amigo querido!
Poxa... amei o poema!
Tô tão carente e tão apaixonada!
Sempre apaixonada né? rrsrs
Obrigada por compartilhar comigo tamanha beleza!
Beijos

.................

Carente? Apaixonada?
Desanime não...Nâo dá nada!
Siga sempre seu caminho...Mesmo desavisada.
kkkkkkk

.............................

Obrigada meu lindo!Tb muito belo!
Bj
............................
Sua maluca estabanada...
Pensei que ia dar uma gargalhada...
Mas deixou-me de presente
Apenas um beijo
Nesta noite enluarada...

rsrs...

Desculpe-me
a bobajada
mas não resisti

Quero lhe tirar dessa roubada!

Carência, que nada...
Você é uma flor sempre encantada!

.......................

Lindo!
Agora deu pra fazer versos pra falar comigo??
Não tô muito pra gargalhadas não!
Mas continuo te amando !!!
Beijos abraços e meu carinho
Nesta Noite !!!
Para não se sentir sozinho!!!
.........................
Carinho para rimar...
com sozinho!

Amando... gerúndio...
para construir um ninho.

Não temas...
Meu coração é teu vizinho.

Mesmo estando longe...
estamos bem pertinho.

Receba o meu abraço...
e o meu beijinho!

rs
.....................
Ô gente! Que mimo... esse tanto de diminutivos!
Beijoquinhas viu!
.............
Vi.
Desisti...

Você não ri!

Me lembrei
que mesmo assim,
com você estarei.

Agora irei...
Porque sou rei...
e você, rainha...
continua na minha.

Não diga "beijoquinhas"
DIga... sou "a melhor das rainhas."

.........................

Uma conversa no orkut,
com uma amiga


Color... ânsia, por





Color... ânsia


O teu rosto se transforma todo dia;
Tu procuras uma face que te caiba
Cada face é uma nova fantasia
Que mistérios que tu tens que eu não te saiba ?

Todo dia tentas personalizar-te,
Colorindo-te das tintas mais diversas,
Mas enquanto tu transformas dor em arte,
Tu não mostras tuas dores submersas.

Eu conheço tuas tintas, tuas cores,
Sei que o riso que tu ris é tão fugaz
Que se o pranto as dissolve, tuas dores
Se revelam verdadeiras, naturais.

Se tu queres transformar-te, revigora
O amor que existe no teu coração,
Pois se o pranto mancha a tinta quando choras,
O teu riso afasta a dor da solidão.

* Luiz Gilberto de Barros *


Então, o amor se fez verbo, por Maria Luiza Bonini







Então, o amor se fez verbo
Em desconexas palavras, na sua euforia
Crendo no que lhe parecia eterno
Passou a dizer ao mundo, o que sentia

Então, o amor se fez verbo
Em meio a toda a sua alegria
Cantou seus segredos, em prosa e verso
Sem censuras, fez-se todo poesia

Então, o amor se fez verbo
Conjugou em todos os tempos, a sua fantasia
Sem perceber que a vida, sua algóz, o trairia

Então, o amor que se fez verbo
Ofereceu, em sacrifício, a sua agonia
Calou para sempre, o amor, que, de amor, então, morria



25 novembro, 2009

Luis Fernando Veríssimo ... sobre tu e eu




Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.

Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.

Luis Fernando Veríssimo


24 novembro, 2009

Somos múltiplos



*
**
***
****
*****


Somos múltiplos





Somos múltiplos.


Muitos rostos fazem parte de mim.

Eu próprio sou uma mistura
de eus formados
por esses... tantos outros
de mim.


Somos múltiplos
Tantos vocês se compõem comigo!
Tantos rostos estão em mim...
E tantos corações!

Tantos que nem sei quais!
Ou, quase sei todos os tais!

*****
****
***
**
*


23 novembro, 2009

Just about love... A (our) kind of ... love!







I really don't love you!

I love the way you make me love you!

I love what you make me feel about love...
I love the love I feel (the love that I felt?) for you!

Is this love?
Ohhh yes.
Because of you.
And... because... of myself.

Everything we had is mine.
Everything I lost is mine.
What is yours?
My love until the end of the time?

Forever is a long time... my dear

Now you are a sphinx with(out) mysteries

So... I'M OPENING MY WINGS... again!

I will love you... ever.
So far, so close!
So far... from me.

So close of who?

You have been always and all-ways
so far and so close...

But for now I have only... memories...
of love.







Rústicos Césares







Rústicos Césares

A vida é para nós o que concebemos nela. Para o rústico cujo campo próprio
lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é
pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império;
o grande possui um campo. Na verdade, não possuimos mais que as
nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem,
temos que fundamentar a realidade da nossa vida.
Isso não vem a propósito de nada.

(Fernando Pessoa)

********************************************

Quero inventar, criar e desenvolver meu próprio império, um campo...
para viver melhor a cada dia... já que sou o rústico, o pobre... E...
o grande, o César!

O propósito... é um caminho dourado, sem uma eternidade forjada,
mas uma felicidade e bem estar mantidos...
num delicado equilíbrio, sempre incerto, buscado e renovado!!!






22 novembro, 2009

Amores Sólidos








Amores Sólidos

Em tempos de amor líquido,
como diz Zigmund Bauman,
quero amores sólidos;
não como ferro e aço, inflexíveis,
mas como gelo!
Ohhh... não penso em frio,
mas em "estados da matéria":
amores que se vaporizem, liquefaçam...
e voltem a ficar sólidos,
transmutando estados; como na vida!

Nada de absolutos,
mas de relativos nesse absoluto,
porque o amor... esse, continua!

Cerriky





Dueto.Dueto?




Permaneço no sentido abstrato da existência.
Gosto apenas do simples sofisticado.
Isso requer elegância.
Isso exige delicadeza.
O que me torna único, e só.
(Jaak Bosmans)

----------------------------------

Permaneço no sentido concreto da existência.
Gosto apenas do simples sofisticado.
Isso requer elegância.
Isso exige delicadeza.
O que me torna único,
e acompanhado de você,
que possui o mesmo gosto!
Vamos ver?
E sentir?
(Cerriky)


Eu não sabia o que era um dueto.
Não sabia que existia... isso.
Escrevi porque senti vontade...
Descobri depois de feito, quando comentaram...


The Thinker Wizard








The thinker wizard works with words... and worlds!!!
And I love it!




Consumidores-consumidos





Desde a filosofia da diferença e da esquizoanálise... temos elementos para ver o ser humano como consumidor e consumido... não só de bens materiais de consumo... mas de subjetividade: consumimos afetos, emoções, desejos, amores, relacionamentos e... somos consumidos por eles!
Dor e dependência! Vícios consumístas!
Como sair dessa?
Pelo auto conhecimento e pela singularização de nossos momentos de ser e estar na vida: inventando uma vida para nós próprios... vivendo momentos e acontecimentos no presente. Esticando o presente! Dizendo não para essas formas de consumo... instituídas!

Quem disse que O Outro PRECISA GOSTAR DE NÓS COMO NÓS GOSTAMOS DELE? e VICE-VERSA?... Formas amortecidas de consumir... afetos... e criar expectativas... junto ao "irredutível" outro. Frustração!
Viver a vida como obra de arte... buscando "bons encontros" (Bergson)... encontros que desinstitucionalizem... provocando desejo, cada vez maior... de vida... e cada vez menor de... certezas!
Tenha bons encontros consigo próprio e com o outro!

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Acho bárbaro fazer uma síntese integradora e convergente das experiências do passado, mesmo as que machucam ou ainda guardam pontas afiadas...

Isso requer, a meu ver, uma boa dose de arte, desapego e profunda auto-análise: não aquela auto-análise centrada no próprio umbigo, com um cunho "just for remember" - gênese da experiência traumática e das conversas surdas com "o fantasma" psicanalítico - não que não possam existir e, de fato, até existem - mas uma conversa centrada nos encontros e desencontros com o irredutível outro, companhia sempre presente na travessia solitária do deserto existencial.

Nesse momento de sucessivos diálogos e monólogos com nossos muitos-eu e muitos eus, está uma possibilidade de inventar a própria pragmática da vida e dela tirar o sumo para uma nova prática de amor e auto-respeito, condição da existência pacífica, mas não passiva, de territórios afetivos trans pessoais, sociais, históricos, estéticos, geográficos... da subjetividade e assim por diante.

Lindo!
(Cerriky)

É preciso restabelecer o sonho, por Fuganti




"É preciso restabelecer o sonho. Não a esperança. O sonho!

Sonhar com uma vida diferente, com novas maneiras de viver e de pensar. O sonho nada tem a ver com a ilusão. A concretude da vida, sobretudo das vidas alegres, começa pela potência onírica. É preciso começar a habitar realmente este universo. É preciso que os homens acordem, não todos, é claro, mas pelo menos alguns, porque sabemos que muitos - talvez a maioria - vão continuar dormindo, pior, desejam continuar dormindo; e com ralação a estes, não os perturbemos, desejemos que seu sono seja leve, porém definitivo.


Mas para quem sonha em vigília, sim, estes compreendem a palavra invenção. Sabem que não há mundo pronto. O mundo que os homens chamam real não existe. A realidade não é algo acabado cujo peso devemos carregar. Mundo real? É preciso que o inventemos. A realidade é produção desejante, não acomodação resignante. A adaptação a uma suposta realidade já configurada é uma tendência própria daqueles que gostam de se conservar, de se preservar, de se proteger; é a inércia preferida pelos corpos impotentes, cujo desejo faliu e que precisam se garantir contra o devir, na estupidez de um modo de vida burguês.


As vidas ativas, ao contrário, não acreditam na adaptação a uma suposta unidade ou substância do real, mas na criação de multiplicidade singulares moventes, onde nenhum movimento paralisador subsiste. Elas se movem no seio da metamorfose eterna enquanto artistas sem identidade. O indivíduo deixa de ser substância; o eu pessoal é demolido; o nome próprio emerge para designar intensidades nômades.


Eu não sou eu, sou nós, sou de natureza múltipla, sou uma pluralidade de forças, uma composição de afetos diversos que tecem o corpo. Nessas condições dissolvem-se a identidade do eu e a semelhança ao tu. Não somos iguais perante qualquer lei nem tampouco semelhantes uns aos outros.


Tudo o que os cabe como artistas é afirmar nossa própria diferença e as diferenças de tudo o que nos cerca ou nos afeta. Não há uma lei transcendente à vida que ordene nosso ser ou nossa maneira de agir à qual devemos obedecer.


Tudo o que a vida e o acaso exigem de nós é que sejamos fortes, isto é, que saibamos selecionar nossos encontros e produzir, a partir de nós mesmos, os agenciamentos que nos fortaleçam para que sejamos dignos da beleza desse universo, para que possamos jogar com desenvoltura e liberdade e criar novas constelações, novos caleidoscópios, novas diferenças, novos brinquedos." (Fuganti, 1996, p. 69)

FUGANTI, Luiz Antonio. Saúde, desejo e pensamento. Saudeloucura. São Paulo: Hucitec, no. 2, p. 19-82, ago. 1990.




Palavras sobre o amor, Albert Einstein e Fernando Pessoa







Nunca amamos ninguém.
Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém.
É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos.
Isso é verdade em toda a escala do amor.
No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio
de um corpo estranho.
No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado
por intermédio de uma idéia nossa.
(Fernando Pessoa)


A imaginação é mais importante que o conhecimento.
Conhecimento auxilia por fora, mas só o amor socorre por dentro.
Conhecimento vem, mas a sabedoria tarda.
(Albert Einstein)


Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
(Fernando Pessoa)






YES: The Revealing Science of God by Yes Part 1




Obra-prima: Adoro!


Durante essa turnê, enquanto estavam no Japão para alguns shows, Jon Anderson leu o livro "Autobiografia de Um Iogue", do mestre hindu Paramahansa Yogananda, e simplesmente viajou nos belos ensinamentos ali contidos. Inspirou-se e começou a escrever alguns temas baseados naquilo que lia. O livro contava as experiências espirituais de Yogananda em contato com diversos mestres da Índia. Falava daquela viagem espiritual na busca da paz, de Deus, do encontro consigo mesmo e da expansão da consciência na luz.

A primeira parte (antigo lado 1 do disco de vinil duplo) é "The Revealing Science of God - Dance of the Dawn" ("A Ciência Reveladora de Deus - Dança da Aurora"). Essa parte é descrita por Jon Anderson assim:

SHRUTIS (do sânscrito: "Textos Sagrados"; "Revelações Sagradas")."

"A Ciência reveladora de Deus pode ser vista como uma flor permanentemente aberta, da qual emergem as verdades simples, registrando as complexidades e a magia do passado, e fazendo-nos ver que não deveríamos esquecer nunca a canção que nos foi dada escutar. O conhecimento de Deus é uma indagação objetiva e constante."

Essa primeira música tem tudo de bom do Yes clássico: uma letra inspirada ("Amanhecer da luz", "Amanhecer do pensamento", "Amanhecer de nosso poder" e "Amanhecer do amor"), bons momentos de teclado e guitarra e a voz de Anderson em momento muito inspirado. Para muitos, essa é a melhor música do disco. Em minha opinião, Steve Howe e Rick Wakeman estão fantásticos nessa seção. Novamente, volto a pensar: se essa música fosse mais curta teria sido um grande sucesso da banda.

Deixe carregar um pouco antes de escutar

Parte 1




YES: The Revealing Science of God Part 2 of 2




Parte 2







The Revealing Science of God (Dance of the Dawn) letras
Artista: Yes
Album: Tales from Topographic Oceans


SHRUTIS: The Revealing Science of God can be seen as an ever-opening flower
in which simple truths emerge examining the complexities and magic of the past
and how we should not forget the song that has been left to us to hear. The
knowledge of God is a search, constant and clear.

.........

Letra:

Dawn of light lying between a silence and sold sources,
Cahsed amid fusions of wonder, in moments hardly seen forgotten
Coloured in pastures of chance dancing leaves cast spells of challenge,
Amused but real in thought, we fled from the sea whole.
Dawn of thought transfered through moments of days undersearching earth
Revealing corridors of time provoking memories, disjointed but with
purpose,
Craving penetrations offer links with the self instructor's sharp
and tender love as we took to the air, a picture of distance.
Dawn of our power we amuse redescending as fast as misused
Expression, as only to teach love as to reveal passion chasing
Late into corners, and we danced from the ocean.
Dawn of love sent within us colours of awakening among the many
Won't to follow, only tunes of a different age, as the links span
Our endless caresses for the freedom of life everlasting.

Talk tothe sunlight caller
Soft summer mover distance mine

Called out a tune but I never saw the face
Heard but not replaced
I ventured to talk, but I never lost my place

Cast out a spell rendered for the light of day
Lost in lights array
I ventured to see, as the sound began to play

What happened to this song we once knew so well
Signed promise for moments caught within the spell
I must have waited all my life for this
Moment moment

The future poised with the splendour just begun
The light we were as one
And crowded through the curtains of liquid into sun

And for a moment when our world had filled the skies
Magic turned our eyes
To feast on the treasure set for our strange device

What happened to wonders we once knew so well
Did we forget what happened surely we can tell
We must have waited all our lives for this
Moment moment moment

Star light movements in seasons
Release forward
Tallest rainbow
Sun shower seasons
Life flower reasons

They move fast, they tell me,
But I just can't believe that I can feel it
There's someone, to tell you,
amidthe challenge we look around in unison with you

Getting over overhanging trees
Let them rape the forest
Thoughts would send our fusion
Clearly to be home

Getting over wars we do not mean
Or so it seems so clearly
Sheltered with our passion
Clearly to be home

They move fast, they tell me,
But I just can't believe they really mean to
There's someone, to tell you,
And I just can't believe our song will leave you
Skyline teacher
Warland seeker
Send out poison
Cast iron leader

And through the rhythm of moving slowly
Sent through the rhythm work out the story
Move over glory to sons of old fighters past.
Young Christians see it from the beginning
Old people feel it that's what they're saying
Move over glory to sons of old fighters past.

The move fast, they tell me,
But I just can't believe they really mean to
There's someone, to tell you,
A course towards a universal season

Getting over overhanging trees let them
Rape the forest, they might stand and leave them
Clearly to be home
Getting over wars we do not mean
We charm the movement suffers
Call out all our memories
Clearly to be home

We've moved fast
We need love
A part we offer is our only freedom

What happened to this song we once knew so well
Signed promise for moments caught within the spell
We must have waited all our lives for this
Moment moment

Past present movers moments we'll process the future, but only
To touch him we know, send flowered rainbows
That chased flowers of dark and lights of songs
To you, show all we feel for and know of, cast round,
Youth is the truth accepting that reasons will relive
And breathe hope and chase and love
For you and you and you