JORGE DE LIMA (1895-1953)
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E tudo haveria de ser assim, para contemplar-te sereno, ó morte,
e integrar-me nos teus mistérios e nos teus milagres.
Agora vejo os Lázaros levantarem-se
e...
15 março, 2008
Outonando ( A espera paciente)
Ahhh meu amado!
Sei que você não se ocupa com meu flerte,
com meu arrepio nas manhãs e tardes!
Sei que você chega de mansinho, como quem não quer nada, mas disposto a dar tudo de si!
Você não me engana, amado!
Também sei que você não faz a mínima idéia de como me afeta!
De como produz estados de embriaguêz lúcida... sentimentos apenas tocados, de leve, pelo seu frescor suave.
Hálito de néctar!
Mas isso não importa. O que importa, é que sinto você... vejo-o, na distância que você ainda esconde!
Você nunca será só meu, bem o sei... Mas eu me aproprio de você e do seu encantamento, pois que dele-sou-dono, por devoção, e vivo seu fragmento, com toda a intensidade da estação.
Rima boba que se produziu, ao acaso... na minha fugaz e impensada emoção.
Venha meu lindo outono... Meus braços já estão abertos a lhe esperar!
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