15 março, 2008

Outonando ( A espera paciente)




Ahhh meu amado!

Sei que você não se ocupa com meu flerte,
com meu arrepio nas manhãs e tardes!

Sei que você chega de mansinho, como quem não quer nada, mas disposto a dar tudo de si!
Você não me engana, amado!


Também sei que você não faz a mínima idéia de como me afeta!

De como produz estados de embriaguêz lúcida...
sentimentos apenas tocados, de leve, pelo seu frescor suave.

Hálito de néctar!

Mas isso não importa.
O que importa, é que sinto você... vejo-o, na distância que você ainda esconde!

Você nunca será só meu, bem o sei...
Mas eu me aproprio de você e do seu encantamento, pois que dele-sou-dono, por devoção, e vivo seu fragmento, com toda a intensidade da estação.

Rima boba que se produziu, ao acaso... na minha fugaz e impensada emoção.

Venha meu lindo outono...
Meus braços já estão abertos a lhe esperar!

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