JORGE DE LIMA (1895-1953)
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E tudo haveria de ser assim, para contemplar-te sereno, ó morte,
e integrar-me nos teus mistérios e nos teus milagres.
Agora vejo os Lázaros levantarem-se
e...
12 outubro, 2007
Clarice Lispector ... "como ter loucura sem ser doida"...
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." (Clarice Lispector)
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2 comentários:
Realmente muitas vezes nos sentimos, assim, sem entender o que sentimos...Parece que somos seres estranhos, mas na medida que o tempo passa algo novo surge, e quanto mais queremos entender o agora ele foge e vamos atrás do que ainda é muito ausente. Mas a perseverança, a fé, o amor, a oração, a força interior nos faz forte mesmo quando nos sentimos parece limitados limitados.
Sim. A dor ensina a gemer... e não entender faz parte. Concordo que a prece ajuda... O sentido que Clarice dá, na minha visão, é de que entender não basta... é preciso viver... o dor, o choro, os não ditos... até a inquietação voltar e buscar o entendimento.
Para, então, novamente... não entender... esse é um don: saber que todo conhecimento é limitante e limitador.
Mergulhe nesse não saber e logo, logo... você pode se surpreender com coisas que vai saber como um louco que não é doido!
Bons tempos para você!
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