13 janeiro, 2015

2015 com luz para iluminar a sombra


Comecei 2015 desejando luz (não religiosa) numa postagem do Facebook, transcrita abaixo.



Amigos e amigas!
Que em 2015... a luz (espiritualidade) ilumine a sombra (Psicologia: termo usado por C. G. Jung para designar a parte da personalidade que não gostamos e/ou não queremos admitir possuir).
Meu desejo de luz para todos, mais transparência e menos opacidade.

Essa estranha imagem possibilita pensar que todos somos (ou podemos ser... um) Buda, o iluminado. Vai nesse sentido o meu desejo de Luz.
Vejam o que é a sombra na Física e as analogias que podemos fazer com a sombra, de Jung, e com os votos de luz:
"Uma sombra é uma região escura formada pela ausência parcial da luz, proporcionada pela existência de um obstáculo. Uma sombra ocupa todo o espaço que está atrás de um objeto com uma fonte de luz em sua frente. A sombra muda de posição conforme a origem da luz.
A sombra é algo inexistente, porém, é o nome que damos para a ausência da luz, a silhueta que é formada quando um corpo bloqueia a luz, portanto pode ser considerado incorreto dizer que um objeto "produz sombra".
Exemplos de bloqueios da luz feitos por corpos: Corpo completamente opaco: não permite a passagem de luz. Corpo meio transparente: permite, parcialmente, a passagem de luz, dependendo da opacidade. Quanto maior a opacidade de um corpo, maior será o bloqueio de passagem da luz e mais nítida será a sombra.
A sombra pode ser de diversos tamanhos, dependendo da distância em relação ao corpo bloqueador da luz e da distância da luz em relação ao corpo.
Existem dois tipos de sombra: a sombra própria e a sombra projetada. A sombra própria é aquela que é formada pelo próprio objeto, por efeito de incidência da luz no objeto. A sombra projetada é quando um objeto em contacto com a luz forma uma sombra que é projetada posteriormente num plano ou até mesmo num outro objeto."
Fonte Wikipédia


Poucos dias depois... o ano começa com os atentados em Paris e com todas as consequências que vamos descobrindo e vendo a cada dia... mais e mais e mais.

Vendo 
os modos 
como
os fatos 
vão se sucedendo, 
parece-me que a sombra está dançando sozinha,  louca e descompromissada... ALHEIA A QUALQUER LUZ NO AMBIENTE.
Assim, o que inexiste passa a existir a ganha vida própria.

Então surgem algumas questões:


O que é liberdade de expressão? Como funciona? Tem limites? Não tem limites? É negociável, ou não? É uma utopia ativa ou uma prática possível e cotidiana ilimitada?
É igual em todas as democracias, ou não?
Eu sou e ao mesmo tempo não sou Charlie!



Uma "tsunami" de cartoons tem invadido o mundo nesses últimos dias, desde o terrível atentado na França, o qual gerou comoção. Compreensíveis (tanto a proliferação de manifetações de solidariedade - com ou sem cartoons - como a comoção.
Enquanto isso e antes disso... o Boko Haram sequestrou (mais dezenas) de meninas na África, crianças foram mortas em escola no Paquistão, mulheres são presas na Arábia Saudita por dirigirem automóveis....
Por que esses fatos não causam tamanha onda de solidariedade?
Eis (mais uma) pergunta para a qual eu não tenho resposta.
Mas tenho uma pista: ocorrem fora dos grandes destinos turístico ocidentais e não tem apoio da mídia.
Quem tem mais poder, de fato?
A caneta que escreve ou a arma que mata?
Ou são poderes diferentes?
Que mundo doido (e complexo) vivemos.


Cada um na sua vida e no seu ofício usa "as armas" de que dispõe.
Na minha e no meu uso a palavra.
É muito comum que eu seja o único ser no mundo que faz determinadas perguntas ou colocações na vida dos meus "pacientes".
Como de resto, é importante saber quando e como perguntar...




Sim, sim e sim: combater o terror e todas as formas de sujeição e discriminação que recaem sobre as pessoas. Sim, sim e sim: levantar a pena, usar a palavra... escrever, desenhar e...
Mas... tem um problema difícil: por vezes é exatamente isso que, ao invés de derrubar e combater o terror... o aciona, aumenta e fortalece.
É incerto o que vai acontecer: se, quem, onde, quando e de que jeito... não sabemos.
Durma-se com um barulho (mudo) desses...


E começam a aparecer, também, algumas posições: (para se aprofundar, siga os links abaixo)

"Entender o atentado de 7 de janeiro, um dos mais graves já ocorridos na França, apenas como um ataque à liberdade de expressão é uma meia verdade e envolve um grande risco político de interpretação."

http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/01/atentado-contra-extrema-esquerda-na-franca/

Eu me encanto com a diversidade humana e seus jeitos de pensar, argumentar, ver os fatos e assumir posições. Aqui um texto muito inteligente e que retrata algumas das coisas que venho pensando.

"A quem serve a liberdade de expressão?
Aqueles que ostentam orgulhosos o slogan “Eu sou Charlie” se dizem advogar pela liberdade de expressão, porém não questionam o que significa essa liberdade de expressão nem tampouco quem tem direito a essa liberdade. Ninguém se preocupa com a censura à liberdade de expressão religiosa islâmica na França."
Zuni


http://descolonizacoes.blogspot.com.br/2015/01/por-que-nao-sou-charlie-hebdo.html

Parece-me desnecessário argumentar o motivo de alguém "ser Charlie":
Assim, estou na contramão, lendo mais o que sai da massificação e do senso comum... buscando outros lados. Este é outro texto bem interessante e que retrata a complexidade do assunto e da diversidade humana.



https://ninja.oximity.com/article/Je-suis-Ahmed-1

E... aí, recebi este link de uma amiga:

Cesar, segue o link da matéria e a tradução, como te disse, "á la" google tradutor, mas acho que já ajuda a compreender um pouquinho.

Edgar Morin: "A França atingiu o coração de sua natureza secular e liberdade"
A fórmula para Francois Hollande está certa: "A França foi atingida no coração. " Ela foi atingida no coração de sua natureza secular e sua ideia de liberdade, precisamente no ataque contra o desrespeito semanal típico, escárnio atingindo o sagrado em todas as suas formas, inclusive religiosa. Mas o desrespeito pela Charlie Hebdo está no nível de riso e humor, dando um caráter estúpido monstruosamente no ataque.
Nosso sentimento é não prejudicar a nossa razão, como a nossa razão não deve reduzir a nossa emoção. Não insuperável contradição.
Houve problemas no momento da publicação das caricaturas. Devemos deixar a liberdade ofender a fé dos crentes no Islão por degradar a imagem de Seu Profeta, ou a liberdade de expressão faz substituições de todas as outras considerações? Então eu manifesto meu senso de contradição não insuperável, especialmente porque eu sou daqueles que se opõem a profanação de lugares e objetos sagrados.
Mas, claro, isso não faz nada para moderar o meu horror e nojo do ataque contra Charlie Hebdo .
Dito isto, o meu horror e nojo não podem deixar de contextualizar o ataque imundo. Isso significa o surgimento, no coração da França, a guerra no Oriente Médio, a guerra civil e a guerra internacional, quando a França interveio na esteira dos Estados Unidos.
A ascensão do Daech é certamente uma consequência da radicalização e apodrecimento de guerra no Iraque e Síria , mas as intervenções militares no Iraque e no Afeganistão têm contribuído para a quebra de compostos nações étnica e religiosamente, como Síria e Iraque .
Os Estados Unidos eram feiticeiros aprendizes e coligação diversa sem força real eles dirigem-se ao fadado ao fracasso, uma vez que não atender a todos os países interessados, também viu que estabelece uma meta de Paz restauração impossível da unidade do Iraque e da Síria, como o único desfecho pacífico real (atualmente inviável) seria uma grande confederação de povos, etnias, religiões do Oriente Médio sob garantia de united nations, único antídoto para o califado.

Coincidência
França está presente por sua aviação, pelas partes muçulmanas francesas para a Jihad por franceses muçulmanos Jihad, e agora, é agora claro que o Oriente Médio está presente no interior da França pela atividade mortal, que começou com o ataque contra Charlie Hebdo , como já o conflito israelense-palestino está presente na França.
Além disso, não é uma coincidência, no entanto acidental, entre o fundamentalismo islâmico assassino que acaba de se manifestar e islamofóbicos funciona Zemmour e Houellebecq, tornam-se os sintomas agravados de virulência, não só na França mas também na Alemanha , na Suécia , a islamofobia.

O medo vai piorar
O pensamento reducionista triunfa. Não só os fanáticos assassinos acreditam combater os cruzados e seus aliados judeus (os cruzados massacraram), mas islamofóbicos a reduzir árabes para sua suposta crença, islão, islâmico reduzir pela islâmico fundamentalista islâmico, em terrorista fundamentalista.
Este anti-islamismo está se tornando mais e mais radical e obsessivo e tende a estigmatizar uma população ainda maior em número do que a população que foi estigmatizado por anti-semitismo judeu antes da guerra e Vichy.
O medo vai piorar em francês de origem cristã, para aqueles de origem árabe, para aqueles de origem judaica. Alguns se sentem ameaçados por outros e um processo de decomposição está em andamento que pode ser capaz de parar o grande comício programado sábado 10 de janeiro, porque a resposta para a decomposição é a reunião de todos, incluindo todos os grupos étnicos, religiões e composições políticas.


En savoir plus sur http://www.lemonde.fr/…/la-france-frappee-au-c-ur-de-sa-nat…

En savoir plus sur http://www.lemonde.fr/…/la-france-frappee-au-c-ur-de-sa-nat…

Na sequencia... apareceu Eu não sou Charlie, do Leonardo Boff:

https://leonardoboff.wordpress.com/2015/01/10/eu-nao-sou-charlie-je-ne-suis-pas-charlie/

No domingo... DIA DA MARCHA:

Marcha em Paris pela unidade acontece com diversidade de manifestações. Eu sou Charlie, eu sou Ahmed, eu sou judeu, eu sou muçulmano e eu sou francês... 

ENTÃO, O QUE PENSAR, DIZER, CONCLUIR DISSO TUDO?
Já dá para concluir algo?

Se uma mesma pessoa, durante uma semana, lesse de manhã quatro jornais diferentes e ouvisse três noticiários de rádio diferentes; à tarde, frequentasse duas escolas diferentes, onde os mesmos cursos estariam sendo ministrados; e, à noite, visse os noticiários de quatro canais diferentes de televisão, comparando todas as informações recebidas, descobriria que elas "não batem" umas com as outras, que há vários "mundos" e várias "sociedades" diferentes, dependendo da fonte de informação.
Uma experiência como essa criaria perplexidade, dúvida e incerteza. Mas as pessoas não fazem ou não podem fazer tal experiência e por isso não percebem que, em lugar de receber informações, estão sendo desinformadas. E, sobretudo, como há outras pessoas (o jornalista, o radialista, o professor, o médico, o policial, o repórter) dizendo a elas o que devem saber, o que podem saber, o que podem e devem fazer ou sentir, confiando na palavra desses "emissores de mensagens", as pessoas se sentem seguras e confiantes, e não há incerteza porque há ignorância.
- Marilena Chauí -

"As regras do jogo ocidental
Postado por Juremir em 13 de janeiro de 2015 - Blog do Correio do Povo

A regra do jogo ocidental democrático é cristalina: cada um pode acreditar no que quiser. Mas não pode tentar impor a sua crença a outros. Tem o direito, porém, de tentar convencer os demais a compartilhar a mesma fé se ela não infringir qualquer lei. Não posso defender um credo racista. Para o restou, posso crer em tudo. Em contrapartida, qualquer um pode criticar essa crença, mostrar seus limites e caricaturá-la em charges ou piadas.
O sagrado de cada um não pode se sobrepor ao profano de outros.
É um sistema complexo. Aquele que descrê não pode invadir o espaço do crente para dentro dele tentar desqualificá-lo. Cada um no seu quadrado. Nenhum cartunista pode pregar charges contra o islamismo dentro de uma mesquita. Isso nem passa pela cabeça de pessoas razoáveis. Se acontecer, haverá punição e rejeição da sociedade. O islamismo pode proibir que seus adeptos coloquem Maomé em imagens. Essa interdição, porém, só pode valer para quem é muçulmano. Os demais não estão obrigado a obedecer a determinações de autoridades às quais não devem respeito. Um adepto que não segue os valores da sua fé pode ser expulso.
É uma questão interna. Fato.
Por que fazer aquilo que ofende o outro? Essa pergunta tem sido repetida incansavelmente depois dos atentados de Paris. Porque na regra do jogo ocidental cada um tem direito até mesmo a blasfemar. O que pode fazer o ofendido? Protestar, criticar, processar, fazer campanha para que ninguém leia o jornal ofensor nem ouça aquele que ofende. Quem não aceita essa regra do jogo não pode viver no mundo ocidental, pois esse é o fundamento das sociedades abertas. Ceder em relação a isso equivale a deixar o outro, aquele que não aceita essa regra do jogo, fixar as novas normas. Tem gente dizendo que ofender o sagrado alheio é provocação desnecessária. Lembra a posição de quem, falando de um estupro, reconhece a monstruosidade do ato, mas enfatiza que a estuprada poderia ter evitado provocar o agressor com o seu modo de ser, com as suas roupas sumárias e as suas atitudes.
No jogo ocidental, eu posso idolatrar um deus e meu vizinho pode escrever um livro contra esse mesmo deus ou ironizá-lo em um milhão de piadas. Se eu for convincente, poderei convencê-lo a fazer outra coisa. Se não for, terei de me controlar e aceitar a diversidade de opiniões. O Ocidente é politeísta. Nesse universo ocidental construído ao longo de séculos, com grande ajuda dos iluministas franceses, só deve valer o argumento que convence. Aceitar a proibição de satirizar o sagrado significaria transformar a fé privada em valor público universalizado. Eu, pessoalmente, não tenho gosto por rir das crenças de quem quer que seja. Mas aceito que outros não pensem como eu. Esse modelo tem a vantagem de dar espaço a todas crenças e também à contestação delas.
Um modelo respeitoso restritivo torna todos reféns de uma crença. É o modelo teológico.
Voltarei combateu a intolerância religiosa.
Hoje, deve-se combater a intolerância com a religião.
Desde que a religião seja capaz de também ser tolerante.
O que está em jogo? A capacidade de o Ocidente continuar fixando as regras do seu jogo sem se tornar refém do que recusa. Não se trata de recusar o diferente, mas de preservar as regras de casa."
(Tem erros de ortografia nesse texto que eu não corrigi. Postei tal como copiei e colei)

Pergunto, de novo: já dá para concluir algo?

"Capa do novo 'Charlie Hebdo' terá Maomé com placa 'Eu sou Charlie'
Edição terá 3 milhões de exemplares e será traduzida para 16 idiomas.
Jornal francês foi alvo de atentado que deixou 12 mortos.

A capa da próxima edição do jornal francês "Charlie Hebdo" trará uma caricatura de Maomé segurando uma placa que diz "Eu sou Charlie" e terá o título "Tudo está perdoado", segundo divulgou o "Libération" no Twitter nesta segunda-feira (12).
A sede do jornal foi alvo de atentado que deixou 12 mortos na última quarta-feira.
A equipe do "Charlie Hebdo" trabalha na próxima edição em espaço cedido na sede da redação do "Libération". A charge da capa é assinada pelo chargista "Luz".
O próximo número do jornal terá 3 milhões de exemplares - normalmente são 60 mil - e criticará, como de hábito, políticas e religiões, e incluirá caricaturas de Maomé, segundo informou o advogado da publicação. A nova edição será vendida em 25 países, de acordo com a France Presse.
"Não cederemos em nada, senão tudo isto não faria sentido", disse Richard Malka. "Rimos de nós mesmos, das políticas, das religiões, é um estado de ânimo", afirmou o advogado.
O Charlie Hebdo "dos sobreviventes", como é conhecida a edição que sai na próxima quarta-feira, será "traduzido para 16 idiomas", de acordo com o médico e cronista Patrick Pelloux.
Para Malka, "nunca temos o direito a criticar um judeu por ser judeu, um muçulmano por ser muçulmano, um cristão por ser cristão, mas podemos dizer tudo o que quisermos, as coisas mais horríveis, e as dizemos sobre o cristianismo, o judaísmo e o Islã, porque além da unidade dos belos lemas, esta é a realidade do Charlie Hebdo".
O advogado disse que o jornal rebeceu pedidos de 300 mil cópias em todo o mundo, e que normalmente o jornal tem tiragem de 4 mil exemplares fora da França.
O número de quarta-feira está sendo preparado exclusivamente por membros da equipe do jornal e não incluirá desenhos de cartunistas externos que publicaram incontáveis esboços em homenagem às vítimas depois do atentado.
Nos Estados Unidos, o Clube de Imprensa de Los Angeles anunciou que o jornal receberá este ano o prêmio Daniel Pearl à coragem e à integridade jornalística. O anúncio foi feito na presença dos pais do jornalista americano, assassinado em 2002 no Paquistão.
O editor-chefe do jornal, Gerard Biard, disse se sentir "profundamente honrado" em receber este tributo. "Evidentemente, vamos aceitá-lo", afirmou."
Fonte G1 Mundo

Dá? Para concluir, algo?
Eu respondo assim:

Quando a liberdade de expressão fere a liberdade de expressão... que fere a liberdade de expressão e que feriu a liberdade de exprssão... entramos num circuito ativo-reativo-reativo de guerra pela liberdade de expressão, que talvez não termine. Ou termine em começo de uma nova guerra... já não mais pela liberdade de expressão, mas pela absolutização da liberdade de expressão.
Eu acho que teremos novos atos terroristas, infelizmente.

Quando tomamos a liberdade de expressão como um desejo de absoluto, custe o que custar, estamos criando um conflito onde quem perde é a possibilidade do exercício da diferença e da própria liberdade de expressão, já que ele assim tomado, o desejo de absoluto, já não é mais liberdade de expressão e sim imposição das partes nos seus antagonismos.
Diz o bom senso que, se estamos na frente da jaula de um felino irritado, não se fica batendo com um pedaço de madeira nas grades (para irritá-lo mais ainda.)...
Esse exemplo pode não ser muito bom, mas é o único que achei agora para expressar a minha opinião... de que essa coisa toda ainda está muito longe de ter uma solução.
Que tipo de solução se pode ter entre duas formas de terrorísmo, a que pega em armas e a que pega em canetas?
A provocação deliberada em nome da liberdade de expressão é algo mais do que isso. Parece-me uma forma autoritária de impor a diferença ao outro, tudo MUITO bem racionalizado.
Ora, sabemos que a racionalização é a doença da razão, onde, com argumentos plauzíveis e em parte lógicos e corretos (baseados na realidade) tenta-se justicar ações e reações, esquecendo-se que, no núcleo deles, há erros inequívocos.
Torcendo tudo e tirando as coisas do lugar em que coloquei... acho que a Charlie Hebdo, até então vista como sendo uma publicação de extrema esquerda com 60 mil exemplares impressos... está sucumbindo ao Capitalismo Mundial Integrado e querendo capitalizar economicamente a dita liberdade de expressão...
3 (ou mais) milões de impressões? Para defender a liberdade de expressão?

Também quer capitalizar as formas de ver, perceber/sentir/olhar/viver o mundo e a vida...
Isso não é mais uma guerra de/pelas liberdades. É uma guerra de prisões. Entre prisões.
Eu, definitivamente, NÃO SOU CHARLIE!

Então... apareceu outro atentado... 



Uma das coisas que eu penso sobre isso é que a Nigéria não tem uma "tradição reconhecida" em defender a liberdade, tal como a França, por exemplo. Isso faz com que "O Açoite Terrorista" doa muito menos nos egos da mídia... naqueles que noticiam e espalham as informações. Vira banalização porque lá, na Nigéria o inimigo é reconhecido, chama-se Boko Haram e tem-se uma "idéia" de onde ele está e como e para onde está se movendo. Faz muito que estão falando nisso e nas atrocidades que são cometidas por esse grupo... assim como faz anos que estão noticiando sobre o taliban e os problemas no Paquistão e no Afeganistão... Assim um jornal que sofre atentado tem mais repercussão do que pessoas que sofrem atentados...
Na França... os terroristas não estão localizados e não se pode rastrear ou antever seus movimentos: o inimigo é invisível e desconhecido, não localizável e, portanto... pode aparecer em qualquer lugar... como, de fato, foi o que aconteceu... pegando todo mundo de surpresa. Além do mais... a Nigéria fica na África e não é um local de destino turístico como Paris e a França.
Lembrei dos problemas que os europeus estão tendo com imigrantes legais e com os que querem entar no continente ilegalmente... Eles estão doidinhos para não receber mais africanos... que fogem das guerras, dos terroristas, das doenças, do clima quente e de tantas coisas mais...
Enfim... esse é o meu pitaco... mesmo não sendo a geografia e a história as minhas áreas de formação.

Chego ao final deste post dizendo o mesmo que falei lá em cima, por ocasião do ano novo: que 2015 nos traga luz e ilumine a nossa sombra!
Precisamos disso e muito.
Acho que alguns dos textos, idéias, posições e artigos... aqui mostrados... fazem isso.

Obrigado a todos que colaboraram... enviando links, comentários, imagens.

2015 de luz para nós e (NA) nossa sombra!



Nenhum comentário: