- Em quem você vai votar?
- Em mim!
- Mas você não é candidato.
- Mas o que penso, sinto, vejo, quero,
"o que me toca" sempre são...
- São... candidatos?
- Sim, à realização!
- Uma bela maneira de se esquivar.
- Esquivar?
- Sim... não assumindo posição.
- Mas eu disse em quem vou votar! Em mim!
- Não, não disse.
- Você quer um nome. É isso?
- Sim.
- Na chapa DR - Daremos Re-novação...
- Até que enfim. Agora entendi.
- Entendeu e compreendeu?
- Não dá no mesmo?
- Não, pois pode haver um sem o outro.
- Hummmmm
- Acho que não compreendi.
- Então pense, porque você conhece
muito pouco a meu respeito.
- Como assim?
- Se me conhecesse, saberia em quem vou votar.
- Muito difícil. Você é enigmático e imprevisível.
- Como pode dizer isso se me conhece tão pouco?
- O pouco que conheço me DIZ isso.
- Você é perspicaz!
- E intuitivo.
- Mas não compreendeu...
- Acho que não.
- Dizer que você não me conhece não é uma acusação!
- Ainda bem que você disse isso!
- Por que?
- Porque pensei nessa hipótese.
MAS VOCÊ NÃO DISSE QUE NÃO
O CONHEÇO, MAS QUE CONHEÇO POUCO
A SEU RESPEITO.
- Você foi aprovado com distinção
na disciplina de "Dialógica das Sensações
e Percepções."
- Sim (risos)
(De "Conversas com um iniciado do grau 1")
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