JORGE DE LIMA (1895-1953)
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E tudo haveria de ser assim, para contemplar-te sereno, ó morte,
e integrar-me nos teus mistérios e nos teus milagres.
Agora vejo os Lázaros levantarem-se
e...
29 outubro, 2010
"Volto...", por Cristian Ribas
Volto,
de modo lento e gradual,
no meio do caos,
no amargo doce e no açucarado sal,
achando tudo normal
e perdendo o equilíbrio
no que parecia ser igual.
Volto a mim mesmo,
na beira do abismo
ou no fundo da planície,
na ponta dos pés
ou no meio das mãos,
carrego a solidão
como minha eterna companhia,
meu guia
pra me levar pra algum lado,
não ouvir o que está guardado
e não refletir em você
que fui derrotado.
Volto em silêncio,
entre mentiras reveladas
ou esquecidos segredos,
de paixões dissimuladas
ou amores condenados,
com máscaras nobres ou verdades pobres.
Volto porque ainda acredito
que sou mais que teu abandono.
Sou o sonho que não se apaga,
o amanhã que ninguém ousae a realidade que poucos compreendem.
Cristian Ribas
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