Governo americano tem acesso a 121 milhões de clientes de telefonia fixa e móvel da empresa Verizon com aval da justiça e conhecimento do Congresso. Alegam que a medida é para saber quando terroristas ou suspeitos estão se envolvendo em atividades perigosas.
Em Dresden, na Alemanha, policiais e exército estão, com a ajuda da população... colocando sacos de areia para proteger a cidade e conter o avanço das águas do rio Elba.
Estuprador foi enterrado vivo na Bolívia por uma multidão em fúria que o atacou, surrou e colocou na fossa com as mãos amarradas e a barriga para baixo. O caixão da sua vítima foi colocado... sobre ele... ainda vivo.
O corpo de uma mulher que morreu depois de ter se submetido a cirurgia plástica... foi retirado do velório para ser levado por técnicos ao DML para fazer um exame de sangue. O motivo para tal... foi coletar
material para fornecer provas... caso a médica - que fez a cirurgia - venha a ser processada criminalmente... no futuro.
Ao explicar o funcionamento do cérebro, o neurocientista coordenador de projetos científicos do Instituto do cérebro da PUCRS, André Palmini surpreendeu os participantes do Festival Mundial de Publicidade de Gramado trazendo exemplos de como as decisões humanas são estimuladas. Pela primeira vez, o evento
contou com profissional da saúde para abordar as sensações diante da propaganda.
As decisões são tomadas com a razão ou a emoção?
Um dos palestrantes, Dado Schneider, brindou o público com essa inacreditável descrição: "O coração tem uma embaixada no cérebro, que se chama emoção. Essa vai direto para o inconsciente, que é quem decide se o público irá comprar, aderir, curtir a ideia, por exemplo".
Ainda, segundo o "grande mentor do Festival de Gramado", João Firme... "deixamos de concorrer com Cannes e passamos a ter um foco mais voltado para a educação... os participantes têm acesso a informações que jamais teriam conhecimento... estamos acompanhando com correção a evolução".
A tarifa dos ônibus em Porto Alegre pode ir a R$3,05... de novo.
A polícia investiga morte de sequestrador que teria se suicidado, pois... há suspeitas em decorrência do lugar "inviável"em que seu corpo foi encontrado.
Uma adolescente de 17 anos matou e queimou o corpo da mãe em Cachambi, zona norte do Rio de Janeiro e disse que o motivo para tal foi para ter mais liberdade como namorado, de 20 anos. A polícia suspeita de que o casal possa ter premeditado o crime para receber os 15 mil reais do seguro de vida da vítima.
As notícias acima não foram retiradas de algum jornal sensacionalista e nem foram cuidadosamente selecionadas de diferentes periódicos e fontes ao longo do último mês... ou dos últimos meses. Elas estão, TODAS ELAS, na edição de hoje do Correio do Povo... são todas do mesmo dia!
A ciência, a técnica e a razão, tomadas separada e individualmente ou tomadas em seu conjunto já não respondem mais às complexidades do real que se produz no cotidiano de nossas vidas humanas. (Humanas?)
Um real que parece ficcional.
Surreal.
Hiperreal.
Cada uma das noticias citadas põe a nú as dificuldades de compreensão dos acontecimentos e das inúmeras variáveis que se engendram na produção de cada caso.
Como é possível que num pais desenvolvido como a Alemanha... se coloquem sacos de areia... como na Idade Média... e antes disso?
Como é possível haver tantas divergências sobre o cálculo da passagem de ônibus na capital dos gaúchos? Alguns afirmam que ela poderia DIMINUIR ... e, outros, aumentar... De acordo com a maneira de fazer o cálculo e de acordo com diferentes recursos jurídicos, há diversas maneiras e argumentos para defender ferrenhamente cada uma das possibilidades... opostas entre si.
A vida vale tão pouco que se mata para ter mais liberdade com o namorado? Que se enterra uma pessoa viva, machucada e amarrada... embaixo do caixão de sua vítima? Que se tira o direito de velar um corpo... para tentar produzir provas... e livrar de acusações futuras?
A ciência, a técnica e a razão (e no caso do Festival de Publicidade em Gramado, a emoção também) utilizadas como ferramentas para criar, desenvolver e aumentar o consumo, a venda de produtos... e seduzir o público para comprar mais e obter mais lucro com as vendas. Tudo isso com aval e "garantias científicas"?
A seguir nesse ritmo... logo mais, teremos, ao invés de "sorria, você está sendo filmado", teremos... NÃO PENSE, SEU PENSAMENTO ESTÁ SENDO FILMADO.
Precisamos cada vez mais,
pensar mais e melhor
e fazer
a "Reforma do Pensamento", como dia Edgar Morin...
admitindo que somos sábios e dementes ao mesmo tempo...
e buscando a lucidez... que considera a onipresença da possibilidade do erro.
Que mundo é esse?
Um mundo muito louco e complexo, tão complexo... que qualquer explicação simplista. redutora e separada dos contextos em que são produzidas as situações... dá com os murros n'água... e se revela inoperante, ineficiente e inadequada e, portanto... só oferece explicações igualmente simplistas, redutoras e descontextualizadas.
Lembro daquela música... que diz... "tá todo mundo louco, oba... tá todo mundo louco, oba"...
Daria para escrevê-la de outro jeito: tá todo mundo louco.
Os consultórios de (nós) psicólogos e psiquiatras... deveriam estar cheios e com gente fazendo fila nas escadas e dobrando a esquina... por que mesmo que não é isso que acontece?
Eu acho que "todos" deveriam consultar um psicólogo e sou um franco defensor do acompanhamento psicológico (psicoterápico ou não) em diferentes situações da vida e DE morte... e não só para os loucos "de atar em poste com corrente... para não roer a corda"... mas principalmente para os que efetivamente querem trabalhar - e se trabalhar - para não enlouquecer, adoecer... psiquicamente, existencialmente, espiritualmente, socialmente, profissionalmente... filosoficamente.
O que está muito louco é o mundo e as formas de viver nesse mundo.
As pessoas - que são simultaneamente produtoras e produzidas por esse imundo-mundo... podem arranjar vias de escape dessa prisão ao ar livre (e sem correntes VISÍVEIS)... desde que aprendam a pensar de forma (s) diferente (s).
Eu realmente me senti mal ao ler tudo isso hoje... e o que eu estou dizendo... é que eu estou filmando o meu pensamento e o meu sentimento de mal-estar... e estou compartilhando com quem tem (ou quer ter)... lentes... para ver, perceber essas... invasões bárbaras.
Será mesmo que atualmente se pode ler um jornal ou uma revista ou, ainda, assistir a um telejornal sem se afetar pelas condições desse mundo loco, louco mundo?
Será que não somos mesmo afetados pela técnica, pela ciência e pela razão... à serviço da mídia, do consumo, do lucro e da produção de verdades dissimulas?
Um músico do nosso tempo – chamado Olivier Messiaen – vai fazer uma distinção entre quatro tipos de canto de pássaros. Diz ele, que na primavera, os pássaros, praticamente todos eles, fazem o canto do amor – que é um canto de sedução, geralmente feito pelos machos. Esse canto de amor – evidentemente – tem uma função específica: serve à espécie – porque o amor permite a reprodução; e serve aos prazeres do indivíduo. Seria esse canto – que eu chamei de canto de amor – que ocorre em todas as primaveras.
O outro tipo de canto, diz ele, que é entendido por todo e qualquer pássaro – é o grito de alarme. Os pássaros – através do gorjeio – fazem o canto de amor e o grito do alarme: dois cantos que estão a serviço do que eu passarei a chamar, nesta aula, de CORPO ORGÂNICO. Ambos os cantos estão a serviço do organismo – das funções dos órgãos; no sentido de que um canto – o canto de amor – tem como único objetivo prestar um enorme serviço à espécie; ou seja – à evolução da espécie; e assim por diante.
Mas, de outro lado, Messiaen vai falar num terceiro canto (por enquanto, eu vou deixar o [quarto] entre aspas). Esse terceiro canto, de que Messiaen nos fala, é o canto que alguns pássaros fazem para o pôr do sol – ou [melhor]: para o crepúsculo e para a aurora. Esse canto não tem nenhum objetivo orgânico e não presta nenhum serviço à espécie ou ao indivíduo: é o canto gratuito – que o pássaro produz, não importa os perigos que ele corra. Segundo Olivier Messiaen, [o canto gratuito] é de uma extraordinária beleza! E quanto mais forte for o crepúsculo; quanto mais se espalhar a cor violeta; e quanto mais bonita for a aurora – mais esplendorosos os temas e motivos que o pássaro canta.
A partir dessa colocação, é evidente que há uma diferença do canto da primavera e do grito de alarme para o canto gratuito – porque esse canto é gratuito [exatamente] porque não presta nenhum serviço ao organismo ou à espécie.
Se, de algum modo, eu me fiz entender; se alguma coisa do que eu falei atravessou… (caso contrário, mais adiante eu farei com que vocês entendam!) – eu marquei claramente a existência – pelo menos nos pássaros – de dois tipos de corpo: um corpo orgânico, que está sempre a serviço da espécie e do indivíduo; e um corpo que, por enquanto, eu só posso chamar de um corpo estético. No caso dos pássaros, é um corpo que fica de tal forma tocado diante das luzes, da claridade e das cores que o crepúsculo e a aurora produzem, que começa a [emitir] – Atenção! – ondas rítmicas: ele gera ondas rítmicas, que se encontram com as forças da natureza. E quando o ritmo se encontra com as forças da natureza – isso se chama SENSAÇÃO.
- O que é a sensação?
A sensação é a potência de um corpo vivo, que produz uma onda de intensidade – que no caso dos pássaros são os ritmos; e no caso das forças caóticas da natureza, as misturas das cores, dos calores e das luzes… E quando essas duas linhas se encontram, emerge o que Olivier Messiaen vai chamar de personagem rítmico. O personagem rítmico não é um sujeito, não é um pássaro. O personagem rítmico é uma onda, que se serve do corpo do pássaro.
Então, através do encontro das ondas estéticas e da composição do personagem rítmico – que é exatamente o pássaro ao fazer esse canto; com as forças do sol, as forças da natureza – que eu passarei a chamar de paisagem melódica – alguma coisa em termos de corpo, em termos de pensamento e em termos de tempo se produz.
E aí, com uma certa facilidade, eu já faço a distinção de que, no nosso corpo, nós teríamos – misturados – o corpo orgânico e o corpo histérico. Esse corpo histérico foi apresentado teoricamente no Ocidente pela obra de Artaud – que dá a esse corpo o nome de CORPO SEM ÓRGÃOS.
A nossa apreciação dessa questão não é difícil: de um lado um corpo orgânico – sempre a serviço da espécie, a serviço do indivíduo; e de outro lado, um corpo estético, ou melhor, um corpo histérico – ligado à produção da beleza.
A ligação que eu vou fazer do pensamento com o corpo não é a ligação do pensamento com o corpo orgânico, porque essa separação do corpo e do pensamento – que tem origem no platonismo – é a separação do corpo orgânico: que se separa do pensamento.
Essa expressão, que eu acabei de usar aqui, é realmente muito difícil, porque – classicamente – nós entendemos o pensamento como aquilo que funciona sempre por sua boa vontade – e eu estou dizendo que não; que o pensamento é forçado a pensar por este corpo que eu chamei de “corpo histérico” – o corpo das atitudes e das posturas, o corpo do gestus. Ele força o pensamento a pensar.
- Força a pensar, o quê?
Ele força a pensar o impensado – a pensar o corpo, a pensar a vida. É como se, de repente – diante de toda essa história pesada da filosofia – nós tivéssemos a viabilização, a possibilidade do pensamento pensar. E o pensamento, quando pensa, o que ele pensa é – o corpo e a vida.
Ou seja, quando eu fiz essa distinção de corpo orgânico e corpo histérico; e, no caso de Cassavetes, liguei o corpo histérico às posturas e atitudes, o que eu quiz dizer pra vocês é que – a função do pensamento é pensar todas as atitudes e as posturas do corpo – insônias, sono, tristeza; todas as linhas de errância – abstratas e difíceis – que o corpo produz.
Então, de um outro lado, a minha aula tem ( olhem o nome:) uma postura ética, - postura é coisa de corpo, não é? -, uma postura espinozista; no sentido de que – sem temores, sem medo da morte – o que nós vamos fazer é PENSAR O CORPO.
... a composição do pensamento com o corpo faz com que o corpo secrete tempo. Essa idéia de tempo é uma idéia absolutamente trágica – porque é ela que nos dá e nos tira a vida. Pelo menos, é assim que nós pensamos o tempo.
Acontece que toda a tradição do Ocidente compreendeu o tempo segundo o modelo orgânico, ou seja – aquele modelo que não passa; funcional, organizacional. O tempo foi compreendido, pelos pensadores do Ocidente, em termos de tempo orgânico ou tempo cronológico. Como? Porque o organismo produz o tempo que lhe interessa. E o homem, na sua pequena humanidade, não faz nada mais do que servir a esse organismo.
Agora, o que eu estou falando, é que nós vamos romper com esse tempo cronológico, para encontrar outras formas do tempo, ou melhor – a pura forma vazia do tempo.
Para Proust, esse tempo secretado pelo corpo – agora vem um enunciado assim terrível – talvez seja o único índice de imortalidade. Ou seja: Proust afirma que as religiões não podem – em nenhum momento – nos indicar a possibilidade de que nossa alma seja eterna. Mas quando o pensamento mergulha no corpo e encontra o tempo. .. – ele começa a conhecer os segredos da eternidade. Então, a partir daqui, eu mostro pra vocês que, ao pensar o tempo, nós pensaremos juntos também a eternidade.
Toda a razão de ser da noção de contemplação está diretamente ligada à questão do tempo. Essa noção já é platônica… – mas no Plotino ganha uma diferença.
Samuel Butler diz que uma semente de rosa, jogada na lama – sem mãos, sem pés e sem nenhum instrumento – é capaz de transformar essa lama na qual ela está inserida em macias e perfumadas pétalas de rosas, de forma magnífica! O que eu estou dizendo, é que as rosas são produzidas pelas sementes; e essas sementes fazem as suas roseiras e as suas rosas com a lama, – a água e a terra -, que é a matéria que elas utilizam para transformar aquilo num determinado ser: a roseira, apinhada de rosas…
Ao fazer isso, a semente não produz nenhuma atividade. A única coisa que a semente faz… – é contemplar!
Ouvir uma tese dessas, é quase enlouquecedor! Uma tese de que a natureza produz – não pela atividade – mas pela contemplação. Eu estou dizendo que, na natureza, a geração não se dá por processos de atividade… mas por processos contemplativos. Quando a gente fala “contemplação”, vem logo à nossa mente a idéia de narcisismo.
Narciso era aquele que contemplava a sua imagem… Por isso, existe uma distinção, também neo-platônica, entre narcisismo formal e narcisismo material. O narcisismo material é quando Narciso contempla a sua imagem e se esgota naquela contemplação. Enquanto que contemplação formal, ou o narcisismo formal, é quando essa semente de planta – sem olhos – contempla a natureza; e, ao contemplar, sintetiza os elementos, de tal maneira, que novos objetos começam a ser gerados. Ou seja, [a partir] da contemplação de uma semente – na lama – uma série de sínteses irão se processar… – e essas sínteses vão gerar os objetos que existem na natureza.
Pra vocês entenderem, a repetição pode ser exemplificada como a repetição do barulho de um relógio – tic-tac, tic-tac, tic-tac. Qualquer um de nós – no silêncio da noite – [percebe claramente] essa repetição do relógio… “tic-tac, tic-tac, tic-tac” (não é?) – Isso se chama repetição! Quando ouvimos esse “barulho”, passamos a achar que sempre que o tic aparecer, logo em seguida virá o tac – nosso espírito fica na absoluta convicção de que esse fenômeno vai ocorrer! Ora, se é tic, em seguida tac, depois tic, depois tac – tic-tac, tic-tac. .. – O que faz o espírito? Quando o espírito ouve o tic-tac. .. – de tanto ouvir essa repetição… – quando aparece o tic – ele, o espírito – antecipa o tac; isto é: o espírito não espera que o tac chegue… – antecipa-o. Ou seja, o processo de antecipação é um processo que se dá – em nosso espírito – quando a natureza se repete; e nós acreditamos – temos a crença – de que aquela repetição vai permanecer. Sempre que acreditamos que uma repetição vai permanecer – antecipamos um de seus elementos. Neste caso – antecipamos o tac.
Quem antecipa não é a natureza – quem antecipa é o espírito! Então, quando o espírito contempla a natureza e a natureza lhe oferece um processo de repetição… – esse processo é infatigável! A natureza sempre repete [o mesmo processo...] – e o espírito começa a produzir uma diferença naquilo: começa a introduzir a retenção e a antecipação.
O que quer dizer isso?
De tanto ouvir tic-tac, o espírito retém o tic, antecipa o tac e junta os dois – no tic-tac. Isso porque – fora do espírito – o tic e o tac são dois elementos separados: ou seja, quando aparece o tic; em seguida aparece o tac. Mas o tic não pode re aparecer, se o tac não tiver des aparecido!… O que implica em dizer que, o processo de repetição na natureza, pressupõe (Olha lá, heim?) a noção de INSTANTES DESCONTÍNUOS. A natureza nos mostra isso. Ela nos mostra o que se chama – “Os Instantes Descontínuos…”
- O que são os Instantes Descontínuos?
É a aparição de um elemento… e a des aparição desse elemento – para que um outro elemento surja. Ou seja: os dois elementos jamais apareceriam ao mesmo tempo na natureza! Isso se chama – descontinuidade dos instantes. O espírito contempla essa descontinuidade dos instantes – [antecipa] um instante e retém o [outro]. Na natureza, esses dois elementos estão separados; no espírito, eles se juntam. No espírito, não existe mais um tic e um tac – porque o tic e o tac formam uma pequena extensão. Na filosofia do tempo, de Bergson, esta “pequena extensão” chama-se DURAÇÃO; ou seja – o espírito, que reteve e antecipou…, reteve e antecipou esses dois elementos descontínuos produzidos pela natureza. Esse “procedimento espiritual” é – simultaneamente – a INVENÇÃO DO TEMPO.
O que eu acabei de dizer pra vocês, é que, para que o tempo surja, ou melhor: a condição para que surja o tempo – é que exista o espírito que contempla.
O que eu falei agora pra vocês, é que NA NATUREZA existiria um processo de REPETIÇÃO: um processo de repetição descontínuo. O espírito contemplaria essa repetição descontínua, juntaria os elementos que na natureza estão separados, e ao juntar esses dois elementos, o espírito formaria uma pequena linha: uma pequena extensão, ou seja – formaria uma DURAÇÃO.
Ou melhor: o tic aparece. Quando o tic des aparece, o tac aparece; quando o tac desaparece, o tic aparece, (não é?) Então, o tic e o tac – cada um deles é um presente que se dá na ausência do outro; ou seja: cada instante, quando aparece, para que o outro instante apareça, ele tem que desaparecer.
Quando esses dois instantes se juntam no espírito, o instante anterior passa a se chamar passado; e o instante posterior passa a se chamar futuro. O tic – que é presente na natureza; e o tac – que é presente na natureza; no espírito – tornam-se passado e futuro. Ou seja: o espírito – que contempla – produz O TEMPO!
O que quer dizer passivo?
Passivo quer dizer – aquilo que não produz modificação no objeto contemplado, ou seja: o espírito não produz nenhuma modificação na repetição da natureza – mas ele próprio se modifica. Então – a repetição da natureza e a diferença do espírito.
Voltando: eu disse contemplação; disse que o espírito contempla; e disse que o espírito faz uma síntese.
Hume, o filósofo que eu estou citando, chama – orgulhosamente – essa síntese de Espírito ou Imaginação Contraente. O espírito tem o poder de contemplar os instantes separados na repetição da natureza…, contraí-los no seu interior, e, ao fazer essa contração – dentro de si – ele gera o tempo. O tempo emerge: o tempo emerge no espírito.
Nós ficamos praticamente assustados. Mas, por quê? Porque – quando o pensamento se associa com o corpo; ao pensar o corpo… – ele verifica que o corpo secreta tempo: abandonamos definitivamente o senso comum!
Ou seja – tudo aquilo de que eu estou falando, é impossível de ser compreendido pelo senso comum! Por quê? Porque são as experiências mais possantes que o espírito humano pode fazer. Essas experiências, que eu estou mostrando pra vocês, é a repetição da natureza – que seria a eternidade; e a contemplação do espírito – que seria o nascimento do tempo.
Ou seja: o que faz o pensamento – sua única questão – é conquistar o tempo.
Samuel Butler: contemplação...
E ele diz o seguinte: você joga uma semente na lama: a semente cai na lama… Essa lama é água, terra, luz e ar. Ou – quimicamente mais bem explicado – é fósforo, é carbono, etc. E a semente está ali! Qual é o procedimento que essa semente tem para se transformar numa rosa, sabendo-se que a matéria da qual ela vai se servir, para que a rosa nasça, é a lama que a circunda? É essa a questão! Ou seja: quando você encontra uma roseira, essa roseira se originou numa semente; e essa semente retira da lama os componentes para produzir as suas rosas.
E a semente não faz nada?
Cl.: Faz! Ela.. contrai! Da mesma maneira que esse espírito contraiu… Depois você vai entender perfeitamente isso: o processo da semente é um processo de contração. Ela contrai os elementos – e ao contrair esses elementos – ela começa a gerar esse mundo lindíssimo que nós temos. Da mesma forma que um pássaro canta para o sol – uma semente contempla a natureza. É o mesmo procedimento!
O corpo orgânico se submete ao organismo; e o órgão principal é a consciência. Ou seja: o corpo orgânico é todo governado pela consciência.
E a natureza humana?
Cl.: A natureza humana é orgânica – e dominada pela consciência. É preciso romper com o humanismo para chegar a essa posição que eu estou colocando. O maior adversário dessa posição é, sem dúvida nenhuma, o humanismo; porque o homem enquanto tal é orgânico e – como diz Nietzsche – a consciência é o órgão mais jovem. O que eu estou mostrando pra vocês… é que o pensamento só pode pensar se a consciência for paralisada – porque a consciência é um obstáculo para o pensamento.
Em termos nietzscheanos, a consciência é uma força reativa. Em termos espinozistas, a consciência é uma força conservativa. [Enquanto que] o pensamento é avassalador, é conquistador, é criador. Ou seja, a única questão do pensamento é criar e inventar – não importa como!
Então aí a gente teria – nitidamente – não uma dialética, não um confronto do pensamento com a consciência, porque o pensamento – em momento nenhum – faz confrontos. Quem faz confrontos é a consciência, que vive sob regime das opiniões. O pensamento, não! Por isso, a questão de um pensador não é apresentar opiniões – para serem debatidas; mas constituir problemas – para serem pensados. Não haveria nem possibilidade de dizer dialética entre o pensamento e a consciência… porque a oposição, a dialética – esses conceitos – eles pertencem à consciência: não pertencem ao pensamento.
Sim, uma tragédia... que poderia ser evitada... através de ações conjuntas entre todos os envolvidos: proprietários, poder público municipal, estadual e federal, famílias, frequentadores... e etecétera...
Não adianta buscar bodes expiatórios para depositar a culpa.
É preciso buscar as responsabilidades de todos.
Todos.
"Uma definição resumida do conceito de trágico no pensamento de Nietzsche
, que poderia incluir as diferentes tematizações e problematizações
desse conceito, seria a de um modo de pensamento que fosse capaz de
assumir e afirmar a totalidade da existência, na integridade de seus
aspectos, incluindo o que nela existe de sombrio e luminoso, de alegre e
doloroso, de desfalecimento e exaltação. Trágico é um pensamento capaz
de acolher e bendizer tanto a criação como a destruição, a vida como a
morte, a alternância eterna das oposições, no máximo tensionamento. Uma
filosofia trágica prescinde de uma visão jurídica e culpabilizadora da
existência, acredita na inocência do vir-a-ser, não nega nem condena,
mas aceita a vida sem subtração e nem acréscimo. Uma existência trágica é
aquela que, sem depender de uma crença na ordenação e significação
moral do mundo, não considera o mal e o sofrimento como uma objeção
contra a vida."
Oswaldo Giacoia
Compreender o que aconteceu em Santa Maria, na boate Kiss, envolve a busca dos múltiplos fatores, complexos e de difícil apreensão... que ocasionaram essa tragédia. Apesar disso, é possível elaborar uma cartografia que ajude a nos aproximar dos fatos.... e, aqui, vou enfatizar apenas um dos componentes dessa complexidade, pois os demais estão na mídia escrita e falada em abundância: a questão da moral (e do DEVER) e a questão da ética.
Está claro que todas as instâncias envolvidas tem o dever moral de proporcionar segurança. Ponto. Mas se nem isso foi feito, de acordo com os dados obtidos pelas investigações até agora apurados, o que pensar em termos de ética? A ética não estaria só em obedecer a lei (as leis), mas em fazer muito mais e além do que ela estabelece e estipula. Seria, por exemplo, não permitir a entrada, na boate, lotada, ou, ainda, fechar a boate até que a mesma estivesse em plenas condições de proporcionar lazer em segurança... com todas as coisas necessárias para isso funcionando perfeitamente. Exemplos que parecem absurdamente irrealizáveis e surrealistas...
Tal ação... teria A VIDA como bem maior e não o lucro e o capital...
Não basta apurar apenas legalmente e tecnicamente os fatos e as responsabilidades. É importante avaliar socialmente, grupalmente e subjetivamente...
"O poder, na verdade, é micropoder. Desse ponto de vista, nós vamos falar também de micropolítica. E ele é micro, porque se exerce na nossa sensibilidade, na nossa estética, no nosso corpo, nos nossos gestos, nos nossos movimentos, nas nossas ações e paixões físicas e também se exerce na linguagem que veicula o pensamento. Então, a própria linguagem se constitui uma forma de captura e nós, sutilmente, somos capturados e falamos “em nome de” ou ocupamos o lugar legitimado pelo poder que pode ser a própria academia com o lugar da ciência, o lugar da autoridade intelectual, muitas vezes. Vamos falar de modo concreto. O capitalismo inventou a ciência da qual ele precisava. Uma vez que estamos aqui envolvidos com as ciências humanas, ciências sociais, nós precisamos fazer uma autocrítica desse ponto de vista e vermos, até que ponto, nosso pensamento científico não é conivente com essas práticas de poder e não reproduz as dicotomias e as separações das quais o capitalismo necessita ou essas formas novas de poder necessitam. Então, as ciências são colaboradoras desse ponto de vista de constituição, de regulação e de conservação desse poder através de um discurso chamado científico. Ou seja, as ciências desse ponto de vista pressupõe o lugar da moral. E a moral é sempre a crença de um dever ser: o pensamento 'dever ser', a sociedade 'deve ser' isso, 'deve ser' aquilo. E não há coisa que o poder saiba fazer melhor. Sim, a vida deve ser boa, em nome de Deus, em nome de um ideal, em nome da paz, em nome da democracia, em nome do liberalismo, em nome dos aparentemente melhores valores, se fazem sempre as piores coisas. Bush, em nome da democracia, faz o que fez no Afeganistão, no Iraque etc." Luiz Fuganti
Mais acima falei que a responsabilidade também é dos frequentadores... das próprias vítimas, inclusive.
Isso parece muito polêmico e insensível, mas se formos ver com cautela e lucides... podemos nos dar conta que entrar numa boate entupida de gente e cheia de obstáculos (e lá permanecer) é algo irresponsável. Não averiguar as saídas de emergência e não ponderar (mesmo que as houvesse) se é possível sair desse local com segurança... também.
Aqui não se trata de culpar as vítimas ou, muito menos, de lhes imputar exclusivamente a responsabilidade pelo ocorrido, mas de trazer à luz, por assim dizer, algo que geralmente acontece e permanece "nas sombras": a cidadania e o poder de "tomar a vida nas próprias mãos".
Saindo da boate e indo para as ruas... imaginemos uma pessoa entrar, como caroneiro, num carro que vai ser dirigido por alguém sem habilitação ou... sabidamente e visivelmente alcoolizado. De quem é a responsabilidade se ocorrer algum tipo de acidente? De ambos!
O exemplo parece bobo e desproporcional, mas ajuda a perceber as implicações dos envolvidos... o que, dito de outra forma, corresponde a se perguntar: qual é o meu pedaço nisso? Que responsabilidade eu tenho nisso? Perguntas essas que são cabíveis para todos em todas as situações... da vida cotidiana.
Poderiam os frequentadores decidir por não entrar? Poderiam seus familiares impedí-los de entrar?
Seria possível "sacrificar" uma noite de diversão com amigos e colegas... se negando a permanecer nesse lugar lotado? Se estivesse menos lotada, a tragédia seria evitada?
Que pais têm pleno conhecimento do que seus filhos fazem e para onde vão? Que pais poderiam proibir (ou aconselhar) seus filhos de 18 anos ou mais de (não) irem para a boate? Que pais iriam averiguar as condições de segurança dela... antes de seus filhos a frequentarem?
Quais jovens iriam se negar a entrar e "pagar o mico" de "querer tudo certinho" junto aos companheiros na hora de se encontrar? Poucos, muito poucos...
É compreensível e humanamente (humano demasiado humano?) corriqueiro colocar a diversão, a companhia, o lazer, o entretenimento... o dizer sim no lugar do (dizer) não, naquele momento, no lugar da vida...
O que está colocado aqui é essa intrincada teia de nós que nós fazemos com a nossa vida.
Está colocado em evidência a série de perguntas que não nos fazemos e que não nos fazem.
Está colocado a maneira de pensar e viver acríticos com que vamos fazendo as coisas...
Seria ético nos fazermos essas perguntas... e buscar as respostas..
Não fazer isso também é uma tragédia!
É trágico viver!
É trágico morrer!
Pequenas e grandes tragédias acontecem todos os dias e elas mudam seu caráter de pequenas e grandes na dependência de onde focamos nossas lentes para vê-las... lê-las.
Abranger as responsabilidades e relativizá-las é uma maneira de buscar a apropriação da realidade tal como ele se configura e se apresenta (sem, através disso, eximir de responsabilidade a parte que a cada um compete e investigá-las incansavelmente).
Lembro do bebê recém-nascido que foi achado na lata de lixo.
Lembro da mãe (e do pai) cujo filho se suicidou.
Lembro do dependente químico que, depois de várias internações e tentativas de tratamento, recaiu... ou se matou.
Lembro da idosa atropelada na avenida.
Lembro da guerra no Afeganistão e nos homens (e mulheres) bomba no Paquistão.
Lembro das crianças (homens e mulheres e idosos) morrendo de fome na África.
Lembro da moça estuprada na Índia.
Lembro das perdas que já tive na minha vida.
Lembro das tragédias que acompanho no meu trabalho...
Tudo isso é trágico e não relativiza nem classifica o sofrimento em escalas de menor e maior, mas faz pensar (e sentir) que a vida ainda é o bem maior e que é a ela que precisamos nos apegar (e viver) com tudo o que ela tem de bom e de ruim, por assim dizer.
Um ética que acolhe a auto-implicação nos acontecimentos é uma ética que está em sintonia com a vida.
Uma moral que somente busca a culpa nos outros e elege bodes-expiatórios enfatizando apenas o dever-ser é uma maneira de encarar a vida no que ela tem de sombra e de morte.
Precisamos fazer muito ainda para melhorar a vida nesse planeta!
"Ética é uma capacidade seletiva que a vida tem,
uma capacidade de construir filtros, válvulas, que permitem que certos
encontros sejam afirmativos e ativos e que os encontros passivos e negativos
sejam transmutados. Então a ética é uma capacidade seletiva que liga a nossa
existência a nossa própria potência. A ética diz 'ligue a vida ao que ela
pode'. A moral diz outra coisa. A moral se funda num dever ser. O dever é
primeiro para a moral. Para a ética, a potência é primeira. O dever enquanto
princípio fundante dos comportamentos implica uma dimensão separada da
natureza, uma dimensão separada da vida, uma dimensão separada da própria
potência. A moral reza: a vida deve."
Os três textos abaixo, que eu considero muito pertinentes, são de Juremir Machado da Silva e foram transcritos do blog dele no Jornal Correio do Povo de Porto Alegre.
Toda vez que uma tragédia como a de Santa Maria acontece, chocando o mundo, os responsáveis logo falam em fatalidade.
E os laudos falam em sistemas de segurança inadequados ou vencidos.
Há sempre um alvará caduco, um extintor que não funciona, saídas de
emergência inexistentes ou trancadas, sinalização deficiente, excesso de
pessoas no recinto, procedimentos incorretos e improvisação.
Como usar um sinalizador num ambiente forrado como uma espuma
protetora acústica altamente inflamável e capaz de liberar fumaça
tóxica?
Os proprietários não sabiam que a banda usaria o sinalizador?
Não sabiam da espuma inflamável no teto?
Não houve uma reunião prévia para falar disso?
A fatalidade tem outro nome: negligência.
A negligência tem uma consequência: responsabilidade.
Na vida, a gente vê coisas que se repetem e que se
sucedem com as estações do ano. As tragédias ditas naturais tendem a ser
sazonais. Temos as fatalidades de verão e de inverno: morros que
desabam com as chuvas, córregos poluídos que transbordam, casas
soterradas, vidas perdidas, insuportavelmente ceifadas cedo demais.
Depois do susto e do choque, autoridades esquecem as promessas e a vida
segue em frente até a próxima catástrofe. Tem sido assim na região
serrana do Rio de Janeiro ou nos alagamentos de São Paulo.
A palavra fatalidade aparece rapidamente na boca de quem deveria rejeitá-la como um insulto ou um desrespeito aos mortos.
Não há fatalidade quando todas as providências não foram tomadas para
tentar impedir o pior. Curiosamente sempre tem alguém para
condescendentemente relativizar:
– Não adianta buscar culpados.
– Como assim?
– Não vai trazer ninguém de volta.
– E a punição aos responsáveis?
– Não houve intenção. Foi uma fatalidade.
Sim, adianta buscar os culpados. É uma obrigação. Há culpados. Culpar
hoje é uma maneira de prevenir o amanhã. Existem crimes dolosos e
crimes culposos. Não se pode absolver simplesmente por não ter havido
intenção. Os responsáveis são muitos: os proprietários relapsos, a banda
imprudente, a fiscalização deficiente. Se o recinto era para mil
pessoas, como tem sido divulgado, por que deixaram entrar 1.500 jovens?
Se o alvará estava vencido desde o final do ano, como foi possível abrir
para uma megafesta? Se só havia uma porta, sem saídas visíveis de
emergência, como foi possível ter recebido autorização para funcionar?
Se havia espuma inflamável no texto, como proteção acústica, quem
permitiu o uso de um sinalizador, um emissor de faíscas, um instrumento
pirotécnico?
Todas essas perguntas já foram feitas e continuarão a ser feitas por
uma simples razão: continuamos na estupefação e na perplexidade. Como
diz a galera, ainda não caiu a ficha. Vamos continuar fazendo as mesmas
perguntas por impotência, desespero e ansiedade. Queremos uma resposta
convincente. Não aceitamos mais o clichê acintoso da fatalidade. Em
quantos lugares a gente vê construções de ricos ou pobres nas encostas
de morros? Em quantos lugares a gente vê cultivos em áreas de risco? Em
quanto lugares a gente vê estabelecimentos recreativos funcionando
visivelmente sem as condições necessárias de segurança? Por quê?
Simplesmente porque empurramos com a barriga, burlamos a lei, quando não
a subornamos, e acreditamos que o raio não cairá em cima de nós. Quem
somos nós?
Aqueles por quem nos tornamos responsáveis.
A noção de responsabilidade coletiva parece, às vezes, neste Brasil
ainda pré-moderno em muitas coisas, uma aberração. O interesse imediato
joga perigosamente com a calamidade futura. Por toda parte a negligência
ri da nossa cara: barcos transbordando de passageiros em inocentes
passeios praianos, muitos com coletes salva-vidas em número
insuficiente, motoqueiros sem capacete e com crianças na carona zumbindo
pelas ruas das cidades, crianças transportadas no banco da frente de
carros particulares e por aí vai. Precisamos enquadrar culpados.
Tarso Genro reuniu colunistas dos principais
veículos gaúchos, ontem, no palácio Piratini, para falar da tragédia de
Santa Maria. O governador e a presidente Dilma Rousseff tiveram
comportamento exemplar deslocando-se prontamente para o local do
acontecimento. É assim que acontece em qualquer país decente. Cansei de
acompanhar pelo noticiário as viagens de presidentes franceses para
prestar solidariedade a famílias enlutadas por avalanches em estações de
neve ou acidentes de ônibus. No encontro, achei o governador com um ar
visivelmente abatido, sofrido. Esse ar aparece também nos rostos de
muitos dos jornalistas que cobriram o episódio. A verdade é que o Brasil
continua chocado com o drama da boate na cidade gaúcha. A hora é de
apuração das responsabilidades. O passado recente e doloroso precisa
preparar o futuro.
Na conversa com os jornalistas, o governador burilou uma frase
significativa: “É preciso verificar a cadeia de responsabilidades que se
instalou”. Não absolveu de antemão um só elo dessa cadeia. Sustentou
que certamente não há causa única nem responsável isolado. O fato de uma
parte afirmar que havia condições de funcionamento não quer dizer,
argumentou, que, no conjunto, essas condições existissem. Talvez a
afirmativa mais forte de Tarso Genro tenha sido esta: “Uma norma nunca
pode dizer ‘preferencialmente’, pois já é uma possibilidade de evasão”.
Esse “preferencialmente”, como se sabe, aparece na regulamentação das
saídas de emergência laterais.
Norma com “preferencialmente” não é lei. É recomendação. Cumpre quem
quiser ou quem puder. Rigorosamente falando, “preferencialmente” é uma
brecha cinicamente disponibilizada para transformar regra em
faz-de-conta. O primeiro a ser punido deveria ser quem escreveu esse
“preferencialmente”. Há uma lei que dificilmente encontra anulação: a
lei do bom senso. Qualquer lugar destinado a receber centenas de pessoas
não pode ter uma única porta. Se a lei permite, ela está errada. Não há
revogação para o bom senso. O governador enfatizou que não tem
condições de dizer, no momento, se a prefeitura de Santa Maria e Corpo
de Bombeiros fazem parte da cadeia de responsáveis pela tragédia. Quer
investigação sem complacência e punição impiedosa dentro da lei. Se o
Estado tiver de responsabilidade, pagará.
Os niilistas acham que declarações feitas no calor das tragédias
sempre acabam esquecidas ou são demagógicas. Aqueles que deitam essas
generalizações são, com frequência, os mesmos que criticam os políticos
por comparecerem aos locais de sinistros e por não comparecerem. O
governador Tarso Genro já tirou uma lição relevante da tristeza que
paira sobre os gaúchos agora: a lei precisa mudar. O Estado deve ter
papel de corresponsabilidade na fiscalização. A força dos municípios é
insuficiente para garantir a segurança de todos. É hora de suplantar
clichês como porta arrombada, tranca de ferro. A verdade é outra: somos
racionalmente capazes de aprender com o passado. Só reconhecer erros que
tiram vidas não basta. A sanção é indispensável.
Recebi esse texto por Email e o reproduzo aqui tal como me foi enviado. Quem gosta e/ou se interessa por astrologia e temas associados... pode conferir... inclusive as previsões.
As partes em verde são destaques meus.
Tirem suas próprias impressões e sensações...
.................................................................................. PREVISÕES PARA 2013 Mensagem de Jennifer Hoffman
31 de Dezembro
de 2012.
É o momento para as previsões do novo ano de
2013.
Todos os anos, desde 2005, eu estive fazendo as previsões para o
próximo ano (ainda que eu não goste de fazer previsões). Escrevo-as no final do
ano anterior, publico-as e geralmente me esqueço delas, até que me lembro de
checá-las.
Elas tendem a ser muito precisas, embora, no momento em que eu
as estou escrevendo não digo exatamente o que “irá acontecer”, mas sim o que tem
o potencial de acontecer, ou o que está energeticamente alinhado para
permitir que determinados acontecimentos se revelem de formas
particulares.
Nós ainda temos o livre arbítrio em todas as coisas e nada
é “fixo”, mas também vivemos em tempos de grande transição e mais e mais pessoas
compartilham um desejo de paz, amor, aceitação e comunidade, e isto é o que tem
o poder real de criar a mudança no mundo e permitir que as nossas realidades
individuais e coletivas se tornem “o céu na Terra”.
Como Uriel disse
várias vezes “Não é o nosso trabalho destruir a Terra para que o Céu possa
assumir. A nossa missão é elevar as frequências da humanidade e da Terra, de
modo que uma parceria divino/humana possa ser criada e possamos evoluir para
“humanos espiritualizados”.
Aqui estamos, prontos para começar mais
um ano.
Quando recordamos o ano de 2012, podemos ter uma sensação de
alívio de que ele terminou, pois realizamos muita cura e crescimento e fomos
capazes de experienciar a mudança das eras, quando completamos 21 de Dezembro de
2012 e o ultrapassamos.
A Terra não terminou, mas as coisas estão muito
diferentes agora e estarão no futuro. Estamos diferentes também e podemos optar
por enfrentar 2013 como poderosos co-criadores do paradigma de uma nova Terra,
ou nos sentirmos desequilibrados, não ancorados e temerosos de darmos os
próximos passos, que não mais são escritos por nós.
Passamos do Carma
para a criação e o nosso maior desafio pode estar em não sabermos o que queremos
criar.
Podemos ver cada novo ano como um desafio para o passado, ou como
uma nova oportunidade de criarmos um futuro diferente. Uma coisa está clara: não
há como voltarmos agora. Estamos em vias de transformação, em um processo
evolutivo que não será diferente da morte dos dinossauros: o que for velho,
obsoleto, que não ressoe com a verdade, com a alegria, o amor, a paz e a
conexão, será extinto.
Já estamos vendo muitas das estruturas do mundo
que servem a poucos em detrimento de muitos, passando por um exame minucioso.
Estamos conectados uns com os outros, em todo o mundo, como nunca antes. Nosso
mundo físico está se tornando cada vez mais virtual e os limites que existiam
através da cultura, da geografia, da nacionalidade e dos países, estão agora
sendo dissolvidos.
Novas gerações se conhecem como cidadãos globais, que
contam entre os seus amigos, pessoas que eles poderão nunca encontrar
pessoalmente, e podemos compartilhar pensamentos e idéias em todo o mundo, em
segundos apenas, através de meios como o Twitter.
Embora possamos estar
sentindo a pressão para a transformação, estamos também cientes da resistência
daqueles que não querem liberar a tendência atual. E esta resistência irá se
intensificar em 2013, pois há aqueles que não liberarão o seu medo, até que não
haja outras opções para eles escolherem.
2012 foi descrito como o ano
que resgatamos o nosso poder e muitos de nós o fizemos, embora não da maneira
que imaginávamos.Algumas vezes resgatamos o nosso poder, porque aqueles a quem o
estivemos entregando, decidiram que eles não mais nos queriam em suas vidas.
Outras vezes, nós fomos aqueles que tivemos que nos afastar.
Agora
que temos de volta o nosso poder, o que faremos com ele?
Isto é o que iremos
explorar em 2013.
Os três temas para 2012 foram a verdade, a integridade
e o alinhamento e tivemos muitas oportunidades para descobrir a nossa verdade
pessoal e a verdade do mundo, para saber com o que estávamos alinhados e como a
nossa integridade estava à altura de nossa energia e a nossa verdadeira
intenção. Foi um ano longo e difícil e agora temos que iniciar outro ainda, mas
em um nível muito diferente.
2013 é o ano da evolução, onde temos que
aproveitar tudo o que aprendemos e colocá-lo em prática em nossas próprias
vidas.
Haverá pouca vontade ou oportunidade de curar os outros. Mas
como somos poderosos quando não somos os curadores, quando não estamos gastando
e estendendo a nossa energia para a cura de outros? Podemos ser um exemplo de
vida poderosa para os outros e deixá-los fazer o seu próprio trabalho de
cura?
Esta será a nossa lição enquanto caminhamos através de 2013 com
um pé nos dois mundos, alinhados com o potencial da Nova Terra e mantendo este
espaço para aqueles que têm ainda que se alinhar com as suas
energias.
Os temas fundamentais para
2013 são:
EVOLUÇÃO– Isto, acima de tudo, é o tema
central para 2013. Como é que iremos evoluir crenças, situações, experiências e
pensamentos para os seus aspectos mais elevados? Temos todas as ferramentas que
precisamos: é o momento de colocá-las em ação. Em cada situação, teremos a
escolha de ponderá-la, usando a energia do passado, ou evoluí-la, infundindo-a
com uma energia mais elevada para criar uma possibilidade e um resultado
diferente. Essas coisas que não evoluem terão
conseqüências dolorosas, se tentarmos viver no presente, a partir das energias
do passado, que não possuem nenhum poder para nós. Isto se estende até aos
papéis que desempenhamos como curadores, professores e Trabalhadores da Luz.
Somos agora encarregados de trazer a humanidade ao alinhamento com a nova Terra,
garantindo que estejamos alinhados com ela em nossas próprias
vidas.
AUTOCONSCIÊNCIA MÚLTIPLA – À medida que avançamos
para energias mais elevadas, estamos conscientes de nós mesmos como seres
humanos, mas que temos múltiplos aspectos próprios, qualquer um dos quais
podemos escolher à vontade? O eu que estamos expressando é um potencial; se
não gostamos do seu resultado, podemos simplesmente escolher
outro.
PODER DIVINO – O conceito de poder, no sentido
material ou humano, foi sempre o “poder sobre” alguém ou algo. O conceito
elevado de poder é divino, que é o poder interior. Esta é a nossa fonte interna
de poder, que emana da nossa conexão com a Fonte e é a expressão de nossa luz
Divina. Isto requer que estejamos alinhados com o nosso poder em todas as
coisas, usando o nosso poder para evoluir todas as experiências de vida em
nossos próprios aspectos.
VERDADE– Este é um período em
que aprenderemos a verdade e algo disto será muito perturbador e tem o potencial
de causar muito medo. Em ambos os níveis: global e individual, nós saberemos que
aqueles que pensávamos que fossem os nossos amigos, eram realmente os nossos
inimigos e trabalhando contra nós, e aqueles que considerávamos os nossos
inimigos, eram realmente os nossos amigos. Há momentos em que parecerá que o
mundo está sendo virado de cabeça para baixo, ao avesso, sacudido, mas tudo dará
certo no final. Uma coisa a lembrar durante 2013 é reservar o
julgamento em todas as coisas, ser o observador e permanecer imparcial. Procurem
as bênçãos em cada situação; elas estarão lá, até nas mais terríveis
situações. Lembrem-se: este é o ano da evolução e algumas vezes a energia
tem que ser revolvida, antes que possa evoluir. Aqui estão as minhas observações gerais sobre o que
2013 trará para nós, a humanidade e a Terra:
UMA MUDANÇA DA
CONSCIÊNCIA GLOBAL – Este é um aspecto de 2013 que eu acho preocupante,
porque o que começou como a crise econômica mundial em 2008 não foi ainda
resolvida e o sistema existente com que muitos contam para o seu sustento
financeiro e físico não é mais sustentável. À medida que passamos por 2013,
encontraremos mais evidências de corrupção, ganância e o nível com o qual todos
os nossos sistemas de governo, sistemas bancários e empresas estiveram operando
para limitar o acesso de muitos para benefício de poucos.
Uma mudança na
consciência começa com uma percepção do paradigma existente e isto tem sido há
muito escondido de nós. Ao longo do ano, e particularmente no período de Maio a
Julho, uma torrente de segredos serão revelados, alguns através da intervenção
divina, outros a partir de pessoas que não podem mais manter os segredos que
elas estiveram guardando. A mudança da consciência global pode
começar com raiva e medo, mas o seu propósito é ensinar à humanidade a ser mais
autoconsciente, a viver através da intenção e a usar o seu próprio poder
criativo para garantir a sua própria alegria, felicidade, sucesso e
abundância.
MUDANÇAS NA TERRA – As mudanças dramáticas,
caóticas e devastadoras na Terra que foram previstas ainda têm algum potencial
de acontecer. No entanto, temos afastado muitas delas. Algumas das mudanças na
Terra que vejo para 2013 são naturais, outras se devem às atividades feitas
pelos homens. Há vários vulcões ativos ao redor das Filipinas, em parte do
sudeste da Ásia, em Yellowstone, que irá causar uma preocupação mundial e um
vulcão na Austrália, há muito adormecido, que irá aparecer inesperadamente no
final de Agosto ou Setembro.
De maior preocupação são os buracos de
escoamento que foram mencionados em 2012 e que irão aparecer em maior número, em
2013. Muitos destes são causados por perfurações e outras atividades ocultas e
conhecidas que perturbam os substratos da Terra, especialmente na Arábia
Saudita, no Iraque, nos Estados Unidos, em torno da Costa do Golfo, nas áreas ao
redor de Ohio, Pensilvânia e Kentucky, Nevada e Illinois (atualmente, a
perfuração não está sendo feita em Illinois, mas acredito que está prestes a
começar em 2013, e uma vez que isto ocorra, o aparecimento dos buracos será
imediato, na medida em que o dano criado pelas perfurações não poderá mais ser
oculto). Alguns destes serão muito grandes e abertos rapidamente. Haverá perdas
significativas e alguma perda de vidas.
VÓRTICES E PORTAIS DE
ENERGIA – Vórtices são concentrações de energia na Terra e os portais de
energia são aberturas na grade eletromagnética da Terra que permitem que a
energia flua para a Terra, do Universo. Passamos grande parte de 2012,
equilibrando a energia existente dos portais e mantendo espaço para novos
portais.
Os antigos e poderosos portais sobre o Oriente Médio, África e
partes da Europa Oriental, na Rússia, estão ainda abertos, mas muito menos
poderosos. Enquanto mantemos a energia para a Nova Terra estes portais se
fecham, mas não sem muita resistência, como vimos no Oriente Médio neste último
ano.
Muitos estiveram vivendo em áreas onde estiveram mantendo a energia
para novos vórtices e criando portais para a energia da Nova Terra. Nestas
áreas, eles se tornaram extremamente isolados e infelizes, pois a energia muda
além de sua capacidade de satisfazer as suas necessidades energéticas – eles não
mantêm a energia que eles precisam para sustentar o crescimento de sua própria
alma.
Embora o trabalho que estiveram fazendo tenha sido importante e
necessário, é o momento deles deixarem ir e avançarem para áreas que os apoiem
Este potencial esteve lá, as áreas em que estiveram entrando foram também
preparadas para a chegada deles e este processo será concluído no início de
2013.
Se vocês estiveram querendo se mudar para um novo local, comecem
a se preparar em Janeiro e coloquem a sua intenção para as experiências de vida
que querem na nova área. Vocês obterão a confirmação do tempo e do lugar,
começando em Marco e completando em Setembro.
LABAREDAS SOLARES
E ERUPÇÕES – 2012 viu algumas das mais poderosas atividades solares na
história da humanidade e isto irá se intensificar em 2013. O Sol apóia o
crescimento da Terra, bem como o nosso, e o aumento da radiação das labaredas
solares apóia os novos portais, bem como as nossas frequências vibracionais mais
rápidas.
O Sol continuará a enviar vibrações mais elevadas à Terra, o que
irá perturbar o clima e as comunicações, e também ajudará a capacitar as
mudanças na estrutura do nosso DNA, que estão sendo criadas no mundo após 21 de
Dezembro.
Uma nova era da parceria Terra/Sol está sendo criada, com a
Terra se alinhando mais plenamente com o poder do Sol, que tem sido capaz de
receber em doses muito pequenas. A nova atividade das labaredas solares estará
mais alinhada com as nossas frequências mais elevadas e nós não a sentiremos tão
intensamente quanto no passado, isto é, os sintomas físicos não serão tão
difíceis para aqueles que já entraram em uma frequência vibracional mais
elevada.
DA MENTE PARA A ALMA – Temos sido
impulsionados pela mente em toda a nossa experiência tridimensional e enquanto
entramos nas dimensões superiores do ser, os desejos da alma se tornam mais
importantes e óbvios. Agora, nós podemos ir além, sabendo que o desejo da alma é
para o amor, a alegria, a paz, a abundância.
Nossa “mente plena” que está
cheia de seus próprios pensamentos, memórias, crenças e experiências, muitas
vezes não está alinhada com o nosso caminho mais elevado. O caminho da mente
é cármico, o caminho da alma está alinhado com a criação.Embora o nosso
caminho cármico seja uma possibilidade de criação, é um caminho único, com
apenas um resultado e um potencial.
Ao estarmos no reino do desejo da
alma para a nossa trajetória de vida, nós entramos na criação e temos muitas
possibilidades de potencial para as nossas vidas.Não temos que escolher
apenas um, podemos experienciar muitos, encontrando o melhor que se alinhe com a
alegria que desejamos viver.
Viver na elevação da alma significa que
somos conduzidos pela alma e deixamos que a mente aprenda a criar, em vez de
sempre saber o que irá acontecer a seguir.
PERÍODOS DE PODER
Durante o curso de cada
ano, há períodos onde ocorrem as mudanças de equilíbrio energético da Terra e
novos alinhamentos energéticos, novos vórtices se abrem ou os antigos se fecham.
Estes muitas vezes se chocam com as nossas próprias vibrações energéticas e eles
podem nos deixar muito desconfortáveis e até doentes,
fisicamente.
Chamamos a estes de sintomas de ascensão e eles são parte de nossa
jornada da ascensão, pois precisamos trazer nova energia à Terra como parte de
nossa missão de criarmos o “céu na Terra”.
Com estes períodos de poder
podemos ver as mudanças na Terra, fortes tempestades, inundações, terremotos ou
condições climáticas incomuns. Em nossas próprias vidas podemos experienciar
súbitos términos, rupturas, mudanças no coração ou mente, ou até doenças
físicas.
Em 2013 haverá seis períodos de
poder:
De 3 a 22 de Janeiro – Eu chamarei a este de
mini período de poder porque é um tempo de recalibração, de avaliação e de
definição de intenções. Se estiverem inseguros de onde está o próximo passo no
caminho para vocês, coloquem uma intenção para o caminho mais alegre e abundante
e deixem que a resposta venha até vocês. Este é um mês para preparação, não
para a ação. Fortes tempestades solares irão fazer a notícia, pois irão
mudar os padrões climáticos que trazem excepcionalmente o clima quente às áreas
que geralmente são frias e o tempo frio às áreas mais
quentes.
FEVEREIRO – Com este mês o poder transformador de
2013 se inicia. Nós sentiremos a energia se movendo de uma forma muito real, e
às vezes parecerá que as coisas estarão girando, fora do controle. Elas estarão,
em certo sentido, os velhos paradigmas da Terra estão sendo liberados para que
os novos possam assumir o seu lugar. Aqueles que não compreendem o que está
acontecendo parecerão estar muito carentes e inseguros, e as pessoas e situações
que decorrerem disto poderão ser surpreendentes. Teremos também o primeiro dos
três ciclos de Mercúrio retrógrado neste mês.
DE MARÇO A
JUNHO – O Equinócio em 20 de Março fecha a porta para o velho paradigma
da Terra. Eventos globais que revelam a verdade sobre como o mundo esteve
operando fazem as notícias diárias. Procurem muitas surpresas neste período,
afetando muitos governos e corporações. Fortes tempestades (no hemisfério
norte), e muita chuva em outras partes do mundo, criam inundações. Haverá também
dois eclipses durante este período e a terceira quadratura Urano/Plutão em 21 de
Maio; esta caracteriza Urano direto e Plutão retrógrado. Mercúrio entra em
movimento retrógrado, ou período de sombra, começando em 26 de Junho e
terminando em 20 de Julho.
DE JULHO A AGOSTO – Neste
período muitos planos são mudados e as situações se transformam rapidamente.
Procurem por rupturas em viagens, tempestades, clima estranho, pessoas agindo de
forma muito estranha e muito medo. Muitos poderão mudar de residência, ou
mudarem para uma nova casa em sua área, ou decidir ter uma chance e fazer uma
mudança que eles têm considerado por anos, incluindo atravessar o país e mudar
para um novo país ou continente. Mercúrio estará em movimento retrógrado ou
sombra durante todo o mês de Julho também, assim verifiquem minuciosamente os
planos de viagens e todas as comunicações.
OUTUBRO – Este
pode ser o primeiro mês desde Janeiro que sentiremos que podemos fazer uma pausa
e recuperar o fôlego. Haverá um desejo de passar algum tempo sozinho, acalmar-se
e se alinhar com algumas das mudanças que estiveram se formando desde Fevereiro.
Aqueles que mudaram neste ano, terão uma sensação de alívio, pois eles começam a
se conectar com as suas novas famílias de alma, fazendo muitas conexões
novas.
NOVEMBRO – O Mês começa com Mercúrio retrógrado, a
quarta quadratura Urano/Plutão e um Eclipse, por isto será interessante. Aqueles
que estiverem firmemente ancorados nas mudanças que estiveram fazendo durante
todo o ano (e mesmo todo o trabalho que eles fizeram durante a última década),
não sentirão a pressão deste mês. Na verdade, parecerá mais uma confirmação do
trabalho que eles fizeram. Haverá um forte sentimento de povos do mundo se
unindo, criando um mundo mais sustentável, amoroso e de apoio. “Nenhum lugar
para correr, nenhum lugar para se esconder”, vem à mente quando penso em
Novembro, aqueles que nada têm a esconder, nada têm a temer. Não permitam que
o caos os distraia, lembrem-se – a mudança é inevitável, o caos é
opcional.
Segurem os seus chapéus, a
diversão está apenas começando...
Este será um ano difícil, em
termos de mudanças a serem feitas, aprendendo a viver através da intenção,
criando espaço em nossas vidas para a transformação que estará ocorrendo e
deixando ir as crenças, pessoas e situações que não servem ao nosso caminho mais
elevado, ou, o mais importante, que não servem a nossa intenção de uma vida
cheia de alegria.
Nós criaremos o que dizemos que estivemos querendo por
anos, mas estar no modo “querer” e então conseguir o que queremos, são duas
coisas diferentes.
À medida que aprendemos a viver através da criação
(em vez do Carma), podemos perceber que um modo de vida inteiramente novo
se abre para nós, talvez sem muitos dos rostos e locais que conhecemos por muito
tempo.
Durante todo este ano, a sua intenção servirá como a sua
orientação e luz guia para a sua vida, assim determinem intenções poderosas,
significativas, para este ano transformador e evolutivo.
Eu lhes
desejo bênçãos abundantes, a paz, a alegria e o amor que um Universo
benevolente, amoroso e solidário está esperando co-criar com
vocês.
Pode demorar um pouco para abrir completamente. Há muitas imagens, links e postagem longas. É preciso ter paciência, algo incomum na sociedade individualista, veloz e de consumo.
Aqui as informações não estão para serem consumidas; antes disso, estão para serem tratadas como... pequenas jóias de beleza, pedras de conhecimento, assopros de sabedoria, vindos de muitos mestres. Mestres filósofos. Mestres orientais. Mestres anônimos. Mestres cientistas. Mestres espirituais e espiritualistas. Mestres sem classificação.
Pequenas tentativas de transformar este mundo num- mundo-melhor-para-vivermos: a cada dia renovado, inventado, criado, produzido! Gosto de conversas... de concordâncias e discordâncias. Considero a divergência fundamentada bastante saudável! Neste menu da direita, mais abaixo e nos comentários das postagens, você encontra lugar-espaço para trazer suas opiniões. Seja bem vindo !
Sobre esse blog
"Psicologia e Vida Livres", um nome estranho, o desse Blog, já que não existe liberdade, nem na Psicologia e nem na Vida.
O que existe são LIBERDADES! Cada uma delas na dependência de várias coisas, simples e complexas, mas ainda assim, na dependência de algo, ou de alguém!
Então... nessa dialógica da liberdade e da prisão, ou melhor dito, das liberdades e das prisões... vou tentando postar sobre "As Coisas da Vida e da Vida das Coisas".
Minhas lentes e meus olhares são composições híbridas que se criam através do cruzamento, do choque, da colisão de linhas transversais entre a esquizoanálise, a poesia, a história, a filosofia, o cotidiano, a política, a vida, a morte e as artes em geral.
Que Coisas da Vida?
Estas que pegamos na mão e dizemos:
- "É assim."
- "Está assim."
Aquelas que não conseguimos pegar na mão e ... dizer... "é ou está assim."
Estas que tem início, meio e fim. O que é previsível, esperado e "natural".
Estas em que sabemos só o início; só o meio; só o fim.
Aquelas que são inesperadas, inusitadas, imprevisíveis, incontroláveis e indizíveis.
Estas e aquelas que são simples e estas e aquelas que são complexas.
Que Vida das Coisas?
Tudo aquilo que tem um fim, que termina, que acaba, que morre, que se transforma num algo-outro e diferente.
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Amo as verdades de cunho perene, absoluto... e seus desdobramentos relativos.
Gosto e respeito pessoas afirmativas, posicionadas... e me seduzo facilmente pelo mistério e pelo indefinido... delas e das situações.
Busco viver intensamente os momentos... mesmo que isso signifique, eventualmente... não fazer nada e ficar imóvel, numa pura contemplação!
Sou instável, muito instável... dentro dessa minha estabilidade: tenho aspirações ao absoluto, embora esteja, mais freqüentemente, vivendo as relatividades. (Cerriky - Cesar Ricardo Koefender)
Eu no que sei sobre...
Sou um sujeito simples, que aprecia as coisas simples e as pessoas simples... embora transite frequentemente nas complexidades... num emaranhado de eus múltiplos: amo a liberdade de expressão e cultuo a informalidade... sou avesso às relações amarradas que amputam as possibilidades de exercício do expontâneo e do singular. (Cerriky - Cesar Ricardo Koefender)
Mais sobre mim
Procuro melhorar a cada dia minha condição de ser humano e espiritual: estou em constante crise... cheio de questionamentos nessa busca: como acionar um "devir espiritual" e para ele criar um corpo de expressão?
A busca e o progresso são inconstantes, seguros, incertos, instáveis e impermanentes, mas nem por isso, menos verdadeiros: descobrir acerca de si próprio e se relacionar com as pessoas constitui-se numa das mais difíceis tarefas da vida: sigamos em frente... sempre!!! (Cerriky - Cesar Ricardo Koefender)
Tempero da Vida
Amor, amor, amor!!! E todos os seus derivativos, sobrepostos, superpostos, laterais e coadjuvantes!!!
JORGE DE LIMA (1895-1953)
-
E tudo haveria de ser assim, para contemplar-te sereno, ó morte,
e integrar-me nos teus mistérios e nos teus milagres.
Agora vejo os Lázaros levantarem-se
e...
eclipse solar total 08/04/2024
-
eclipse solar total 08/04/2024“Os planetas em locais desfavoráveis não
causarão nenhum dano se a pessoa tomar banho todos os dias (em águas dos
rios sagra...
só existe porque há luz... e é proporcional a ela!
Akenaton
Meu faraó preferido! Um herege... precursor.
Vishnu
deus hinduísta: o conservador
Nome da imagem: observors
Observar é agir... inter-agir
Saudação Sikh
Om
Palavra sagrada do Hinduismo
Mais rosas...
"de todas" as cores!
Prece
No espiritismo, ela pode ser feita em qualquer lugar: é uma "conversa" íntima e direta!
Brahma Trimurti
deus hinduísta: o criador
Mesquita
Templo Sagrado do Islamismo
Tempestade e
Intempestivo
Livros: referencias teóricas e estéticas
A cabeça bem-feita
A Interpretação dos Sonhos v 1 e 2
As Gandes Questões do Nosso Tempo
As Três Ecologias
Bergsonismo
Bergsonismo
Caosmose
Compêndio de Análise Institucional e outras correntes
Compêndio de Psiquiatria Dinâmica
Crítica e Clínica
Figuras da Imanência
Gilles Deleuze: uma vida filosófica
Humano, Demasiado Humano
Infância e Sociedade
Introdução à Esquizoanálise
Mal estar na Cililização
Micropolítica Cartografias do desejo
Mil Platôs v. 1 a 4
O Anti-Édipo
O brincar e a realidade
O Inconsciente Institucional
O Método v. 1a 5
O Paradigma Perdido
O que é Filosofia?
O tempo não-reconciliado
Processo grupal
Psicopatologia da vida cotidiana
Revolução Molecular: pulsações políticas do desejo
Teoria do Vínculo
Vontade de Potência parte 1 e 2
Taoismo:Yin e Yang
Opostos complementares
Yoga: respiração e ásanas
Pratica do Hinduismo
Ioga
Anahata Chakra
Shiva Nataraja
deus hinduísta: o destruidor-renovador
Os dez gurus do sikhismo
Da pomba ao falcão: guerreiros da fé
Krishna
avatar de Vishnu, é o Cristo do hinduísmo
Uma pequena grande jornada...
pelo deserto de Thar, na fronteira com o Paquistão.
Bela imagem...
a do amor de um deus: Shiva nesse caso, o que destrói e cria... mundos
Eu acredito que há vida em outros planetas... e você?
Claro... não precisam ser etezinhos assim né?
Ganesh
deus hinduísta da prosperidade e do sucesso
A dark and sensual lady...
uffa.
O que é clássico
tem seu valor
Astral Candle (Wilby)
... é o nome dessa imagem
O fogo queima...
limpa, purifica, aquece.
Floresta mágica
Todas as crianças acreditam...
Trigo - produção > de todos os tipos
Intelectuais, Alimentícias, Éticas, Íntimas
Tons escuros...
eu também gosto!
Beleza escura
A noite é... mágica
Em todo deserto há...
vida! Dentro de nós também.
Mais fractal
animation gif
Meditar é preciso!
Energia pura!
Jesus Cristo, o rabi
Mestre do Cristianismo: amai-vos uns aos outros como eu vos amei
Tempo, horas. Que tempo? Quanto tempo?
O tempo ... é marcado no relógio e fora dele.Há tempos e tempos: para cada coisa, um tempo.Para muitas coisas, o mesmo tempo. Divagações improdutivas acerca das horas.
Alegria e humor...
trazem renovação.
Não adianta nada...
mas acontece... rsrsrrss
Se tem a tulipa negra...
tem a rosa negra também.
Incenso: adoro...
... todos os aromas. Florais, cítricos, amadeirados, de ervas, adocicados, misturas e aromas criados. Beleza, suavidade e simbolismo... energias renovadas.
Prece
Você faz a sua; eu faço a minha... e o mundo fica melhor!
Música e Musicalidades
Arte e Vida!
Bom humor, capacidade de se espantar e rir das coisas...
é um dos sinônimos de inteligência racional e emocional
Padmine incense
made in India
Bebê...
que lindo sorriso.
Cores
e aromas
Ursinhos, pelúcias: crianças, amigos, carinho...
afetos, aconchegos: é tão bom!!!
Ler, leitura:
é descobrir, se espantar, viajar... prazer!
Um... druida
diz algo a você?
Relaxar...
e ficar entregue... é tão bom!
Parte...
Todo...
Lótus
a flor sagrada do oriente
Lindos olhos dessa mulher indiana
... em Nova Delhi.
Fractal...
torcido, girado...
O ser humano...
... é um enigma bárbaro. Um bárbaro mistério...
De "saia" na mesquita...
Jama Majid, em Delhi.
Eu no Nepal
com a inseparável coca-cola
Contrastes
em tons terra
Simboliza tudo o que
... é adorável e lindo!
Vamos lá...
escreva um email ou um scrap para mim
Anjos... existem.
Você acredita?
De gênio, médico e louco...
... trodo mundo tem um pouco! Pouco?
Fênix
re-pós-surgir das cinzas ... sempre
Chakras e suas cores
Meditar é legal!
Idas...
caminhando pra frente
E vindas...
Vontando e ... seguindo em frente novamente: assim são as aprendizagens!