Acredito que cada um deva saber o quanto custa ignorar a verdade, seja ela sobre nós, ou seja ela sobre qualquer outra pessoa.
É um preço muito caro que teríamos de pagar.
Talvez eu não seja a pessoa certa para comentar a respeito, até porque, tenho uma opinião formada a respeito do assunto. Sou daqueles que preferem revelar a verdade em toda a sua essência, mesmo acreditando que, em algumas vezes, o silêncio possa ser a melhor decisão.
Raramente fico calado, e quando isto acontece, não é por uma questão de comprometimento. A minha decisão está fundamentada nos três estágios por onde a verdade costuma passar.
No primeiro, ela é ridicularizada, principalmente por aqueles que não conseguem aceitá-la em toda a sua essência. No segundo, ela sofre com a oposição, que muitas vezes vem de uma forma violenta. No terceiro, ela é, de fato, aceita e, a partir daí, passa a ser clara e evidente.
O sofrimento e a disputa nos dois primeiros estágios são imensuráveis. Através deles, podemos entender a opção daqueles que preferem não revelar nada, até porque, nem todas as verdades são para todos os ouvidos, e no meio de muitas disputas, ela pode até se perder de vez.
A verdade sempre existiu e ela só vem à tona, quando uma determinada mentira é inventada. Lembro-me de uma frase de Mahatma Gandhi; que dizia mais ou menos assim: “A verdade é dura como o diamante e delicada como a flor do pessegueiro”.
Sim, enquanto a verdade é dura como o diamante, é a mentira fraca quanto um fio da mais fina linha. Enquanto ela é delicada como a flor do pessegueiro, a ausência dela é tão complicada quanto o mais complexo teorema.
Aqueles que vivem na mentira, passam pela vida, sempre angustiados, enquanto que aqueles que se convencem que amam a verdade, despertam para a possibilidade de viverem livres.
Ninguém precisa sair por aí à procura da verdade; ela está e sempre esteve ao nosso lado. Basta cada um acatar aquele terceiro estágio e aceitá-la como uma fonte de riquezas, de caráter, responsabilidades e nobreza.
(Jesus Prado Amador)
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