Para uma nova relação com os mitos
Não podemos fugir aos mitos.
Para nós, o problema consiste
em reconhecer
nos
mitos
a SUA realidade e não A realidade.
Em reconhecer a SUA verdade,
e não em reconhecer neles
A verdade.
Em não introduzir neles o absoluto.
Em ver o poder de ilusão que segregam constantemente
e que pode ocultara SUA verdade.
Devemos demitificar os mitos, mas não fazer da demitificação
um mito.
Não podemos fugir aos mitos,
mas podemos reconhecer a sua natureza de mitos
e relacionar-nos com eles,
simultaneamente, por dentro e por fora.
Não podemos fugir aos mitos.
Para nós, o problema consiste
em reconhecer
nos
mitos
a SUA realidade e não A realidade.
Em reconhecer a SUA verdade,
e não em reconhecer neles
A verdade.
Em não introduzir neles o absoluto.
Em ver o poder de ilusão que segregam constantemente
e que pode ocultara SUA verdade.
Devemos demitificar os mitos, mas não fazer da demitificação
um mito.
Não podemos fugir aos mitos,
mas podemos reconhecer a sua natureza de mitos
e relacionar-nos com eles,
simultaneamente, por dentro e por fora.
Um comentário:
Edgar Morin levou-me à poesia épica de Fernando Pessoa:
ULISSES
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo -
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade.
E a fecundá-la decorre.
Embaixo, a vida, metade
De nada, morre.
Mitos convivem com a humanidade. Mesmo se falso (isto é, mesmo que não seja nada) "um mito tem o potencial de provocar comportamentos sociais e, portanto, facilitar a evolução de uma nação segundo determinados vectores."
Começo a me apaixonar por Morin:
Não, não podemos fugir aos mitos. Mas podemos reconhecer a sua natureza de mitos e relacionar-nos com eles,simultaneamente, por dentro e por fora.
E você tem culpa nessa história. Hahahahahahahahaha!
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