JORGE DE LIMA (1895-1953)
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E tudo haveria de ser assim, para contemplar-te sereno, ó morte,
e integrar-me nos teus mistérios e nos teus milagres.
Agora vejo os Lázaros levantarem-se
e...
22 novembro, 2009
Consumidores-consumidos
Desde a filosofia da diferença e da esquizoanálise... temos elementos para ver o ser humano como consumidor e consumido... não só de bens materiais de consumo... mas de subjetividade: consumimos afetos, emoções, desejos, amores, relacionamentos e... somos consumidos por eles!
Dor e dependência! Vícios consumístas!
Como sair dessa?
Pelo auto conhecimento e pela singularização de nossos momentos de ser e estar na vida: inventando uma vida para nós próprios... vivendo momentos e acontecimentos no presente. Esticando o presente! Dizendo não para essas formas de consumo... instituídas!
Quem disse que O Outro PRECISA GOSTAR DE NÓS COMO NÓS GOSTAMOS DELE? e VICE-VERSA?... Formas amortecidas de consumir... afetos... e criar expectativas... junto ao "irredutível" outro. Frustração!
Viver a vida como obra de arte... buscando "bons encontros" (Bergson)... encontros que desinstitucionalizem... provocando desejo, cada vez maior... de vida... e cada vez menor de... certezas!
Tenha bons encontros consigo próprio e com o outro!
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Acho bárbaro fazer uma síntese integradora e convergente das experiências do passado, mesmo as que machucam ou ainda guardam pontas afiadas...
Isso requer, a meu ver, uma boa dose de arte, desapego e profunda auto-análise: não aquela auto-análise centrada no próprio umbigo, com um cunho "just for remember" - gênese da experiência traumática e das conversas surdas com "o fantasma" psicanalítico - não que não possam existir e, de fato, até existem - mas uma conversa centrada nos encontros e desencontros com o irredutível outro, companhia sempre presente na travessia solitária do deserto existencial.
Nesse momento de sucessivos diálogos e monólogos com nossos muitos-eu e muitos eus, está uma possibilidade de inventar a própria pragmática da vida e dela tirar o sumo para uma nova prática de amor e auto-respeito, condição da existência pacífica, mas não passiva, de territórios afetivos trans pessoais, sociais, históricos, estéticos, geográficos... da subjetividade e assim por diante.
Lindo!
(Cerriky)
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