21 maio, 2010

Preocupação, por Hammed









A estratégia da preocupação é nos manter distantes do
 momento presente, imobilizando as realizações 

do agora 
em função das 
coisas 
que poderão ou não acontecer. 
Assim, desperdiçamos tempo 
e energias com eventos do porvir, 
sobre os quais na verdade 
não temos 
absolutamente 
qualquer tipo de 
comando. 


São várias as preocupações 
sobre as quais não temos 
nenhum controle: a doença 
do outro, a alegria dos filhos,
o amor das 
pessoas, 
o julgamento alheio sobre nós, 
a morte das pessoas queridas.

Podemos, no entanto, 
nos 
"pré-ocupar" 
o quanto 
quizermos 
com as questões citadas, 
que não traremos a saúde, 
a felicidade, o amor, 
a consideração ou mesmo 
o retorno à vida, porque 
todas elas são coisas 
que fogem às 
nossas 
possibilidades.








Ainda outra questão é
quando passamos por
enormes desequilíbrios
causados pelo desgaste
emocional de nos ocuparmos
antes do tempo certo
com coisas e pessoas,
o que ocasiona insônia,
decepções e angustias
pelo temor antecipado
do que poderá vir acontecer
no amanhã.

Não se deve confundir
"pré-ocupação" com "previdência",
porque se preparar ou ser precavido
para realizar planos futuros
é tino de bom senso e lógica;
mas prudência não é preocupação,
porque enquanto uma é sensata
e moderada, a outra é irracional
e tolhe o indivíduo, prejudicando-o
nos seus projetos
e empreendimentos de hoje.


** Hammed **








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