“E eis que sinto que em breve nos separaremos.
Minha verdade espantada é que eu sempre
estive só de ti e não sabia.
Agora sei: sou só.
Eu e minha liberdade que não sei usar.
Grande responsabilidade da solidão.
Quanto a mim assumo minha solidão.
Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima
que na solidão pode se tornar dor.
E a dor, silêncio.
Guardo o seu nome em segredo.
Preciso de segredos para viver.”
Clarice Lispector
Minha verdade espantada é que eu sempre
estive só de ti e não sabia.
Agora sei: sou só.
Eu e minha liberdade que não sei usar.
Grande responsabilidade da solidão.
Quanto a mim assumo minha solidão.
Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima
que na solidão pode se tornar dor.
E a dor, silêncio.
Guardo o seu nome em segredo.
Preciso de segredos para viver.”
Clarice Lispector
Um comentário:
"Não revele o seu segredo, guarde o em seu coração, para que não perca a sua força.". É meio por aí?
Ou meio por aqui: "Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia." Essa é dela, a fênix das palavras, Clarice Lispector.
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