HETERÔNIMO DE MIM
Luiz Gilberto de Barros
Oh, poeta, meu irmão, tu fazes parte
Do que eu sinto, como homem, como artista;
Tu transformas meu amor ou dor em arte
Teu lirismo me envolve e me conquista.
Heterônimo de mim, tu multiplicas
Meu amor quando me instalas no teu ser
Se eu parto, perpetuas, porque ficas,
A alegria que eu tenho de viver.
O poeta é passarinho: quando voa,
Ele atinge a dimensão do infinito;
Quando canta sua dor, o amor ressoa
Porque o canto é o amor que jaz... no grito.
E por seres passarinho e voares
Pelas páginas azuis do amor sem fim,
Tu acabas justamente de pousares
Nesse amor que há de existir dentro de mim.
O poeta nunca finge, ele encanta
Cada instante que lhe brota repentino
Quando sua emoção sublime é tanta
Que ele espanta até a dor e o desatino.
Ah, poeta, eu queria que me visses
Como alguém igual a ti e que eu te olhasse
Como um ser igual a mim e que sentisses
O que sinto, cada vez que eu te pensasse.
E que juntos, ao nos lermos, sublimássemos
A essência do que nos revitaliza
E que toda obra-de-arte que criássemos
Fosse bálsamo que o sonho eterniza.
E como todo poeta reinventa
Cada amor que existe em cada coração,
Eu invento este amor que me acalenta
Quando sinto que tu és o meu irmão.
Luiz Gilberto de Barros
Oh, poeta, meu irmão, tu fazes parte
Do que eu sinto, como homem, como artista;
Tu transformas meu amor ou dor em arte
Teu lirismo me envolve e me conquista.
Heterônimo de mim, tu multiplicas
Meu amor quando me instalas no teu ser
Se eu parto, perpetuas, porque ficas,
A alegria que eu tenho de viver.
O poeta é passarinho: quando voa,
Ele atinge a dimensão do infinito;
Quando canta sua dor, o amor ressoa
Porque o canto é o amor que jaz... no grito.
E por seres passarinho e voares
Pelas páginas azuis do amor sem fim,
Tu acabas justamente de pousares
Nesse amor que há de existir dentro de mim.
O poeta nunca finge, ele encanta
Cada instante que lhe brota repentino
Quando sua emoção sublime é tanta
Que ele espanta até a dor e o desatino.
Ah, poeta, eu queria que me visses
Como alguém igual a ti e que eu te olhasse
Como um ser igual a mim e que sentisses
O que sinto, cada vez que eu te pensasse.
E que juntos, ao nos lermos, sublimássemos
A essência do que nos revitaliza
E que toda obra-de-arte que criássemos
Fosse bálsamo que o sonho eterniza.
E como todo poeta reinventa
Cada amor que existe em cada coração,
Eu invento este amor que me acalenta
Quando sinto que tu és o meu irmão.
Um comentário:
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer.
"Eu invento este amor que me acalenta"
É a dor do não vivido... É a ilusão do que se sonha...
E viva Drummond quando diz:
"...Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional…"
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