16 junho, 2010

Amor-paixão (des)eternizado





Amor-paixão (des)eternizado

O teu amor de mim partiu.
As lembranças de ti me abandonaram
- apesar de agora me lembrar que te esqueci -
Muito chorei essa tua morte-em-vida!
De que adiantou?
Arrancou as raízes da esperança
que insistiam em se fixar.

Trouxe-me a serenidade de um fim
que pretendia se postergar.

Adeus não mais uma vez.
A Deus sempre te entreguei a ficar.



(CRK - Cerriky)



Nome da imagem: Excalibur



2 comentários:

Kátia disse...

Muito bonitas e verdadeiras suas palavras, Cesar, um mágico suuuper especial ao lidar com as palavras.

Amor que é amor sempre será eterno. Jamais fenecerá ao tempo... aos furacões e aos maremotos. Eterna não são as relações.

Essa imagem, a espada "mágica" Excalibur, tem tudo a ver com seu texto... e na necessidade da deseternização.

O que quero mesmo dizer é que as separações são sempre muito dolorosas devido a quebra do vínculo afetivo e consequentes sentimentos de perda, mas a música que nossa alma emite ao lembrar dos momentos vividos será para todo o sempre ETERNA.
.

Cerikky.. Cesar Ricardo Koefender disse...

Acho linda essa estética do eterno e do absoluto e sou frequentemente seduzido por ela.

A tríade amor, paixão e amor-paixão
se prestam - e como - para fomentar esse desejo, com ou sem a ajuda do romantismo.

Hahahaha... que coisa!