11 abril, 2011

Sem Nada, por Cristian Ribas





Sem Nada

Na ciência
exata,
na palavra
abstrata,
no retalho
das horas
ou no inteiro
do meu corpo,
te quero.

Como meu
inverso
complexo
ou o sonho
mais simples.
Como meu zelo
concreto
ou meu oceano
deserto.

Se você
desiste,
eu insisto.
Se você
se curva,
eu me levanto.
Se você
se entrega,
eu me rebelo.
Se você duvida,
eu acredito.
Se você teme,
eu confio.

Não que eu seja
melhor,
mas pra não
acordar
com o
arrependimento
batendo
em minha
porta
e ainda
te carregar
aqui dentro
sem poder
fazer nada.

Pois você vicia
e não quero
cura.
Você fascina
e não tenho
domínio.
Tenho apenas
meus desejos,
que em segredo,
colocarei
dentro de ti.

Cristian Ribas

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