As declarações do De(s)pu(do)-t-(r)ado Bolsonaro* dão pano pra
manga.
Mais do que discutir ou comentar declarações infames desse citado
homem Público, sim, são declarações preconceituosas, quero falar
sobre essa grande prática disseminada em TODOS os cantos do
planeta.
Pelo começo.
O que é preconceito?
Preconceito wikipédia:
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma
generalização superficial, chamada "estereótipo". Exemplos: "todos
os alemães são prepotentes", "os americanos formaram grandes
grupos arrogantes", "todos os ingleses são frios". Observar
características comuns a grupos são consideradas preconceituosas
quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação,
caso contrário reparar em características sociais, culturais ou
mesmo de ordem física por si só não representam preconceito, elas
podem estar denotando apenas costumes, modos de determinados
grupos ou mesmo a aparência de povos de determinadas regiões, pura
e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa.
Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia,
o preconceito é um erro. Entretanto, trata-se de um erro que faz
parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem
uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento
fundamentado num argumento ou raciocínio.
Aurélio:
preconceito . [De pre- + conceito.] S. m. 1. Conceito ou opinião
formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos
fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se
levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. P. ext.
Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext. Suspeita,
intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos,
religiões, etc.: O preconceito racial é indigno do ser humano.
Michaelis:
1 Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos
adequados. 2 Opinião ou sentimento desfavorável, concebido
antecipadamente ou independente de experiência ou razão. 3
Superstição que obriga a certos atos ou impede que eles se
pratiquem. 4 Sociol Atitude emocionalmente condicionada, baseada
em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou
antipatia para com indivíduos ou grupos. P. de classe: atitudes
discriminatórias incondicionadas contra pessoas de outra classe
social. P. racial: manifestação hostil ou desprezo contra
indivíduos ou povos de outras raças. P. religioso: intolerância
manifesta contra indivíduos ou grupos que seguem outras religiões.
Assim, antes de mais nada e para ficar bem definido, parto da
idéia de que TODOS os seres humanos tem preconceitos. Isso me
parece inquestionável.
Assim como também me parece inquestionável que TODOS os seres
humanos possuem ALGUM tipo de preconceito e não TODOS eles.
Como vimos acima, se as idéias preconcebidas (eu gosto muito de
separar o prefixo, assim: pré-concebidas) são baseadas em
superstição, crendice e idéias de referências e em falta de
informação e/ou ignorância, cabe algumas perguntas:
- Como podemos nos livrar deles?
- Como abrir mão daquilo que está pré, ou seja, antes, do
conceito?
- Como deixar de só julgar...mas perceber e se afetar por idéias e
conceitos que já definiram o que está sendo?
- Como descobrir quais são os nossos preconceitos?
- Como discutir os preconceitos do outro e tentar revertê-los para
que sejam novos conceitos para ele?
Todas essas perguntas então interligadas e transversalizadas por
questão múltiplas que dificultam as respostas e, mesmo que queira
comentar sobre isso, não tenho a prepotência de respondê-las todas
e "fechar a questão" do preconceito, até porque esta é uma questão
que está sempre em aberto.
Uma das respostas: Educação!
Outra: questionamento.
Outra: contextualização.
Outra: auto exame profundo e permanente: auto-conhecimento.
Outra: informação e raciocínio crítico.
Outra: flexibilidade.
Outra: saúde (mental).
Outra: aprender a compartilhar, discutir e confrontar
desnaturalizando o cotidiano..
desnaturalizando o cotidiano..
Assim como as perguntas, as respostas também estão interligadas e
transversalizadas por múltiplos fatores, o que caracteriza sua
complexidade... e a consequente dificuldade em "dar conta" da
temática.
Contextualizando as palavras do despudorado deputado e exercitando
o questionamento de valores de referência e sua práticas:
Ter funcionários negros e/ou um cunhado negro (essa palavra já é, em
si própria, um representante do preconceito... já que "negro" tem
conotações pejorativas, ligadas social e historicamente à
exploração da imagem, da pobreza e ligadas ao trabalho escravo,
bem como a uma suposta e historicamente produzida supremacia e
superioridade dos "de pele clara") ou afro-descendentes (uma
palavra recente que visa combater institucionalmente o
preconceito) NÃO É INDÍCIO de falta ou superação do preconceito
racial.
O deputado disse:
-"Meu filho namora quem quiser, desde que não seja um homem."
Ora, faltava só ele dizer que seu filho namora quem quiser, desde
que não seja negra (se dissesse negro, seriam DOIS preconceitos).
Acho que ele não tem "peito" para explicitar os dois
concomitantemente (já que ele poderia namor qualquer MULHER, desde
que ela não tivesse o comportamento da preta Gil - e aqui está a
dissimulação do preconceito, na medida que se drigige para outro
objeto, o comportamento dela e não sua negritude).
As expressões "bitoquinha em macho", "ativo e passivo", "joga nas
duas" e gayzinho", veja abaixo, já falam por si só, baste ter
olhos de ... Ver.
Sobre o Kit escolar contra a homofobia, cabe dizer algumas coisas:
Informação, educação, conhecimento e contextualização são
fundamentais para combater preconceitos. Assim, informar as
crianças e adolescentes sobre bissexualidade, transexualidade e
homossexualidade é o mesmo que também discutir gênero,
conjugalidade, casamento, direitos civis, relçaões estáveis, laços
afetivos, homoafetividade e homoerotismo (por que não existe a
expressão heteroafetividade e heteroeroticidade?). Ou seja, é
fazer uma discussão sobre SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS.
Abordar esses temas nas escolas é colocar em discussão a
supremacia do masculino sobre o feminino - a chamada hegemonia
masculina, que tem algumas outras postagens nesse blog); é a
possibilidade de conhecer que não existe só uma ou duas formas de
viver a própria sexualidade e a identidade de gênero; é também
abrir as portas para que se possa falar sobre as diferenças em
relação aos própios heterosexuais, que
NÃO PENSAM, NÃO DESEJAM,
NÃO FANTASIAM, NÃO VIVEM O PRÓPRIO CORPO
E NÃO TEM CARACTERÍSTICAS
PSÍQUICAS IGUAIS ENTRE SI, sejam homens (meninos, garotos) ou
mulheres (meninas, garotas).
Freud já nos ensinou que a vida sexuada e sexual (no sentido não
genital) já começa nos primeiros dias de vida!
Ora, e é na primeiira infância e na adolescência,
com as mudanças hormonais e a chegada das "características sexuais
secundárias" que a identidade de gênero se desenvolve, cria
materialidade e se concretiza (não que ela esteja definitivamente
pronta e seja imutável para o resto da vida).
Deleuze e Guattari nos ensinam que existem tantas formas de ser
homem e de ser mulher quanto são o número de pessoas que habitam
esse planeta!
Ou seja, mesmo entre os heterosexuais existem milhões de
diferenças.
Óbvio.
Por que seria diferente entre os homoafetivos e
Óbvio.
Por que seria diferente entre os homoafetivos e
cia?
Aqui um parênteses: claro que tenho minhas dúvidas de que a
maioria dos professores consigam fazer esse trabalho de forma, por
assim dizer, imparcial, ou dito de outra forma, sem sucunmbir aos
próprios preconceitos. A condição salarial - de trabalho - e de
auto-estima profissional dos professores também atravessa suas
práticas, condições de estudo, aprimoramento pessoal e
autoconhecimento.
Já que TODOS possuem algum preconceito, certamente falar desses
temas significa estar mechido, afetado, instigado, estimulado a
observar a própria sexualidade e os próprios valores. Uma tarefa
nem sempre fácil e da qual não se sai incólume.
Mesmo entre os profissioanis da Psicologia (minha área) e da
Psiquiatria e de outras formações em saúde (médicos de todoas as
especialidades, enfermeiros, fisioterapeutas, por exemplo)
encontro desinformação, desconhecimento e preconceitos. Muitos não
tem a mínima idéia, por exemplo, de como um transexual ou um homossexual vive sua
relação com o corpo, suas fantasias sexuais, sua percepão
identitária, suas relaçãos de identificação com os pais, pai e mãe
ou figuras substitutas; de como vive sua própria percepção de
diferença (dos outros, meninos e meninas, "dominantes").
E detalhe: não que TODOS tenham que saber TUDO ...
Evidente.
Evidente.
Quero dizer, com isso, que existe, mesmo entre os profissioinais
da saúde, um grande e importante despreparo para lidar, abordar,
entender, conhecer a realidade em pauta. Por que com os
professores seria diferente? Ou mais fácil estar preparado?
Voltando às declarações do deputado des-infor-mado...
Informar-se, conhecer, estudar, enfim... sobre os temas que compõe
o kit a ser apresentado aos alunos NÃO ESTIMULA HOMESSEXUALISMO,
TRANSEXUALISMO E BIXESSUALIDADE.
Dizer isso é o mesmo que dizer que quem estuda o catolicismo vai
ser estimulado a ser catáolico e mudar de religião, supondo-se que
o estudante fosse, por exemplo, espírita, evangélico, budista. Ateu.
Também é o mesmo que dizer que quem estuda medicina fica doente e
desenvolve, senão todos, muitos dos sintomas que estuda.
E assim, pateticamente, pode-se fazer cogitações que variam ao
infinito.
Ora, ora, ora...
Mais um parenteses: claro que o estudo (e a prática) religioso (a)
é censurado (a) e combatido (a) em muitos países.
Por exemplo, na Índia e na Indonéia (isso sem falar nos países
muçulmanos - que estão desabando nos seus governos), países de
maioria não cristã ( leia-se aqui católica), os praticantes dessa
religião são combatidos, discriminados e, muitas vezes, perseguidos.
Na índia, muitos cristãos católicos e mesmo evangélicos (sim, a
Assembléia de Deus e suas variações já chegou lá) são combatidos
porque seus comportamentos diferem dos hinduístas,
majoritariamente dominantes, porque eles, por exemplo, vão uma vez
por semana ao templo (Igreja - na Missa ou no Culto) e, isso, para
muitos, quer dizer que eles tem menos fé, já que, o usual, no
Hinduísmo, é a prática de rituais e visitas, senão diárias, pelo
menos algumas vezes por semana.
Cristãos e budistas também são discriminados por sairem do sistema
de castas, ou seja, aqueles que seriam os intocáveis, harijans e
dalits passam a ter outra inserção social, política, pública.
Enfim... outra vida que não a que responde ao status quo
dominante.
Voltando ao Kit a ser distribuido nas escolas...
Penso que a idéia do kit é ótima na sua intenção. Ponto.
Mas, o problema, me parece, está exatamente na concepção de
DISTRIBUIR e de KIT.
Distribuir "a mesma coisa para todo mundo" (ainda que, imagino eu,
sejam diretrizes, orientações... sujeitas a aprimoramento e
adequação em cada escola e por cada professor de acordo com as
suas características e a dos seus grupos de alunos) é complicado e
já guarda um certo tipo de estereotipia.
Kit é uma palavra altamente questionável exatamente no mesmo
sentido.
Um Kit vem pronto. Está definido antes de chegar aos seus
destinatários. É, portabnto, um outro pré!
Será um kit - ou todos eles - um preconceito?
Claro que não!
O que será preconceituoso será a forma impensada, pragmática, acrítica,
descontextualizada com que será usada, ou pior, descartada e
inutilizada.
O que será preconceituoso, será a forma de abordagem que os
professores usarem ao trabalhar com seus alunos.
Se falarem SÓ nos três temas que compõe o tal kit... fim.
Preconceito.
Tudo de novo.
Assim, o tema principal que transcorre nesse post é o devir, ou
seja, aquela energia, vibração, ação, idéia, prática, exercicio,
experimentação que está à margem - na periferia, fora do núcleo -
do que é dominante, mas que é, também e simultaneamente - outro
paradoxo - nuclear-atômica à existência da nossa humanidade não
pessoalizada e que está nos caminhos que tentam instaurar alguma
singularidade, ou seja, produção de diferença.
Ainda importante dizer que a constatação de que todos temos
preconceito não é uma defesa - do seu uso - e nem uma absolvição -
das consequencias pessoais, afetivas, relacionais, jurídicas,
existenciais - da sua prática.
Não interessa condenar o deputado e nem absolve-lo. Ele é um porta
voz.
Condenável é sua atitude - demonstrada - de não re-ver suas
posições.
Só para voltar ao início:
Dizia eu sobre comentar "essa grande prática disseminada em TODOS
os cantos do planeta", a prática do preconceito:
Valores de refência (aqueles que dão bases; servem de substrato;
fornécem território; apontam linhas de raciocício e geram
conceitos e os reproduzem) todos possuimos. E muitos. Para tudo.
Temos idéias do que seja ser homem. mulher, negro, branco,
amarelo. Europeu, asiático, americano.
Temos idéia do que seja ser (um bom e um mau) profissional,
pessoa, cidadão, vizinho, pai, mãe, irmão, tio.
Temos idéias religiosas, familiares, históricas e sociais sobre
convivência, bondade, maldade, provocação, falta de educação,
inteligência, burrice, sexo, desejo, consumo, ecologia.
Temos idéias sobre ser casado, solteiro; sobre tristeza, solidão, alegria, felicidade... enfim.
Temos idéia sobre QUASE TUDO.
Alguém diria?
-Vai nascer um heterozinho! (?)
A questão que me interessa
não é TER as idéias nem ESTAR NA POSSE delas.
O que me interessa é o que fazemos e não fazemos com elas e a
despeito delas.
Ainda poderia escrever sobre o grande e importante jeito
através do qual
"NÃO TER PRECONCEITOS"
virou lei, moda e palavra de ordem, ou seja, sobre as estratégias
nem sempre conscientes através das quais os preconceitos se dissimulam.
E sobre a quase inexistente relação entre homossexualidade e pedofilia.
Mas vou deixar essa para outra ... postagem.
Cancei.
Agora vou visitar uma feira internacional de artesanato, onde
expositores e trabalhadores de mais de vinte países estão
comercializando seus produtos.
Mas não só seus produtos.
Vendem (sem pagamento financeito) seus hábitos, sua língua, sua
cultura, seus jeitos, seus sorrisos, sua seriedade, seus olhares,
seus corpos (movimentos, jeitos de andar, se mexer,
movimentar...).
Com cada um deles e no encontro entre nós, as referências, minhas
e deles, estarão presentes.
Gêneses de preconceitos-os-mais-variados estarão
num estado se semi-invisibilidade, em mim e neles.
num estado se semi-invisibilidade, em mim e neles.
E a cada um desses encontros e desencontros está uma possibilidade de
trabalhar, por assim dizer, as idéias préconcebidas e as práticas
de busca de diferença.
Isso quer dizer que o preconceito - de todos os tipos e em todas
as suas nuances - está ligado ao passado (está pronto ANTES DO
ENCONTRO).
E quer dizer, também, que está no presente, igualemente a cada
encontro, porque atualiza sua virtualidade e se manisfesta no
aqui-agora-comigo-entre nós.
Um desafio constante, sempre renovado e atual.
Avante.
*Bolsonaro afirma que Kit do MEC estimula pedofilia e
homossexualismo
01/ Abril 2011
O Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) acusou o Ministério de Educação
(MEC) de incentivar o homossexualismo. O MEC vai distribuir nas
escolas um kit contra a homofobia contendo vídeos e guias de
orientação. Nos filmes são tratados temas como a bissexualidade, a
transexualidade e a homossexualidade. A entrega do kit nas escolas
públicas do Brasil foi aprovada pela Unesco.
Unesco é favorável à distribuição de kits contra homofobia nas
ecolas
“As crianças estão formando o caráter e o material vai incentivar
relações homossexuais”, afirmou o deputado.
Devido a seu currículo, Dilma deveria ter Beira-Mar como Vice.
29/03/2011 - 18:44
Bolsonaro diz que confundiu perguntas em programa de TV
Acusado de ter agido de forma racista, deputado afirma que não
ouviu pergunta corretamente, mas reafirma críticas a Preta Gil e à
homossexualidade
Gabriel Castro
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) tem um longo histórico
de declarações preconceituosas. Nesta segunda-feira, ele voltou à
carga no programa CQC, da TV Bandeirantes. O deputado respondia a
uma sequência de perguntas de telespectadores. A última delas foi
da cantora Preta Gil. Ela queria saber o que o parlamentar faria
se o filho dele namorasse uma negra. Bolsonaro reagiu: "Preta, não
vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro
esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não
viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”.
A reação foi imediata. Preta Gil disse que vai processar o
deputado. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou que
pedirá a cassação do parlamentar. O deputado Jean Wyllys afirmou
que pedirá ao Conselho de Ética da Câmara que apure o caso. Nesta
terça-feira, Bolsonaro conversou com jornalistas no Congresso
Nacional. Não parecia estar preocupado com a possibilidade de ser
punido. Impenitente, disparou outras frases de teor
preconceituoso, intercaladas por risos de quem parece gostar do
efeito de suas declarações. Leia trechos da entrevista.
Qual foi o contexto da resposta do senhor que gerou toda essa
controvérsia? Eu não vou dizer que a TV Bandeirantes editou. O
erro, com toda a certeza, foi meu. Foi uma bateria de perguntas
sobre cotas e homossexualismo. Todas as perguntas foram gravadas,
eu sentei na frente de um laptop e respondia para o laptop. Quando
entrou a Preta Gil, já preparei a resposta para nem ouvir o que
ela estava dizendo e dar um "cacete" nela. O que eu entendi foi o
seguinte: "Se o seu filho tivesse um relacionamento com um gay,
como você se comportaria?"
Então, como o senhor reagiria se tivesse um filho que namora uma
negra? Aceito meu filho ter relacionamento com qualquer mulher,
menos com uma com o comportamento da Preta Gil. Pelo que eu já vi
em jornais aí, ela já foi tudo.
Na resposta que deu durante o progama, o senhor também criticou a
família de Preta Gil. Por quê? Quem é o pai dela? Gilberto Gil.
Aquele que vive dando bitoquinha em macho por aí. Um ministro de
estado dando bitoquinha em macho!
Então o problema do senhor é com a homossexualidade, não com os
negros? Não tenho nada a ver com racista. Tem um montão de
afro-descendente trabalhando comigo no Rio de Janeiro. Eu não
quero é que os boiolas coloquem no currículo escolar a disciplina
de combate à homofobia que, na verdade, estimula o
homossexualismo. Meu filho namora quem quiser, desde que não seja
um homem. Você ficaria feliz de ver seus filhos homossexuais? Eu
não aceito um filho homem ter um relacionamentro com outro homem,
acabou. É direito meu. Você acha que se a minha mulher engravidar
eu falo "Meu amor, se nascer um gayzinho, vai ser o orgulho da
família?"
O senhor teme ser punido? Eu estou entrando agora com uma
representação no Conselho de Ética, para que eu possa ser ouvido
lá e acabe com essa polêmica. Ou eu vou deixar que um deputado
homossexual, não sei se é ativo ou passivo, queira crescer em cima
de mim?
O senhor se refere a Jean Wyllys? Não sei. Eu falei um deputado
homossexual. Não sei se é ativo, passivo ou joga nas duas.
Ele é o único homossexual assumido do Congresso. Ele é seu amigo?
Não. O senhor já escapou de várias punições por declarações
semelhantes. Mais de 20 vezes.
Acha que agora será igual? Meu anjo da guarda é forte, porque eu
estou sempre do lado da verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário