01 abril, 2011

Repercussões das declarações do deputado, ou sobre preconceito, auto-exame e informação e conhecoimento





As declarações do De(s)pu(do)-t-(r)ado Bolsonaro* dão pano pra 
manga.
Mais do que discutir ou comentar declarações infames desse citado 
homem Público, sim, são declarações preconceituosas, quero falar 
sobre essa grande prática disseminada em TODOS os cantos do 
planeta. 

Pelo começo.
O que é preconceito?

Preconceito wikipédia:

De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma 
generalização superficial, chamada "estereótipo". Exemplos: "todos 
os alemães são prepotentes", "os americanos formaram grandes 
grupos arrogantes", "todos os ingleses são frios". Observar 
características comuns a grupos são consideradas preconceituosas 
quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, 
caso contrário reparar em características sociais, culturais ou 
mesmo de ordem física por si só não representam preconceito, elas 
podem estar denotando apenas costumes, modos de determinados 
grupos ou mesmo a aparência de povos de determinadas regiões, pura 
e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa.

Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, 
o preconceito é um erro. Entretanto, trata-se de um erro que faz 
parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem 
uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento 
fundamentado num argumento ou raciocínio.

Aurélio:

preconceito . [De pre- + conceito.] S. m. 1. Conceito ou opinião 
formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos 
fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se 
levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. P. ext. 
Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext. Suspeita, 
intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, 
religiões, etc.: O preconceito racial é indigno do ser humano.

Michaelis:

1 Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos 
adequados. 2 Opinião ou sentimento desfavorável, concebido 
antecipadamente ou independente de experiência ou razão. 3 
Superstição que obriga a certos atos ou impede que eles se 
pratiquem. 4 Sociol Atitude emocionalmente condicionada, baseada 
em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou 
antipatia para com indivíduos ou grupos. P. de classe: atitudes 
discriminatórias incondicionadas contra pessoas de outra classe 
social. P. racial: manifestação hostil ou desprezo contra 
indivíduos ou povos de outras raças. P. religioso: intolerância 
manifesta contra indivíduos ou grupos que seguem outras religiões.

Assim, antes de mais nada e para ficar bem definido, parto da 
idéia de que TODOS os seres humanos tem preconceitos. Isso me 
parece inquestionável. 
Assim como também me parece inquestionável que TODOS os seres 
humanos possuem ALGUM tipo de preconceito e não TODOS eles.

Como vimos acima, se as idéias preconcebidas (eu gosto muito de 
separar o prefixo, assim: pré-concebidas) são baseadas em 
superstição, crendice e idéias de referências e em falta de 
informação e/ou ignorância, cabe algumas perguntas:

- Como podemos nos livrar deles?
- Como abrir mão daquilo que está pré, ou seja, antes, do 
conceito?
- Como deixar de só julgar...mas perceber e se afetar por idéias e 
conceitos que já definiram o que está sendo?
- Como descobrir quais são os nossos preconceitos?
- Como discutir os preconceitos do outro e tentar revertê-los para 
que sejam novos conceitos para ele?

Todas essas perguntas então interligadas e transversalizadas por 
questão múltiplas que dificultam as respostas e, mesmo que queira 
comentar sobre isso, não tenho a prepotência de respondê-las todas 
e "fechar a questão" do preconceito, até porque esta é uma questão 
que está sempre em aberto.

Uma das respostas: Educação!

Outra: questionamento.
Outra: contextualização.
Outra: auto exame profundo e permanente: auto-conhecimento.
Outra: informação e raciocínio crítico.
Outra: flexibilidade.
Outra: saúde (mental).
Outra: aprender a compartilhar, discutir e confrontar
desnaturalizando o cotidiano..

Assim como as perguntas, as respostas também estão interligadas e 
transversalizadas por múltiplos fatores, o que caracteriza sua 
complexidade... e a consequente dificuldade em "dar conta" da 
temática.

Contextualizando as palavras do despudorado deputado e exercitando 
o questionamento de valores de referência e sua práticas:

Ter funcionários negros e/ou um cunhado negro (essa palavra já é, em 
si própria, um representante do preconceito... já que "negro" tem 
conotações pejorativas, ligadas social e historicamente à 
exploração da imagem, da pobreza e ligadas ao trabalho escravo, 
bem como a uma suposta e historicamente produzida supremacia  e 
superioridade dos "de pele clara") ou afro-descendentes (uma 
palavra recente que visa combater institucionalmente o 
preconceito) NÃO É INDÍCIO de falta ou superação do preconceito 
racial.

O deputado disse: 
-"Meu filho namora quem quiser, desde que não seja um homem."

Ora, faltava só ele dizer que seu filho namora quem quiser, desde 
que não seja negra (se dissesse negro, seriam DOIS preconceitos).

Acho que ele não tem "peito" para explicitar os dois 
concomitantemente (já que ele poderia namor qualquer MULHER, desde 
que ela não tivesse o comportamento da preta Gil - e aqui está a 
dissimulação do preconceito, na medida que se drigige para outro 
objeto, o comportamento dela e não sua negritude).

As expressões "bitoquinha em macho", "ativo e passivo", "joga nas 
duas" e gayzinho", veja abaixo, já falam por si só, baste ter 
olhos de ... Ver. 

Sobre o Kit escolar contra a homofobia, cabe dizer algumas coisas:
Informação, educação, conhecimento e contextualização são 
fundamentais para combater preconceitos. Assim, informar as 
crianças e adolescentes sobre bissexualidade, transexualidade e 
homossexualidade é o mesmo que também discutir gênero, 
conjugalidade, casamento, direitos civis, relçaões estáveis, laços 
afetivos,  homoafetividade e homoerotismo (por que não existe a 
expressão heteroafetividade e heteroeroticidade?). Ou seja, é 
fazer uma discussão sobre SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS.
Abordar esses temas nas escolas é colocar em discussão a 
supremacia do masculino sobre o feminino - a chamada hegemonia 
masculina, que tem algumas outras postagens nesse blog); é a
possibilidade de conhecer que não existe só uma ou duas formas de 
viver a própria sexualidade e a identidade de gênero; é também 
abrir as portas para que se possa falar sobre as diferenças em 
relação aos própios heterosexuais, que 
NÃO PENSAM, NÃO DESEJAM,
NÃO FANTASIAM, NÃO VIVEM O PRÓPRIO CORPO 
E NÃO TEM CARACTERÍSTICAS 
PSÍQUICAS IGUAIS ENTRE SI, sejam homens (meninos, garotos) ou 
mulheres (meninas, garotas).

Freud já nos ensinou que a vida sexuada e sexual (no sentido não 
genital) já começa nos primeiros dias de vida!
Ora, e é na primeiira infância e na adolescência, 
com as mudanças hormonais e a chegada das "características sexuais 
secundárias" que a identidade de gênero se desenvolve, cria 
materialidade e se concretiza (não que ela esteja definitivamente 
pronta e seja imutável para o resto da vida).

Deleuze e Guattari nos ensinam que existem tantas formas de ser 
homem e de ser mulher quanto são o número de pessoas que habitam 
esse planeta!
Ou seja, mesmo entre os heterosexuais existem milhões de 
diferenças.
Óbvio.
Por que seria diferente entre os homoafetivos e 
cia?

Aqui um parênteses: claro que tenho minhas dúvidas de que a 
maioria dos professores consigam fazer esse trabalho de forma, por 
assim dizer, imparcial, ou dito de outra forma, sem sucunmbir aos 
próprios preconceitos. A condição salarial - de trabalho - e de 
auto-estima profissional dos professores também atravessa suas 
práticas, condições de estudo, aprimoramento pessoal e 
autoconhecimento.

Já que TODOS possuem algum preconceito, certamente falar desses 
temas significa estar mechido, afetado, instigado, estimulado a 
observar a própria sexualidade e os próprios valores. Uma tarefa 
nem sempre fácil e da qual não se sai incólume. 

Mesmo entre os profissioanis da Psicologia (minha área) e da 
Psiquiatria e de outras formações em saúde (médicos de todoas as 
especialidades, enfermeiros, fisioterapeutas, por exemplo) 
encontro desinformação, desconhecimento e preconceitos. Muitos não 
tem a mínima idéia, por exemplo, de como um transexual ou um homossexual vive sua 
relação com o corpo, suas fantasias sexuais, sua percepão 
identitária, suas relaçãos de identificação com os pais, pai e mãe 
ou figuras substitutas; de como vive sua própria percepção de 
diferença (dos outros, meninos e meninas, "dominantes").
E detalhe: não que TODOS tenham que saber TUDO ...
Evidente.

Quero dizer, com isso, que existe, mesmo entre os profissioinais 
da saúde, um grande e importante despreparo para lidar, abordar, 
entender, conhecer a realidade em pauta. Por que com os 
professores seria diferente? Ou mais fácil estar preparado?

Voltando às declarações do deputado des-infor-mado...

Informar-se, conhecer, estudar, enfim... sobre os temas que compõe 
o kit a ser apresentado aos alunos NÃO ESTIMULA HOMESSEXUALISMO, 
TRANSEXUALISMO E BIXESSUALIDADE.

Dizer isso é o mesmo que dizer que quem estuda o catolicismo vai 
ser estimulado a ser catáolico e mudar de religião, supondo-se que 
o estudante fosse, por exemplo, espírita, evangélico, budista. Ateu.

Também é o mesmo que dizer que quem estuda medicina fica doente e 
desenvolve, senão todos, muitos dos sintomas que estuda.
E assim, pateticamente, pode-se fazer cogitações que variam ao 
infinito.
Ora, ora, ora...

Mais um parenteses: claro que o estudo (e a prática) religioso (a) 
é censurado (a) e combatido (a) em muitos países.
Por exemplo, na Índia e na Indonéia (isso sem falar nos países 
muçulmanos - que estão desabando nos seus governos), países de 
maioria não cristã ( leia-se aqui católica), os praticantes dessa 
religião são combatidos, discriminados e, muitas vezes, perseguidos.

Na índia, muitos cristãos católicos e mesmo evangélicos (sim, a 
Assembléia de Deus e suas variações já chegou lá) são combatidos 
porque seus comportamentos diferem dos hinduístas, 
majoritariamente dominantes, porque eles, por exemplo, vão uma vez 
por semana ao templo (Igreja - na Missa ou no Culto) e, isso, para 
muitos, quer dizer que eles tem menos fé, já que, o usual, no 
Hinduísmo, é a prática de rituais e visitas, senão diárias, pelo 
menos algumas vezes por semana.
Cristãos e budistas também são discriminados por sairem do sistema 
de castas, ou seja, aqueles que seriam os intocáveis, harijans e 
dalits passam a ter outra inserção social, política, pública. 
Enfim... outra vida que não a que responde ao status quo 
dominante.

Voltando ao Kit a ser distribuido nas escolas...

Penso que a idéia do kit é ótima na sua intenção. Ponto.
Mas, o problema, me parece, está exatamente na concepção de 
DISTRIBUIR e de KIT.

Distribuir "a mesma coisa para todo mundo" (ainda que, imagino eu, 
sejam diretrizes, orientações... sujeitas a aprimoramento e 
adequação em cada escola e por cada professor de acordo com as 
suas características e a dos seus grupos de alunos) é complicado e 
já guarda um certo tipo de estereotipia.

Kit é uma palavra altamente questionável exatamente no mesmo 
sentido.
Um Kit vem pronto. Está definido antes de chegar aos seus 
destinatários. É, portabnto, um outro pré!

Será um kit - ou todos eles - um preconceito?

Claro que não!

O que será preconceituoso será a forma impensada, pragmática, acrítica, 
descontextualizada com que será usada, ou pior, descartada e 
inutilizada.
O que será preconceituoso, será a forma de abordagem que os 
professores usarem ao trabalhar com seus alunos.
Se falarem SÓ nos três temas que compõe o tal kit... fim.
Preconceito.
Tudo de novo.

Assim, o tema principal que transcorre nesse post é o devir, ou 
seja, aquela energia, vibração, ação, idéia, prática, exercicio, 
experimentação que está à margem - na periferia, fora do núcleo - 
do que é dominante, mas que é, também e simultaneamente - outro 
paradoxo - nuclear-atômica à existência da nossa humanidade não 
pessoalizada e que está nos caminhos que tentam instaurar alguma 
singularidade, ou seja, produção de diferença.

Ainda importante dizer que a constatação de que todos temos 
preconceito não é uma defesa - do seu uso - e nem uma absolvição - 
das consequencias pessoais, afetivas, relacionais, jurídicas, 
existenciais - da sua prática.
Não interessa condenar o deputado e nem absolve-lo. Ele é um porta 
voz. 
Condenável é sua atitude - demonstrada - de não re-ver suas 
posições.

Só para voltar ao início:

Dizia eu sobre comentar "essa grande prática disseminada em TODOS 
os cantos do planeta", a prática do preconceito:

Valores de refência (aqueles que dão bases; servem de substrato; 
fornécem território; apontam linhas de raciocício e geram 
conceitos e os reproduzem) todos possuimos. E muitos. Para tudo.

Temos idéias do que seja ser homem. mulher, negro, branco, 
amarelo. Europeu, asiático, americano.
Temos idéia do que seja ser (um bom e um mau) profissional, 
pessoa, cidadão, vizinho, pai, mãe, irmão, tio.
Temos idéias religiosas, familiares, históricas e sociais sobre 
convivência, bondade, maldade, provocação, falta de educação, 
inteligência, burrice, sexo, desejo, consumo, ecologia.
Temos idéias sobre ser casado, solteiro; sobre tristeza, solidão, alegria, felicidade... enfim.
Temos idéia sobre QUASE TUDO.

Alguém diria?
-Vai nascer um heterozinho! (?)

A questão que me interessa 
não é TER as idéias nem ESTAR NA POSSE delas.

O que me interessa é o que fazemos e não fazemos com elas e a 
despeito delas.

Ainda poderia escrever sobre o grande e importante jeito
através do qual 
"NÃO TER PRECONCEITOS" 
virou lei, moda e palavra de ordem, ou seja, sobre as estratégias 
nem sempre conscientes através das quais os preconceitos se dissimulam.
E sobre a quase inexistente relação entre homossexualidade e pedofilia.
Mas vou deixar essa para outra ... postagem.

Cancei.
Agora vou visitar uma feira internacional de artesanato, onde 
expositores e trabalhadores de mais de vinte países estão 
comercializando seus produtos.
Mas não só seus produtos.
Vendem (sem pagamento financeito) seus hábitos, sua língua, sua 
cultura, seus jeitos, seus sorrisos, sua seriedade, seus olhares, 
seus corpos (movimentos, jeitos de andar, se mexer, 
movimentar...).

Com cada um deles e no encontro entre nós, as referências, minhas 
e deles, estarão presentes.
Gêneses de preconceitos-os-mais-variados estarão
num estado se semi-invisibilidade, em mim  e neles.
E a cada um desses encontros e desencontros está uma possibilidade de 
trabalhar, por assim dizer, as idéias préconcebidas e as práticas 
de busca de diferença.

Isso quer dizer que o preconceito - de todos os tipos e em todas 
as suas nuances - está ligado ao passado (está pronto ANTES DO 
ENCONTRO).
E quer dizer, também, que está no presente, igualemente a cada 
encontro, porque atualiza sua virtualidade e se manisfesta no 
aqui-agora-comigo-entre nós.

Um desafio constante, sempre renovado e atual.

Avante.


*Bolsonaro afirma que Kit do MEC estimula pedofilia e 
homossexualismo
01/ Abril 2011
O Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) acusou o Ministério de Educação 
(MEC) de incentivar o homossexualismo. O MEC vai distribuir nas 
escolas um kit contra a homofobia contendo vídeos e guias de 
orientação. Nos filmes são tratados temas como a bissexualidade, a 
transexualidade e a homossexualidade. A entrega do kit nas escolas 
públicas do Brasil foi aprovada pela Unesco.
Unesco é favorável à distribuição de kits contra homofobia nas 
ecolas

“As crianças estão formando o caráter e o material vai incentivar 
relações homossexuais”, afirmou o deputado.
Devido a seu currículo, Dilma deveria ter Beira-Mar como Vice.

29/03/2011 - 18:44   
Bolsonaro diz que confundiu perguntas em programa de TV
Acusado de ter agido de forma racista, deputado afirma que não 
ouviu pergunta corretamente, mas reafirma críticas a Preta Gil e à 
homossexualidade
Gabriel Castro

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) tem um longo histórico 
de declarações preconceituosas. Nesta segunda-feira, ele voltou à 
carga no programa CQC, da TV Bandeirantes. O deputado respondia a 
uma sequência de perguntas de telespectadores. A última delas foi 
da cantora Preta Gil. Ela queria saber o que o parlamentar faria 
se o filho dele namorasse uma negra. Bolsonaro reagiu: "Preta, não 
vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro 
esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não 
viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”.

A reação foi imediata. Preta Gil disse que vai processar o 
deputado. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou que 
pedirá a cassação do parlamentar. O deputado Jean Wyllys afirmou 
que pedirá ao Conselho de Ética da Câmara que apure o caso. Nesta 
terça-feira, Bolsonaro conversou com jornalistas no Congresso 
Nacional. Não parecia estar preocupado com a possibilidade de ser 
punido. Impenitente, disparou outras frases de teor 
preconceituoso, intercaladas por risos de quem parece gostar do 
efeito de suas declarações. Leia trechos da entrevista.

Qual foi o contexto da resposta do senhor que gerou toda essa 
controvérsia? Eu não vou dizer que a TV Bandeirantes editou. O 
erro, com toda a certeza, foi meu. Foi uma bateria de perguntas 
sobre cotas e homossexualismo. Todas as perguntas foram gravadas, 
eu sentei na frente de um laptop e respondia para o laptop. Quando 
entrou a Preta Gil, já preparei a resposta para nem ouvir o que 
ela estava dizendo e dar um "cacete" nela. O que eu entendi foi o 
seguinte: "Se o seu filho tivesse um relacionamento com um gay, 
como você se comportaria?"

Então, como o senhor reagiria se tivesse um filho que namora uma 
negra? Aceito meu filho ter relacionamento com qualquer mulher, 
menos com uma com o comportamento da Preta Gil. Pelo que eu já vi 
em jornais aí, ela já foi tudo.

Na resposta que deu durante o progama, o senhor também criticou a 
família de Preta Gil. Por quê? Quem é o pai dela? Gilberto Gil. 
Aquele que vive dando bitoquinha em macho por aí. Um ministro de 
estado dando bitoquinha em macho!

Então o problema do senhor é com a homossexualidade, não com os 
negros? Não tenho nada a ver com racista. Tem um montão de 
afro-descendente trabalhando comigo no Rio de Janeiro. Eu não 
quero é que os boiolas coloquem no currículo escolar a disciplina 
de combate à homofobia que, na verdade, estimula o 
homossexualismo. Meu filho namora quem quiser, desde que não seja 
um homem. Você ficaria feliz de ver seus filhos homossexuais? Eu 
não aceito um filho homem ter um relacionamentro com outro homem, 
acabou. É direito meu. Você acha que se a minha mulher engravidar 
eu falo "Meu amor, se nascer um gayzinho, vai ser o orgulho da 
família?"

O senhor teme ser punido? Eu estou entrando agora com uma 
representação no Conselho de Ética, para que eu possa ser ouvido 
lá e acabe com essa polêmica. Ou eu vou deixar que um deputado 
homossexual, não sei se é ativo ou passivo, queira crescer em cima 
de mim?

O senhor se refere a Jean Wyllys? Não sei. Eu falei um deputado 
homossexual. Não sei se é ativo, passivo ou joga nas duas.
Ele é o único homossexual assumido do Congresso. Ele é seu amigo?
Não. O senhor já escapou de várias punições por declarações 
semelhantes.  Mais de 20 vezes.
Acha que agora será igual? Meu anjo da guarda é forte, porque eu 
estou sempre do lado da verdade.


Nenhum comentário: