18 outubro, 2014


São de Areia

Na balada de meu coração surfa um sorriso
ainda molhado pelas águas de março daquele verão...
Arrepia meu corpo ainda salgado o gosto do riso
esparramado nas areias mornas de então...
Não são só lembranças, são tatuagens,
marcas que ficaram coladas n’alma como grãos d’areia...
São elos que não se rompem, são fontes
que jorram de mim para o mar querendo te amar...
Podes constar como saudade, infinitas que são,
me apertam os olhos e me põem a pensar...
Chorar nunca, pois são resto de risos que ainda ecoam
na concha vazia de meu coração!

Santaroza


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