JORGE DE LIMA (1895-1953)
-
E tudo haveria de ser assim, para contemplar-te sereno, ó morte,
e integrar-me nos teus mistérios e nos teus milagres.
Agora vejo os Lázaros levantarem-se
e...
19 abril, 2009
Memória, saudade, apego e lembrança
Estes são fragmentos de uma conversa no orkut com a amiga... Ana Lia
Saudade é memória "do tido", do que houve... passado.
No entanto, como há uma hibridização e uma sobreposição entre os tempos passado, presente, futuro... o passado volta através da memória e se atualiza.. vira algo no presente... o que importa é o que se faz com isso...
Deixa ficar? reprime? deslocar? projetar? ou seja... o que o ego faz com isso... já que memória é uma função do ego.
O apego me parece ligado ao não deixar ir... o que já foi... reter... segurar teimosamente e obstinadamente... sem resignificar as lembranças que a memória proporciona, ou seja... dar novos sentidos ao passado NO PRESENTE... RE-LER!
Também vejo relação entre amor, saudade e memória... e tempo ... e espaço... não é confusão... é complexidade!
O mago diria: para perguntas simples, respostas simples e, para perguntas complexas, respostas complexas!
O que eu acredito mesmo É: não há fórmulas.
O amor, já desde Freud... é um amar a si também... no outro.... no que dele me faz ver e descobrir sobre mim... mas, ele também assume, o amor, as feições de um deixar de mim para ver,sentir o outro, naquilo que de mim ele difere... amor à diferença... aquilo que é, está... no outro... qualquer outro!
Desapegar-se não vejo como diminuição do amor ou da importância... vejo como... des-apegar... largar, soltar... você pode amar - a vida inteira - e muito, uma pessoa, por exemplo, e ser desapegado do amor em si e da pessoa... há quem chame isso de amor incondicional... (?)
A memória... vem e, com ela, o convite ao deleite do apego ao "tido"... mas, vem também, o convite ao desapego, ou seja, memória de passado que se atualiza mas que é reconhecida como passado... vem vomo convite ao resignificar... leia-se: dar novos e outros sentidos ao vivido!
Well... isso não tem fim!
O mago é um monstro-querido que vira os valores de pernas para o ar e mostra que há caminhos, muitos, mas que à cada um compete escolher, experimentar os seus...
Apesar disso ele fala nas esferas concêntricas e transpostas... unidas por razão, emoção e ação... é esse tripé que ele sugere como O caminho mais viável...
Imagine as implicações disso no cotidiano...
Juntar ao invés de separar...
Fim das guerras, de todas as guerras...
Razão aqui está sinônimo de racionalidade e não de racionalização...
Emoção aqui está como sinônimo de afetos e afecções... e não como sentimentalismo...
Ação aqui está como sinônimo de atitudes baseadas na realidade (que realidade?)... aquela que é intermediada pelo dentro e o fora; pelo "eu e o outro; pela razão e pela emoção... num contínuo movimento que pede...paradas (sujeito COM pausas)!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário