10 abril, 2009

Sobre "o dobrar-se perante a vida"





Sinto como que um peso a me dobrar:.
É a vida que mostra-se como um irredutível outro
e não se dobra à minha vontade.
Curvo-me à sua decisão, soberana, e rendo-me.

Enquanto me dobro, a águia me observa.
E há neste meu render-se
um movimento de aceitação...
daquilo que não posso decidir pela força da minha vontade.

Só pode levantar-se, aquele que tomba.
Só pode dobrar-se, aquele que tem uma espinha flexível...
e músculos bem trabalhados... no cérebro e no coração.

Um novo vôo há de surgir desse...
des-dobra-(la)mento!

(Cerriky)



É nessa imensidão de galáxia que situo
os colheitas recém feitas e saboreio o doce sabor das descobertas
que advém da capacidade de se dobrar e de se curvar ao imprevisível
movimento das coisas da vida e da vida das coisas.
(Cerriky)



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