22 novembro, 2009

YES: The Remembering - High the Memory 1




Obra-prima: Adoro!






Descrição de Jon Anderson:


SURITIS (do sânscrito "Smritis": "Memórias de epopéias inspiradas").

"Todos os nossos pensamentos, impressões, conhecimentos e temores têm se desenvolvido no transcurso de milhões de anos. Podemos, através de nós mesmos, referirmo-nos somente sobre nosso próprio passado, vida e história. Aqui é o teclado de Rick que projeta vívidos fluxos e refluxos de olho de nossas mentes: o oceano topográfico.

Por sorte, notamos que certos aspectos ocorridos ao longo do tempo não são tão significativos como a natureza do que está impresso em nossa mente, e o modo como isso está registrado e é utilizado."

Essa música fala da possibilidade do olho da mente viajar nas águas do tempo através do oceano da eternidade (um oceano topográfico espiritual) e vislumbrar outras realidades somente perceptíveis pelas vias da imaginação, da intuição e da viagem espiritual. Nesse ponto, Anderson estava bastante adiantado para a época. A chamada regressão de memória (tecnicamente o nome parapsicológico é "retrocognição"), que hoje é estudada por muitos pesquisadores como ferramenta terapêutica para o desbloqueio de vários traumas psíquicos, é abordada de maneira bem sutil ao longo da música. Ele fala de "viajar longe nos sonhos" e explorar as experiências passadas. Fala de "viajar pelo tempo e pelas histórias e mitos" que formaram a alma da humanidade. Ou seja, é uma busca espiritual nas luzes do passado, um doce canto inspirado na viagem da alma pelo rio espiritual do tempo, uma doce viagem da caravela humana pelo oceano da sabedoria antiga (aqui fica bem evidente a influência dos Vedas, as escrituras mais sagradas dos hindus, sobre Anderson).

Apenas mais um detalhe adicional: a percepção supranormal de eventos externos passados é chamada tecnicamente de "psicometria" (do grego: "psiquê": "alma"; e "metria", oriundo de "metron": "medida"). Ou seja, a percepção da alma das coisas, o mergulho nos registros do tempo (conhecidos esotericamente com o nome de "registros akáshicos").

Como observa-se, não é uma temática fácil de ser assimilada pelos leigos, quanto mais musicada e direcionada a um público genérico e acostumado a outros piques progressivos. Isso equivale a tentar musicar os épicos da Bíblia para os orientais. Esse é mais um dado para demonstrar porque esse disco foi tão mal compreendido.


Parte 1


Deixe carregar um pouco... antes de escutar





Nenhum comentário: