13 junho, 2009

Gasperetto declama...




Vida que te quero viva
Morte que te quero morta...

E sairmos da pedra filosofal dura, lama rígida
esculpidos no eterno vendaval
Sopro do criador dos tempos
Que desde os primeiros ventos
Gerando em formas e pensamentos
O homem assim foi feito:
A imagem do ser perfeito!

E continua Ele sua obra realista
Através das mãos de cada artista

Sombras, luzes, recortes
Tintas e pincel
Pedra e cinzel...
Traços finos, traços fortes
Exposto a carvão, detalhe a pastel

No atelier da vida... as visões
Criamos em nossa tela mental
Nossos sonhos, esperanças e projeções
Que se tornam nossa obra... real
Em nosso secreto teatro interior
Em busca da própria beleza

Sim...
Misturamos papéis como se fossem pincéis
Mesclamos valores como se fossem cores
E somos ator da nossa própria dor
Rindo de graça da loucura que passa
Mascarados de mil caras
Detrás do palco da vida
Por baixo de toda ilusão
Por entre o eterno e o agora
Por dentro, por fora
Por dentro, por fora
Por dentro, por fora



Este texto é uma transcrição de um monólogo feito pelo autor, Gasparetto.


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