JORGE DE LIMA (1895-1953)
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E tudo haveria de ser assim, para contemplar-te sereno, ó morte,
e integrar-me nos teus mistérios e nos teus milagres.
Agora vejo os Lázaros levantarem-se
e...
27 setembro, 2014
Há algumas pessoas que se destacam para nós na multidão.
Dançam conosco com mais leveza nessa coreografia bela, e também meio atrapalhada, dos encontros humanos. Muitas vezes tentamos explicar, em vão, a exata medida do nosso bem-querer. A doçura de que é feito o olhar que lhes dirigimos. Os gestos de que somos capazes para ajudá-las a despertar um sorriso grande. E somente sentir nos bastaria se ainda não estivéssemos tão apegados à necessidade de classificar todas as coisas. De confiná-las entre as paredes das explicações.
Por elas nos sentimos capazes das belezas mais inéditas. Se estão felizes, é como se a festa fosse nossa. Se estão em perigo, a luta é nossa também. E não há interesse algum que nos mova em direção a elas, senão a própria fluência do sentimento. Sabemos quem são e elas sabem quem somos e ficamos muito à vontade por não haver enganos nem ilusões entre nós. Ao menos, não muitos. Somos aceitos, queridos, bem-vindos, quando o tempo é de sol e quando o tempo é de chuva. Na expressão das nossas virtudes e na revelação das nossas limitações. E é com esses encontros que a gente se exercita mais gostoso no longo aprendizado do amor.
- Ana Claudia Saldanha Jácomo -
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