04 setembro, 2014


A SURPRESA


 Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho
e se surpreendido consigo próprio.
Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado.
A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de:
alegria de ser.
Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna:
ah, então é verdade que eu não me imaginei,
eu existo.


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