21 setembro, 2014



ASAS DA ALMA

Com todos fui apenas uma prisioneira,
Mas em tuas mãos minh’alma criou asas,
Sobrevoei com elas por sobre as casas,
Brancas com patamares de amoreiras.

O crepúsculo pinta o horizonte de cores,
De uma vermelha cor, de sangue bem vivo,
E rabiscos amarelos, formam um atrativo,
Semelhante a um mar, de belas flores.

Entretanto, não entendeste o meu recado,
Que ficou perdido entre o sussurrar do vento,
E senti meu coração doído naquele momento,
Em que cortastes as asas, que me havias dado.

Marco Orsi


>>> Isso me faz pensar no "irredutível outro".


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