DA INSÔNIA E SEUS FILHOS
Que fazem os insones? Deitam-se com seus ventres ardendo os sonhos que não chegam. Pelos ângulos das paredes mudas vazam os seus mitos desossados e suspensos nos vazios, enquanto a noite lhes diz dos silêncios e dos feridos espalhados pelo peito cru. E seus ventres ardem como nunca, latejam suas sinas recobertas de escuros, fartam-se dos versos esquecidos em algum poema nu. Mas há ainda um sonho nesse ventre perfurado e imprevisto: o de que esse mesmo ventre desdito que lhes arde e oprime, navalhando os dias e desfolhando o horizonte em carne viva, gere de suas ardências as ervas de um sonho florido e que, com suas raízes incertas, sobreviva, ósseo ou fértil, falho ou fera, ao menos até o primeiro esteio da próxima primavera. (Carlos Tenreiro)
...............................................................................
Respondi assim para o amigo Carlos:
Ohhh, esses insones!
Já estava eu deitado e, num pretexto
para ficar - ainda - acordado, vim ao orkut
por mim quase abandonado e...
vendo seu texto, encantado,
foi assim que coversei com você,
meu amigo alado...
kkkkkkkkkkk
Já estava eu deitado e, num pretexto
para ficar - ainda - acordado, vim ao orkut
por mim quase abandonado e...
vendo seu texto, encantado,
foi assim que coversei com você,
meu amigo alado...
kkkkkkkkkkk
Da insonia e seus deuses Que fazem os insones? Deitam-se-se com seus cérebros incandescentes ardendo os sonho que já foram. Pelos ângulos das paredes ecoam seus mitos de densidade marmórea, suspensos num outro tempo, enquanto a noite - com suas estrelas lá fora - lhes diz dos afetos de outrora, feridas cicatrizando no coração desejante. E seus cérebros planam como dantes, latejam suas rimas recobertas de crepúsculos, fartam-se dos versos lembrados em escritos, de próprio punho, num poema cru. Mas há ainda outros sonhos nesse cerebro múltiplo e imprevisto: o de que esse mesmo cérebro que lembra - e assim - oprime, navalhando o ontem e semeando o manhã, gere de suas incandescencias as ervas de um sonho-real frutívoro e que, com seus brotos nascentes, viva e sobreviva, pétreo ou fluido, belo e fera, ao menos até o primeiro perfume da primavera. (Cesar R K) Philip Glass -The Poet Acts |
...................................................................
Ao que ele respondeu:
Assim não vale! hehehehe
Brincadeira! Vale, sim. Encantado aqui com essa poesia que nasceu do frágil espasmo de sonho daqui. O encanto é um sonho. Grato por me permitir sonhar, amigo. Abreijos.
Brincadeira! Vale, sim. Encantado aqui com essa poesia que nasceu do frágil espasmo de sonho daqui. O encanto é um sonho. Grato por me permitir sonhar, amigo. Abreijos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário