02 setembro, 2014


Não sei conviver de dentro da alma triste, com os homens,
Meus irmãos na terra.
Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente.
Mas para toda gente isso foi normal e instintivo.
Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar pulos, de ficar no chão,
De sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas
E ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos.

- Álvaro de Campos -


Eu estava na Praça do Sol e aqui encontro a mesma
energia de dignidade e o mesmo entusiasmo.


Esse entusiasmo é uma vitamina E, ‘E’ de entusiasmo. Que vem de uma palavra
grega ‘enþúsiasmos’, que significa ‘ter os deuses dentro’. E toda vez que vejo
que os deuses estão dentro de uma pessoa, ou de muitas, ou de coisas, ou da
natureza, das montanhas, dos rios, enfim, eu digo: isso é o que faltava para
convencer-me de que viver vale a pena.

- Eduardo Galeano –

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Porque será que a imagem me fez lembrar você?

kkkkkkkkkkkkkkkk, só mais essa pra você não enjoar da minha presença aqui.


Apruma tuas asas. Depois canta. Inventa os teus dias. Bota nele o que você mais gosta.
Bota um tiquinho de cada cor. Energia? Muita. Deixa que o vento bagunce teus cabelos...
Depois voa. As vontades têm a força de mil asas. 



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