09 setembro, 2014


O AZUL
Nele, o olhar mergulha sem encontrar qualquer obstáculo,
perdendo-se até o infinito, como diante de grande fuga
das cores.



O azul é a mais imaterial das cores: a natureza
o apresenta geralmente feito apenas de transparência,
de vazio acumulado, o vazio do ar, de água, do cristal
ou do diamante.

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O AZUL

Aplicada a um objeto, a cor azul suaviza as formas,
abrindo-se e desfazendo-as.

Uma superfícia repassada de azul já não é mais uma superfície,
um muro de azul já não é mais um muro.

Os movimento e os sons, assim como as formas,
desaparecem no azul, afogam-se nele e somem,
como um pássaro no céu. Imaterial em sí mesmo,
o azul desmaterializa tudo aquilo que dele impregna.


É o caminho do infinito,
onde o real se transforma em imaginário.
Acaso não é o azul a cor do pássaro da felicidade,
o pássaro azul, inacessível embora tão próximo.
Entrar no azul é como entrar no País das Maravilhas:
passar para o outro lado do espelho.






O azul é a cor da lógica e ponderação.
Totalmente ampliada aos nossos horizontes,
o que resulta em uma visão maior
sobre os assuntos que estão a nossa volta.


É grande e estimulante à razão,
a verdade, a lógica,
de uma forma fria
(decidida).
O azul não é deste mundo,
sugere uma idéia de eternidade
tranqüila.


Uma de suas especialidades é auxiliar
na tomada de decisões,
quando sobrepõe o racional ao emocional.





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