20 setembro, 2014



E então ficamos os dois
em silêncio, tão quietos
como dois pássaros na sombra,
recolhidos ao mesmo ninho,
como dois caminhos na noite,
dois caminhos que se juntam
num mesmo caminho.
Já não ouso... já não coras...
E o silêncio é tão nosso,
e a quietude tamanha que
qualquer palavra bateria estranha
como um viajante, altas horas...
Nada há mais a dizer,
depois que as próprias mãos
silenciaram seus carinhos...
Estamos um no outro como se
estivéssemos sozinhos...    

J.G. de Araujo Jorge 


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