11 dezembro, 2008

Sobre a crise mundial, duas versões. A dele e a minha.



Repudio todos os tipos de comentários com cunho terrorista...que assusta, que faz parecer que nada está sendo feito, que faz ameaças de punição e levanta suposições de maus augúrios ... e coisas do gênero. Também não gosto desse tipo de ironia ameaçadora ou escarnicida... que goza e cupabiliza aqueles não não vivem tragédias ou problemas muito graves, como, neste caso, a fome e a excasses de alimentos
Esse e-mail que recebi e transcrevo na íntegra abaixo, é só um exemplo.

Muito está sendo feito sim.
Aqui em POA, participei de duas edições do Fórum Social Mundial que tratou da questão, e, numa delas, votei na assembléia geral acerca das políticas para resolver a fome no mundo (que discutiu exaustivamente várias teses como distribuição de renda, diminuição de juros da dívida externa dos países... etc..., encaminhadas por milhares de pessoas para os governos... e assinada por ONG's e políticos bastante influentes que estiveram no evento... bem como por filósofos, sociólogos... etc.

A questão é que essas iniciativas e tratativas não andam rápido como se gostaria... e acabam sendo lentificadas pelas leis de mercado do capital, via CMI.
Foi uma experiência muito rica e, o documento final, bastante contundente e convincente...

Acho que esse Muniz Neto deveria de engajar em atividades como essa.
Desaprovo o modo como ele coloca as coisas...

Evidente que há fome no mundo... mas não só ela... há tentativas... e ações... é preciso fazer pressão política...
Ficar mandando emailzinho, nesse caso, não serve para nada... é uma banalização...a maioria das pessoas nem lê, porque não quer saber de miséria... cada um já está envolvido na sua própria miséria existencial... muito diferente de passar fome, mas ainda assim, miséria... existe muitos tipos de...
...
A crise recente na produção de alimentos atingiu os grandes e poderosos... EUA e Europa... Indício de problemas sérios que.... talvez, acionem um devir solidariedade e um devir justiça que façam com que essas duas questões sejem tratadas comcomitantemente, a fome no mundo e a crise de alimentos.

Tem muitos brasileiros e pessoas de diferentes movimentos sociais, marcadamente nos chamados paises emergentes, mas também entre os ricos, trabalhando por essas questões, mas acho que o tal Muniz não sabe disso ou está mais empenhado em fazer microterrorismos internéticos...
Não vou repassar...
Minha política é outra.


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Texto do Muniz Neto,
diretor de criação e sócio da Bullet,
sobre a
crise mundial.

"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?

É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem.

Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens.

No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará,

na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se
sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o
problema da fome no mundo.

Resolver, capicce?
Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro,

em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências,

tiraram dacartola 2.2 trilhões de dólares

(700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa)
para salvar da fome quem já estava de barriga cheia."

Como uma pessoa comentou,

é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa,

essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.

Se quiser, repasse, se não, o que importa?

O nosso almoço tá garantido mesmo...

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