BRINCANDO DE AFASTAR A SOLIDÃO
Luiz Gilberto de Barros
Às vezes eu me sinto tão sozinho...
...e fico questionando coisas tolas
chorando pela falta de carinho;
não choro quando alguém corta cebolas.
Se eu pudesse, multiplicaria
a imagem, as palavras, a presença
e a todos os irmãos visitaria,
amigos são bem mais que recompensa.
Às vezes eu sou como um passarinho
que canta preso... só por distração;
mas a tristeza dói...devagarzinho...
será que a gente é triste sem razão ?
Alguém me cobra ser um ser...humano,
mas o meu coração, por rebeldia,
despreza a reta, a régua, a conta, o plano;
poeta tem um vício: a poesia.
É tanta matemática, meu Deus !
Prefiro desenhar o meu navio
e navegar os mares meus... e teus...
Meu Deus, por que me sinto tão vazio ?
Às vezes, converso com minhas plantas...
coitadas, não têm culpa dos espinhos
que ferem quem as cuida... meu Deus, quantas
pessoas, como eu, são menininhos ?
Sou frágil, sou ingênuo... sou um homem
que vive escondido num poeta,
que brinca de sonhar... se os sonhos somem
a vida fica triste e incompleta.
Então, essa dorzinha que incomoda,
ocupa os espaços do meu peito
e o meu coração, se alguém me poda,
só fica amargurado e insatisfeito.
Penso que vou morrer... mas um anjinho
conforta o meu pobre coração,
tornando-me, de novo, um garotinho
que brinca de afastar a solidão.
Luiz Gilberto de Barros
Às vezes eu me sinto tão sozinho...
...e fico questionando coisas tolas
chorando pela falta de carinho;
não choro quando alguém corta cebolas.
Se eu pudesse, multiplicaria
a imagem, as palavras, a presença
e a todos os irmãos visitaria,
amigos são bem mais que recompensa.
Às vezes eu sou como um passarinho
que canta preso... só por distração;
mas a tristeza dói...devagarzinho...
será que a gente é triste sem razão ?
Alguém me cobra ser um ser...humano,
mas o meu coração, por rebeldia,
despreza a reta, a régua, a conta, o plano;
poeta tem um vício: a poesia.
É tanta matemática, meu Deus !
Prefiro desenhar o meu navio
e navegar os mares meus... e teus...
Meu Deus, por que me sinto tão vazio ?
Às vezes, converso com minhas plantas...
coitadas, não têm culpa dos espinhos
que ferem quem as cuida... meu Deus, quantas
pessoas, como eu, são menininhos ?
Sou frágil, sou ingênuo... sou um homem
que vive escondido num poeta,
que brinca de sonhar... se os sonhos somem
a vida fica triste e incompleta.
Então, essa dorzinha que incomoda,
ocupa os espaços do meu peito
e o meu coração, se alguém me poda,
só fica amargurado e insatisfeito.
Penso que vou morrer... mas um anjinho
conforta o meu pobre coração,
tornando-me, de novo, um garotinho
que brinca de afastar a solidão.
3 comentários:
Oi, Ce Rikky (acho que escrevi, certo ... ? )
Este poema é uma gracinha. Acho que todos nós, adultos, nos sentimos meio assim, pequeninos, diante da imensidade da solidão. Não aquela solidão necessária para nosso aprendizado e reflexão, mas aquela solidão doída, que nos agride e atinge mesmo em meio a cem milhões de pessoas. E graças a Deus existe a poesia para sublimar tudo!
Beijo!
Oi Minha querida Flor.
Na verdade essa maneira de escrever meu username-apelido é variante.... rsrsr... as vezes é Cerriky, noutras é Cerikky e, ainda noutras é como você escreveu...
Mas, o que importa, é você der deixado seu recado e ter dado uma passada aqui.
Me deixou contente.
Volte sempre sim?
Grande beijo!
Bem legal a poesia, o mais incrível de tudo é que existem muitas pessoas assim, do modo que sua poesia explica, então acredito que seja esse o grande dilema, encontrá-las.
Postar um comentário