08 fevereiro, 2009

Mapa da descrição de Cada etapa do caminho até chegar em casa (aquilo que ja se é )





1.(procurando o touro)

A inspiração para este primeiro passo, procurar o touro, é a sensação de que as coisas não são íntegras, de que alguma coisa está faltando. Este sentimento de perda produz dor. Você está procurando algo que faça a situação se endireitar. Você descobre que as tentativas do ego na direção de criar um ambiente ideal são insatisfatórias.
Você quer encontrar DEUS.


2.(descobrindo as pegadas)

Ao compreender a origem desta dor, você descobre a possibilidade de transcende-la. Este é o reconhecimento das Quatro Nobres Verdades. Você vê que a dor resulta dos conflitos criados pelo ego, e descobre as pegadas do touro, que são suas pesadas marcas.
Aqui você já é um buscador e mais nada importa senão a verdade.


03.(encontrando o touro)

Você fica pasmo ao perceber o touro e então, porque já não há mais nenhum mistério, você se pergunta se ele está realmente ali
Quando você começa a aceitar esta percepção da não-dualidade, você relaxa, porque não precisa mais defender a existência de seu ego. Você pode dar-se ao luxo de ser aberto e generoso, Aqui você ve que é possivel o despertar este é o primeiro nível espiritual de conquista de um Bodisatva(buddha em potencial).


4.(capturando o touro)

Após ter o vislumbre do touro, você descobre que a generosidade e a disciplina não são suficientes parar lidar com suas projeções, você ainda tem que transcender completamente a agressão. Você tem que reconhecer a precisão dos meios hábeis e a simplicidade de ver as coisas como elas são É preciso um compromisso total com o caminho compassivo do Bodisatva, ou seja, um desenvolvimento mais amplo da paciência e do vigor.


5.(domando o touro)
Aqui o esforço e a prática se faz necessário

Uma vez capturado o touro, atinge-se sua doma através da atenção meditativa. O Bodisatva conquistou a observação e não se fixa a coisa alguma.
The whip(chicote) and rope(corda) are necessary.


06-(montando no touro e indo para casa)

Aqui a mente começa a se curvar diante de seu mestre o próprio coração!

Já não há mais nenhuma busca. O touro (a mente) finalmente obedece ao mestre e se torna energia criativa. Este é o rompimento final ao estado da iluminação. Com o desdobrar da experiência de Mahamudra, a luminosidade e cor da mandala transformam-se na música que guia o touro para casa.

O coração torna manso o touro e não há nada a não ser canto e voô.


7. (o touro é transcendido)

E chego em casa
Eu não mais preciso do chicote e da corda e o touro já pode descansar: transcendido o touro.

Mesmo aquela alegria e cor torna-se irrelevante. A mandala de símbolos e energias do Mahamudra se dissolve no Maha Ati através da total ausência da idéia de experiência. Não há mais touro. A louca sabedoria torna-se cada vez mais evidente e você abandona completamente a ambição de manipular
Oh maravilha


8- transcendidos touro e eu

Esta entrada no Dharmakaya é a perfeição do não-vigiar – não há mais critérios
Whip, rope, person, and bull--all merge in No-thing.
Here are the footprints of the patriarchs. (aqui estão as pegadas dos patriarcas)


9.(alcançando A fonte)

Já que este espaço e abertura e a total ausência de medo estão presentes, a brincadeira espontânea das sabedorias é um processo natural. A fonte da energia que não precisa ser buscada se manifesta; é como se você fosse rico em si e não como se fosse enriquecido por algum fator. . É uma fonte no sentido de ser o tesouro inexaurível do Buda.


10.(desperto de estar em meio ao mundo.)

Sua ação é como a lua refletindo em centenas de tigelas de água. A lua não mantém o desejo de refletir, mas esta é sua natureza. Trata-se de lidar com a terra e a derradeira simplicidade, trancendendo o seguir o exemplo de alguém. É o estado de "completo fiasco" ou "cachorro velho". Você destrói o que quer que precise ser destruído, subjuga o que quer que precise ser subjugado, e você se importa com o que quer que precise que você se importe.


Autoria e créditos do meu amigo Anand Nitamo... suprimi as partes em inglês e adicionei imagens do meu photobucket




Um comentário:

Cerikky.. Cesar Ricardo Koefender disse...

Um mapa serve para caracterizar territórios demarcados, com linhas que são medíveis... que tem início e fim. São geograficamente fechados... e apontam para direções exatas.
Assim, quando se tem um mapa do tesouro... tem-se os passos para chegar até ele.
Ao invés de mapa, eu prefiro falar de cartografia: ela aponta para territórios localizáveis mas não exatos.... indica , mas não mostra, não mapeia... circunscreve, mas não define.
Será possível falar em territórios espirituais sem falar em mapa?
Sim!
O que não dá é para falar em territórios religiosos sem falar em mapa: um precisa do outro.

No que concerne aos dez passos para chegar em casa... adorei essa estética da procura e do caminhar, mais do que o caminho tomado por si só... vejo-os com a possibilidade de estarem entrelaçados, unidos, sobrepostos... ou seja, podemos estar numa etapa e simultaneamente em outra... desse percurso, em questões diferentes.