02 janeiro, 2009

Solidão e Saudade




O mago-mor perguntou: o quê e como está se sentindo?
Ele respondeu: Não sei!
Então, descubra!
(silêncio)

(Silêncio)
Sinto-me atormentado pela solidão e pela saudade...

(silêncio)
Muito bem, disse o mago-mor: você só pode ser um mago e entrar no palácio dos segredos e mistérios quando souber o que se passa no seu coração, no seu íntimo, no seu pensamento.

A lição já havia sido apreendida... mas o iniciado havia a esquecido, momentaneamente, apenas momentaneamente, havia se esquecido.

E então, ele levantou-se e seguiu... feliz e com saudade.
A solidão havia... desaparecido... como mágica!

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A noite continuava fria.
Ele pensou: só sente saudade aquele que ama!

O mago-mor, sabendo ler e ver as faces da emoção, disse: sente saudade aquele que ama... e aquele que está apegado ao que ama!



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Como poderei dizer-lhe, pensou o mago-mor, que a saudade pode ser, também, o resultado do apego "ao próprio amar?"

O amor, esse genuíno afeto que a mago sentia por seu pupilo, dialogando com a razão, lhe advertia: você precisa esperar. Ele terá que descobrir isso por si próprio!

Sendo ele próprio um eterno aprendiz... aquietou-se e entrou num estado de "espera sem espera"!

Logo - um logo sem tempo pré-definido - as perguntas começariam a vir e, junto com elas... o desejo de conhecer e saber.

Paz... pensou o mago-mor... paz!

(Porque ele sabia que a paz não é sinônimo de inatividade, mas de ação silenciosa e de vazio... um vazio inundado de... vida!)

Um comentário:

Tassia Novaes disse...

Gratidao pelo lindo texto. Tassia Camila Novaes.