No livro Raj, de Gita Mehta, a Regente do império de Sirpur, filha, esposa e mãe de marajás, perdeu todos os seus homens para as Guerras, a primeira e a segunda, durante o longo processo que levou à independência, negociada, da Índia. Em nome da manutenção do conquistado e da defesa de ideais, alguns do império, numa tradição de três mil anos e, outros, das demandas de uma Inglaterra colonizadora e dominante, os homens da vida de Jaya, todos eles, foram mortos.
Para demonstrar sua força, os homens fazem as guerras e morrem: fraqueza. Para demonstrar sua fraqueza, as mulheres os acolhem, enterram e cremam; e sobrevivem: força.
A"cena" de Jaya sentada junto ao leito do filho febril e delirante da febre da malária é antológica: dor, sofrimento, esperanças e equilíbrios duramente conquistados!
Qual homem sobreviveria a isso?
Em que condições?
Depois que todas as possibilidades de manutenção do reino sem a presença da luta armada e da guerra terem se esgotado, Jaya candidatou-se às eleições, as primeiras ocorridas nos territórios dos marajás, herdeiros por tradição, genética, e religião milenares.
Uma verdadeira guerreira... que não precisou de espadas, tiros, bombas, canhões e armas utilizadas pelos homens.
A guerra é masculina.
O masculino é hegemônico, dominante. Os homens fazem as guerras.
Esqueçam palavras como força e coragem quando se referirem a eles e à elas, às guerras.
É por isso que nós, os magos, ensinamos o que mais precisamos apreender...
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O que nós precisamos apreender mestre?
- A trazer a paz para dentro de nossos corações e a mantê-la. A paz da qual falo, é uma paz erguida sobre o equilíbrio entre razão e emoção, uma decorrência... deste diálogo, entre nossos mais profundos sentimentos com nossas mais profícuas idéias!
-Mas Mestre, é sabido que as mulheres são muito emocionais...
- Esta é uma verdade apenas parcial: elas estão mais sintonizadas com o emocional do que os homens; e nós, estamos mais sintonizados com o racional.
Mas não se iludam: em nome da razão... se mata. E, em nome do amor, também!
Os homens é que fazem as guerras... quando só tomados pela emoção e quando só fixados na razão.
AS MULHERES... AH AS MULHERES SÃO DIFERENTES!
Relembrem a História de Apollo e Dionysus: as esferas!!!
(De... "Experiências Pessoais do mago-mor")
"Muitas vezes se faz necessário relembrar "as lições", pois temos uma facilidade muito grande em esquecê-las e enviá-las para os porões da memória inconsciente". Estas foram as enigmáticas palavras que falei para o Mago-Mor... quando fui reler a transcrição da história por ele contada, sobre a briga entre os deuses do Olimpo, Apollo e Dionysyus, razão e emoção!
Nós usamos espadas para cortar energias... e não... pessoas!
E... ainda assim, como um rito, um símbolo!!!
(Aforismos da Iniciação)
E... ainda assim, como um rito, um símbolo!!!
(Aforismos da Iniciação)
O equilíbrio está nesse diálogo permanente que une emoção e razão numa perfeita esfera, ou em esferas concêntricas interligadas e sobrepostas, cruzadas... por atitudes instituíntes que geram... ações integradas!
Uma esfera... que é um circulo, que é uma espiral... rumo ao infinito!
Um delicado equilíbrio este, sempre buscado e sempre perdido... e sempre re-encontrado!!!
Uma esfera... que é um circulo, que é uma espiral... rumo ao infinito!
Um delicado equilíbrio este, sempre buscado e sempre perdido... e sempre re-encontrado!!!
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