18 novembro, 2008

Devir Criança I e II






Hoje vi um menino atravessando a rua.
Numa das mãos, a mão do pai.
Na outra, o ursinho de pelúcia!

Tive vontade de mordê-lo!
Não ao menino, que segurava as mãos.
Mas à cena, e,
antropofagicamente,
me apoderar dela.

Comê-la, para tê-la... dentro!

Infância para sempre perdida.
E sempre recuperável...

Devir criança!

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Devir Criança II

O que mais esse menino poderia querer?
Se estava com ambas as mãos ocupadas?

O que mais esse menino poderia querer?
Se tinha um pé fincado na segurança...
e o outro, no infinito dos sonhos?

Cerriky






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