17 novembro, 2008

Tenho a dizer...





... quero dizer que estamos, todos, navegando em territórios incertos: as vezes firmes como a terra, mas incertos; as vezes frágeis como o sopro de uma brisa de verão, mas nem por isso, menos REAIS; as vezes sólidos e firmes, mas apesar disso, indizíveis, como quando temos certeza de algo que sabemos ou sentimos e não conseguimos comunicar ao outro de forma convincente e entendível; as vezes virtuais, mas com tanto critério e características de realidade... que se tornam completamente enunciáveis, mas ainda assim, inomináveis!

Este me parece um dos grandes desafios do nosso tempo: viver sabendo que tudo o quanto conhecemos é insuficiente em dado momento; viver percebendo que a incerteza é uma constante, mas nem por isso gera insegurança; viver experimentando novas soluções para problemas antigos e recentes!
Numa primeira aproximação, talvez ingênua, ou quem sabe, excessivamente otimista, essa visão de mundo parece caótica e pessimista. Talvez não seja bem assim.
Admitir a incerteza é, nessa perspectiva, admitir o inifável, é saber que há tudo por fazer, é saber que, o que a humanidade produziu até hoje, não deu conta do recado e não resolveu os grandes e cada vez mais globais e localizados problemas do gênero humano.

Assim... resta muito a ser feito. As guerras, as lutas, a fome, a pobreza (financeira, monetária, mas também social, ideológica, mental...), a violência, os diferentes tipos de abuso... estão todos aí ainda.

O convite é: mãos à obra... mãos às obras... cada um fazendo melhor e mais por si, territorialmente, nos seus entornos, consigo próprio e com os seus, no trabalho, na família, no estudo, na prática espiritual, com os vizinhos... and so goes on!
Isso é o que Felix Guattari chama de micropolítica.
Receba meu abraço!


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